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Amaro José de São Tomás, O.P. (Braga, 15 de janeiro de 1745 - Tete, 18 de julho de 1801) foi um frei dominicano e prelado português da Igreja Católica, bispo-prelado de Moçambique.
Nascido em Braga em 15 de janeiro de 1745, aos 23 anos, ao que parece já ordenado frei, viaja para realizar obra missionária na Arquidiocese de Goa. Ensinava filosofia e teologia no colégio dominicano de São Tomás de Aquino, em Goa, antes de ir para Moçambique, em 1781.[1]
A rainha Dona Maria I apresentou seu nome à Santa Sé como bispo da prelazia nullius de Moçambique, em 25 de agosto de 1782 quando contava trinta e sete anos, sendo que o Papa Pio VI confirmou pela bula Apostolatus officium meritis, de 19 de julho de 1783, com o título in partibus infidelium de Pentacomia.[1][2]
Foi consagrado em 28 de outubro de 1785, quando viajou a Goa que era a metropolita da prelazia, por Dom Manuel de Santa Catarina, O.C.D., arcebispo de Goa. Foi o primeiro a utilizar o título de bispo em Moçambique.[1][2]
Durante sua prelazia em Moçambique, lutou pela melhoria das côngruas pagas ao clero, das construções religiosas e o aprimoramento das funções religiosas, como o ensino da catequese aos domingos e dias santos em sua jurisdição.[1]
Contudo, enfrentou diversos problemas, sobretudo com o governo temporal dos governadores-gerais e com os maus exemplos dos "das pessoas gradas da Colônia". Também se contrapôs à escravidão e o tráfico humano na região, chegando a escrever a Martinho de Melo e Castro sobre a situação.[1]
Morreu em 18 de julho de 1801, em Tete, quando visitava algumas paróquias na região dos Rios de Sena e Sofala, sendo sepultado na Igreja de São Tiago de Tete.[2][3]