Álvaro Gonçalves Pereira (Salamanca, c. 1300 - Porto, 1375 ou Amieira do Tejo, c. 1379[i]) foi um nobre português, prior da Ordem do Hospital, que viveu no século XIV.
D. Frei Álvaro Gonçalves Pereira era filho sacrílego de D. Gonçalo Pereira, Arcebispo de Braga, e de Teresa Peres Vilarinho. Segundo Fernão Lopes, saiu do Reino para o Convento de Rodes, e lá chegando "mui grandemente e bem guarnido, assim d'escudeiros como d'outra gente", tendo passado àquele lugar na companhia de vinte cavaleiros. Como recompensa pelos seus bons feitos, obteve em 1335 do Grão-Mestre da Ordem do Hospital o priorado de Portugal dessa ordem, tendo sucedido a seu pai, com sede em Leça do Balio, desde 1341 no Castelo do Crato[1].
Uma vez prior, trouxe à Ordem grandes melhorias e acrescentamentos, entre os quais se contam o Castelo da Amieira, os paços e assentamento do Bonjardim[1], e a fortaleza de Flor da Rosa, a par do Crato, no qual edificou uma igreja em honra de Santa Maria, da qual, por ser a mais honrada, ordenou nova comenda, para que dela pudesse viver honradamente e com abastança o seu comendador.[2]
Foi privado de três reis de Portugal, D. Afonso IV, D. Pedro I e D. Fernando, estando nas boas graças deste último em especial.
Teve uma longa vida, durante a qual gerou, segundo Fernão Lopes, trinta e dois (ou trinta e três) filhos, nenhum deles nascido de legítimo casamento. Um dos seus filhos, D. Pedro Álvares Pereira, nascido em Julho de 1348, sucedeu-lhe no priorado do Hospital e foi mestre da Ordem de Calatrava, em Castela. De outra mulher, por nome Iria Gonçalves do Carvalhal[iii], natural de Elvas, teve Nuno Álvares Pereira[iv], que viria a ser Condestável de Portugal.[2] Fernão Lopes refere também como sendo seu filho Diogo Álvares, cavaleiro da Ordem do Hospital.[3]
Morreu em idade avançada na Amieira, tendo acompanhado o seu funeral nove filhos e nove filhas. As exéquias foram feitas na Amieira, sendo depois o seu corpo trasladado para o Mosteiro de Flor da Rosa, que ele edificara.[3]
Foi um homem muito profícuo, tendo alegadamente, e de acordo com os Nobiliários, sido pai de 32 ou 33 filhos e filhas.
Teve de Iria Vicente um filho:
Teve de Marinha Domingues:
Teve de Iria Gonçalves do Carvalhal (c. 1344 - d. 30 de Julho de 1385); a 30 de Julho de 1385 D. João I doou a «eirea gllz madre do destabre» todos os bens móveis e de raiz que ficaram por morte de seu filho Fernão Pereira, os quais bens foram de Paio Rodrigues Marinho, Alcaide de Campo Maior, e os perdeu por dar o dito castelo e vila ao rei de Castela, filha de Pedro Gonçalves do Carvalhal (c. 1320 -) e de sua mulher Aldonça Rodrigues (c. 1325 -), cinco filhos e uma (ou duas) filha(s):