O príncipe Óscar foi educado como cadete em Plön, no estado natal da sua mãe, Schleswig-Holstein, tal como os seus irmãos já o tinham feito anteriormente. Em 1902, foi motivo de notícia quando fracturou a clavícula ao cair das barras horizontais.[1]
Carreira militar
Durante os primeiros meses da Primeira Guerra Mundial, comandou o Grenadierregiment "Konig Wilhelm I." (2. Westpreussisches) Nr. 7, em campo, na categoria de coronel. A 22 de agosto de 1914, o futuro lutador Manfred von Richthofen testemunhou um ataque a Virton, na Bélgica, e escreveu sobre a coragem do príncipe Óscar e a sua liderança inspiradora no comando do seu regimento prestes a entrar em combate.[2] Por esta atitude, Óscar recebeu a Cruz de Ferro, Segunda Classe.[3] Um mês depois, em Verdun, Óscar voltou a liderar os seus homens para um assalto bem-sucedido em combate pesado e recebeu a Cruz de Ferro, Primeira Classe. Depois desta atitude, o príncipe acabou por colapsar e teve de ser retirado do campo de batalha.[4] Recebeu o distintivo de ferido e passou grande parte do outono de 1914 a recuperar do que se pensa ter sido um problema de coração. Acabou por regressar aos seus deveres na frente de combate oriental onde voltou a receber o distintivo de ferido.[5]
Em inícios da década de 1920, o seu nome surgiu em listas de membros do pessoal em geral ou membros da família real acusados de crimes de guerra e Óscar foi condenado pela imprensa por se ter candidatado a receber uma pensão de coronel da República de Weimar.[6]
Durante a década de 1930, quando a família Hohenzollern tentou regressar ao poder através do Nacional Socialismo, parece evidente que Óscar tenha tentado também a sua sorte e acabou por ser nomeado Generalmajor zur Verfügung (uma posição equivalente a brigadeiro-general, "disponível para nomeação"), por volta de 1 de março de 1940. À medida que se foi tornando evidente que a monarquia não iria ser restaurada pelos Nazis, a família deixou de ser favorecida por Adolf Hitler, com a excepção do irmão mais velho de Óscar, o príncipe Augusto Guilherme.
Durante a Segunda Guerra Mundial, quando o filho mais velho de Óscar (que tinha o mesmo nome do pai) foi morto na Polónia em Setembro de 1939 e o seu sobrinho Guilherme, filho do príncipe-herdeiro Guilherme, sofreu o mesmo destino na França em março de 1940, o povo alemão voltou a sentir alguma ternura pela família real, também influenciados pelo regime totalitarista que era, na altura, a Alemanha Nazi. A consequência destes acontecimentos foi a expulsão da maioria dos membros da antiga família real prussiana das forças armadas, incluindo do próprio príncipe Óscar. Apesar de Augusto Guilherme continuar a ser fiel a Hitler e de o antigo príncipe-herdeiro Guilherme preferir a neutralidade, Óscar e o resto dos seus irmãos, Eitel Frederico e Adalberto, revoltaram-se contra o regime.
Mestre dos cavaleiros, ordem protestante de São João
Os Hohenzollern em geral e a família de Óscar em particular sempre tiveram grande carinho pela Johanniterorden (Ordem de São João). O seu pai e tio eram membros e o seu irmão, Eitel Frederico, foi Mestre dos Cavaleiros (Herrenmeister) entre 1907 e 1926. O príncipe Óscar foi o seu trigésimo-quinte Mestre dos Cavaleiros[7] desde que Eitel renunciou à posição em 1926 até à sua morte em 1958. Os historiadores modernos afirmam que foi Óscar quem salvou a antiga ordem do esquecimento durante as purgas culturais do regime Nazi. Foi devido a esta luta que o príncipe se revoltou contra o regime. Após a sua morte em 1958, o seu filho mais novo, o príncipe Guilherme Carlos, tornou-se o seu sucessor permanente. O neto de Óscar, o dr. Oskar Hohenzollern, que também partilha o seu nome, é actualmente o trigésimo-sétimo Mestre dos Cavaleiros.
Casamento e descendência
O príncipe Óscar casou-se no dia 31 de julho de 1914 com a condessa Ina Maria von Bassewitz.[8] Tanto a cerimônia civil como a religiosa se realizaram no Schloß Bellevue, perto de Berlim, na Prússia. Inicialmente a união foi considerada morganática, mas, a 3 de novembro de 1919, foi declarada como uma união dinástica, segundo as leis da Casa de Hohenzollern. Antes do seu casamento, Ina Maria tinha também recebido o título de "condessa de Ruppin", a 27 de julho de 1914. A partir de 21 de junho de 1920, também passou a ter o título de "princesa da Prússia", com a forma de tratamento de "Sua Alteza Real". O casal teve quatro filhos:
Óscar da Prússia (21 de julho de 1915 - 5 de setembro de 1939), morreu na Segunda Guerra Mundial; sem descendência;
Burchard da Prússia (8 de janeiro de 1917 - 12 de agosto de 1988), casado com a condessa Eleonore Fugger von Babenhausen; sem descendência;
Guilherme-Carlos da Prússia (20 de janeiro de 1922 - 9 de abril de 2007), casado Armgard von Veltheim; com descendência.
A saúde do príncipe Óscar foi-se deteriorando durante os seus últimos anos de vida e o príncipe acabaria por morrer de cancro, numa clínica de Munique, a 17 de janeiro de 1958.[9]
Referências
↑“Kaiser’s Fifth Son Hurt.” New York Times. 9 de Dezembro de 1902.
Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Prince Oskar of Prussia», especificamente desta versão.
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