Aleksandr Ivanovič Lebed'

Aleksandr Ivanovič Lebed'
Aleksandr Ivanovič Lebed'
Nascimento 20 de abril de 1950
Novocherkassk (União Soviética)
Morte 28 de abril de 2002 (52 anos)
Krai de Krasnoiarsk
Sepultamento Cemitério Novodevichy
Cidadania União Soviética, Rússia
Irmão(ã)(s) Aleksey Lebed
Alma mater
  • Escola de Comando Aerotransportado de Ryazan
Ocupação político, oficial, estadista, membro da Duma Estatal
Distinções
  • Ordem do Estandarte Vermelho
  • Ordem da Estrela Vermelha
  • Order "For Service to the Homeland in the Armed Forces of the USSR", 2nd class
  • Ordem de Serviço à Pátria nas Forças Armadas da URSS, 3ª classe
  • Medal "For Courage in a Fire"
  • Medalha em Comemoração aos 850 Anos de Moscou
  • Prêmio da Paz de Hesse (1998)
  • Medalha de Veterano das Forças Armadas da URSS
  • Jubilee Medal "300 Years of the Russian Navy"
  • Medalha do Jubileu "60 Anos das Forças Armadas da União Soviética"
  • Medalha do Jubileu de 70 anos das Forças Armadas da URSS
  • Medalha "Por Serviço Impecável"
  • Badge "To a Warrior-Internationalist"
  • Medal "To a Warrior-Internationalist from the Grateful Afghan People"
  • Order of Suvorov
  • Medal "For Impeccable Service", 3rd class
  • Medal "For Impeccable Service", 2nd class
  • Medal "For Impeccable Service", 1st class
Lealdade Rússia
Comando 106th Guards Airborne Division
Causa da morte acidente aéreo

Aleksandr Ivanovich Lebed (em russo: Алекса́ндр Ива́нович Ле́бедь; Novocherkassk, 20 de abril de 1950Abakan, 28 de abril de 2002) foi um general e político russo.

Foi um tenente general da Armada Russa e um político muito popular na Rússia pós-soviética, vice-presidente da Federação Russa durante o período de Boris Yeltsin. Foi morto por causa da catastrófica queda de um helicóptero Mi-8 na Sibéria Ocidental.

Carreira militar

Após ter repreendido brutalmente o separatismo no Cáucaso durante os anos 1980, incluindo a dispersão violenta de uma onda independentista, em 9 de abril, em frente ao edifício de governo de Tbilisi, capital da Geórgia, o qual provocou vinte mortos, Lebed' foi comandante da 106ª divisão paraquedista das guardas de Tula de 1990 a 1991.

Permaneceu no centro da atenção nacional e russa e internacional depois do falido golpe de estado soviético de 1991, no qual uma conjura de comunistas da velha guarda procurou arruinar o governo reformista de Mikhail Gorbatchev para reverter as suas reformas, conhecidas por Glasnost e Perestroika. No ápice da crise, expoentes comunistas de linha dura ordenaram à Armada Vermelha que circundasse a Casa Branca, sede do parlamento russo. O general Lebed' obteve ordens de rodear o parlamento com tanques, mas os soldados não empreenderam nenhuma ação violenta contra os parlamentares, e enfim Yeltsin, opositor ultra-reformista a Gorbatchev, e presidente democraticamente eleito da República Socialista Federativa Soviética Russa, que se opôs corajosamente aos golpistas, subiu em um BMP-3 para fazer um discurso em defesa das reformas.

Mais tarde, Lebed' foi promovido e se tornou o vice comandante supremo das tropas aéreas russas, cujo comandante era o general Pavel Grachev.

Na liderança da 14ª Armada

Aleksandr Lebed' se tornou em junho de 1991 o comandante da 14ª Armada Russa, baseada na Moldávia.

A presença das suas tropas é geralmente considerada responsável pelo conflito em grande escala na região, ainda mais porque Lebed' expressou publicamente o seu desgosto com a corrupção a ininterrupta ocupação do poder de Igor' Smirnov, presidente da Transnístria, uma sub-região que aspirava se separar da Moldávia.

Em 30 de maio de 1995 assinala a sua demissão para irromper na arena política da Rússia pós-soviética. Nas eleição à Duma, o parlamento da Federação Russa, em dezembro de 1995, Lebed' é o cabeça de um partido nacionalista moderado com o nome de Congresso das Comunidades Russas (Конгресс русских общин). O partido não consegue superar os 5% para obter lugares no parlamento mas o mesmo Lebed' é eleito em um colégio eleitoral.

Terceiro no primeiro turno das eleições presidenciais em 1996

Aleksandr Lebed' concorre como candidato às eleições presidenciais russas em 1996 e termina em terceiro com 14.5% dos votos no primeiro turno. Dois dias depois, o presidente Bóris Yeltsin o escolhe para o papel de secretário do Conselho de Segurança da Federação Russa e como Consultor de Segurança Nacional do Presidente. Lebed', por sua vez, apoia Yeltsin no segundo turno, o qual sai vencedor duas semanas mais tarde.

O curso político de Lebed' foi marcadamente propenso à militarização. Aclamou o golpe de estado de Augusto Pinochet, em Chile, afirmando em um artigo que "preservar o exército é a base para preservar o governo."

Na qualidade de hábil político e como poeta diletante, Lebed', aconselhado por assessores políticos, começou a utilizar uma linguagem feita de proclames ameaçadores e a utilização de palavras de quatro letras durante as suas aparições públicas, representando o arquétipo de um "horrível nacionalista russo".

Como chefe do conselho de segurança russo, entabulou negociações com o presidente checheno Aslan Maskhadov e assinou acordos de paz com o Daguestão, no burgo checheno de Khasavyurt, onde foi assinado o fim da Primeira Guerra da Chechênia, em agosto de 1996. Em seguida foi expulso do Conselho de Segurança Russo pelo presidente Bóris Yeltsin, em outubro de 1996, após a instauração de conflitos de Lebed' e o influente ministro interno Anatolij Kulikov.

Em 1997 ocorre a denúncia do desaparecimento de armas nucleares portáteis

Em 7 de setembro de 1997, em uma entrevista de TV no jornal Sixty Minutes, Aleksandr Lebed' sustentava que a ex-União Soviética perdera alguns de seus arsenais, o registro de algumas armas nucleares miniaturizados, na dimensão de uma maleta. Tanto o governo norte americano como a Rússia imediatamente confrontaram as afirmações de Lebed'. O governo russo contestava ainda a criação de armas de mercúrio vermelho.

Morte suspeita em um acidente de helicóptero de transporte civil

Em 17 de maio de 1998, Aleksandr Lebed' venceu a eleição para o governo de Krai de Krasnoiarsk. Ocupou o encargo até a sua morte em 28 de abril de 2002, em um acidente de helicóptero de causas controversas, circundado por grande afeto e popularidade no mundo militar. A causa oficial do incidente foi a colisão do aparelho com linhas elétricas durante a travessia dos Montes Sajany em uma jornada de neblina. A sua morte foi discussão de diversas teorias da conspiração.

Fontes

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