Agregado, em alemão: Aggregat, literalmente Agregado, ou simplesmente Montagem,[1] foi a designação de uma série de foguetes de teste de novas tecnologias na área. O seu desenvolvimento, transcorreu entre 1933 e 1945, sendo o seu resultado mais importante o foguete A-4, que ficaria conhecido como V-2.[2]
O A4 foi o produto prático bem sucedido do projeto, com alcance de cerca de 322 quilômetros, pico de altitude de 89 quilômetros e carga útil de uma tonelada. Versões desse modelo foram usadas na guerra[7] e depois dela em pesquisas, chegou a ultrapassar os limites do espaço.[8]
No final de 1943 o diretor da Deutsche Arbeitsfront, Otto Lafferenz, propôs a ideia de um contêiner flutuante capaz de transportar um foguete A4. Essa sugestão chegou a fase de projeto de um contêiner de 500 toneladas a ser rebocado por um U-boat. Uma vez na posição de lançamento, o contêiner seria ativado e sua traseira submergiria, deixando-o na vertical para o lançamento. O projeto foi apelidado de Projekt Schwimmweste e os contêineres chamados pelo nome código Prüfstand XII. O trabalho nos contêineres, foi conduzido pelo estaleiro Vulkanwerft, e um único exemplar foi concluído já no final da guerra, mas nunca foi testado com um lançamento.[9]
Antecipando a possibilidade de que os locais de lançamento pudessem ser reprimidos para dentro da Alemanha, von Braun e sua equipe foram pressionados a desenvolver uma versão de longo alcance do A4, designado como A9 e A4b, o motivo para a designação dupla era que a série A4 recebeu "prioridade nacional"; a designação alternativa A4b assegurava recursos numa conjuntura de escassez.[10][11]
Em junho de 1939, Kurt Patt membro do departamento de desenho do Heeresversuchsanstalt Peenemünde, sob o comando de Walter Riedel, propôs asas para converter velocidade e altitude em sustentação aerodinâmica e alcance.[12]
O A8 foi uma versão simplificada e alongada do A4, que deveria usar propelentes armazenáveis a temperatura ambiente, como ácido nítrico e querosene. Esse projeto nunca chegou ao estágio de produção, mas o trabalho sobre ele continuou depois da guerra por um grupo de engenheiros alemães na França como o "Super V-2". O projeto acabou sendo cancelado, mas foi a base para os projetos dos foguetes franceses: Veronique e Diamant.[13][14]
O A10 foi proposto para ser usado como um primeiro estágio para o A9, para permitir um alcance intercontinental. O objetivo era atingir os Estados Unidos e a designação do projeto era Projekt Amerika.[16]
O A11 foi uma proposta conceitual para atuar como primeiro estágio de um foguete de três estágios, sendo os outros dois, o A10 e o A9. As estimativas eram de que esse aparato pudesse colocar um objeto de cerca de 300 kg em órbita terrestre baixa.[17]
O A12 foi outra proposta conceitual para atuar como primeiro estágio de um foguete de quatro estágios, sendo os outros três, o A11, o A10 e o A9. As estimativas eram de que esse aparato pudesse colocar uma carga de cerca de 10 toneladas em órbita terrestre baixa, devido a sua potência superior.[18]
Referências
↑«DWDS Aggregat» (em alemão). Digitales Wörterbuch der deutschen Sprache. Consultado em 25 de agosto de 2019
Piszkiewicz, Dennis (26 de janeiro de 2007). The Nazi Rocketeers: Dreams of Space and Crimes of War (em inglês). [S.l.]: Stackpole Books. 272 páginas. ISBN978-0811733878
Neufeld, Michael J. (1996). The Rocket and the Reich: Peenemünde and the Coming of the Ballistic Missile Era (em inglês). [S.l.]: Harvard University Press. 367 páginas. ISBN978-0674776500
Reuter, Claus (2000). The V2 and the German, Russian and American Rocket Program (em inglês). [S.l.]: S.R. Research & Publishing. 208 páginas. ISBN978-1894643054