Este lugar tinha juiz pedâneo, sujeito à justiça da cidade da Guarda.[5]
Expansão territorial
Em 2013, na sequência de uma reorganização administrativa nacional, a freguesia de Adão viu o seu território e a sua população aumentarem, ao ser-lhe anexado o território da extinta freguesia de Carvalhal Meão:[6]
Reza a lenda que a aldeia de Adão foi fundada por três famílias - as famílias Borrego, Frade e Mariano. Aquando da construção do Povo (construção da aldeia), inicialmente realizada na zona onde actualmente se situa o campo de futebol, todas as ferramentas desapareciam durante a noite e, de manhã, apareciam encostadas ao tronco de uma árvore - um freixo antigo, que terá sobrevivido até à primeira década do presente século e que acabou por sucumbir aos ventos fortes de uma violenta tempestade, durante a noite.
Junto a este freixo eram, então, encontradas todas as ferramentas intactas, as quais eram levadas de volta para a construção das casas da aldeia. Dada a recorrência do sucedido, decidiu-se colocar uma guarda noturna às ditas ferramentas, de forma a que não fossem novamente roubadas. Contudo, apesar da constante vigilância, durante a noite, as ferramentas continuavam a desaparecer sem que ninguém se apercebesse. De manhã, quando iam buscá-las, não se encontravam no armazém vigiado e devidamente trancado, mas sim de novo junto ao referido freixo.
Embora não se saiba a razão, as pessoas, na época, interpretaram o sucedido como um sinal de que São Bartolomeu não queria que a aldeia fosse construída naquela zona do campo de futebol, mas mais acima, onde actualmente se situa a aldeia, nas imediações do freixo, junto do qual foi também edificada a igreja que existe actualmente.
Muitos dos moradores atuais desconhecem provavelmente esta lenda, que foi passando oralmente, de geração em geração, ao serão junto à lareira, nas gélidas noites de Inverno.
Provérbio
"No Adão, quem não tem cadeira, senta-se no chão". Utilizando a pronúncia local: No [Ádão], quem não tem cadeira, senta-se no [txão]..
Provavelmente, resultante de uma piada relacionada com a forma como se pronuncia localmente a palavra Adão [ádão], que oralmente pode remeter para a ideia de que se há, dão. Para que, quem não é da aldeia, fique a saber que se não tem, também não lho dão.