A Academia de Medicina de São Paulo é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 7 de março de 1895[1] - à época intitulada Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo[1][2] - com o objetivo de preservar a cultura e as tradições da sociedade médica paulista.[3][4]
A Academia de Medicina de São Paulo, como sucessora da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, é a mais antiga entidade médica do estado de São Paulo ainda em atividade.[3] A agremiação surgiu após um banquete organizado pela classe médica para demonstrar solidariedade ao doutor Luiz Pereira Barreto, que sofria campanha difamatória na opinião pública.[5][6]
A mudança de nome para Academia de Medicina de São Paulo ocorreu durante uma Assembleia Geral realizada em 7 de março de 1954, durante a gestão de Eurico Branco Ribeiro.[7][8] A explicação foi que, na prática, a Sociedade já operava como uma Academia, com vagas restritas e um processo de admissão baseado em trabalhos científicos e títulos.[9][10]
No seu estatuto, a Academia de Medicina de São Paulo assume compromissos como promover e incentivar o estudo e o avanço da Medicina, bem como debater e tomar posição sobre temas relevantes para a área, entre outros.[7][11] Para se ter uma ideia, nos anos 1940, a então Sociedade de Medicina, para além de questões científicas, se envolveu em temas de interesse público, como o problema da redução da gordura no leite.[12]
Entre seus membros, a Academia de Medicina de São Paulo conta com personalidades proeminentes, ocupando 130 cadeiras numeradas. Cada cadeira possui um patrono já falecido, reconhecido pelos serviços prestados à Medicina e à sociedade.[11]. No caso do falecimento de um dos membros, que têm caráter vitalício, uma vaga é declarada aberta, permitindo que candidatos se inscrevam para concorrer ao seu preenchimento.[13] Os pares, então, elegem o novo ocupante entre os candidatos inscritos. Além dos membros titulares, que são os proprietários das cadeiras, existem também os membros eméritos, que são reconhecidos por sua participação na instituição por mais de 20 anos.[13] Existem também os membros honorários, um título concedido pela academia a indivíduos que contribuíram para o prestígio da entidade, sem a obrigação de serem profissionais da área médica. Os membros honorários não possuem o direito de voto nem podem concorrer a cargos de votação na academia.[13]
Honrarias
A Academia de Medicina de São Paulo tem os seguintes certificados de entidade de utilidade pública:
1. Estadual – Decreto nº 6.818, de 26 de novembro de 1934[7]; e
2. Federal – Decreto nº 4.931 de 06 de outubro de 1925.[7]
História
Medalha e Pelerine
São símbolos de pertença à Academia de Medicina de São Paulo: a medalha acadêmica e a pelerine, usados em sessões solenes da entidade.[14]
Mandato Presidencial
De 1895 a 1966, os mandatos presidenciais foram anuais. Em uma Assembleia Geral realizada em 18 de outubro de 1967, o mandato da diretoria da foi estendido para dois anos. Como resultado, Durval Sarmento da Rosa Borges, o 64º presidente, foi o último a ter um mandato de um ano. Seu sucessor, Virgílio Alves de Carvalho Pinto, tornou-se o 65º presidente da Academia de Medicina de São Paulo e o pioneiro em um mandato bienal.
Presidentes
Bibliografias
Livros sobre a Academia[24]
- 01. Livro "7 de março" (2012), de Affonso Renato Meira, Guido Arturo Palomba e Helio Begliomini
- 02. Livro "História da Academia de Medicina de São Paulo" (2013), de Guido Arturo Palomba
- 03. Livro "Prógonos da Academia de Medicina de São Paulo" (2014), de Helio Begliomini
- 04. Livro "Revelações 2011 - 2015" (2015), de Affonso Renato Meira
- 05. Livro "Presidentes da Casa de Luiz Pereira Barreto em seus 120 anos (1895-2015) de existência" (2015), de Helio Begliomini
- 06. Livro "Mulheres Notáveis e Pioneiras na Área da Saúde do Brasil do Século XIX" (2021), de Helio Begliomini
- 07. Livro "Antigos Membros da Centenária Academia de Medicina de São Paulo" (2021), de Helio Begliomini
- 08. Livro "MARIE RENNOTTE Professora, Feminista, Médica, Humanista e Empreendedora – Primeira Mulher a Ingressar na Academia de Medicina de São Paulo!" (2021), de Helio Begliomini
- 09. Livro "Nobel e Prêmios Nobel da Academia de Medicina de São Paulo" (2021), de Helio Begliomini
- 10. Livro "Fundadores da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo" (2022), de Helio Begliomini
Referências
Ligações externas