Élia Pimenta (Funchal, 1939 — 1996), de nome completo Élia Maria Gonçalves Pereira Pimenta, foi uma professora e artista plástica madeirense.[1]
Carreira
Fez os seus primeiros estudos em arte na Academia de Música e Belas Artes da Madeira. Matriculada nessa escola em 1959, passou, depois, para a Escola Superior de Belas Artes em Lisboa, cujo curso geral concluiu em 1963. Dois anos depois, em 1965, terminou o Curso Complementar de Pintura com a apresentação de uma tese classificada com 20 valores.[1]
Ainda em Lisboa, entre 1965 e 1967, lecionou nas Escolas Preparatória Eugénio dos Santos e de Artes Decorativas António Arroio, ao mesmo tempo que frequentava uma formação complementar em calcogravura, na Escola Nacional de Gravura. Entre 1967 e 1969 fez as cadeiras pedagógicas necessárias à obtenção de um lugar de efetiva no ensino, a que se seguiu o estágio pedagógico realizado nas escolas António Arroio e Josefa de Óbidos. Após aprovação no Exame de Estado, torna-se docente do quadro da Escola Industrial e Comercial do Funchal. A partir de 1970, e por convite, passa a acumular essas funções docentes com outras, desta vez na Secção de Belas Artes da Academia de Música e Belas Artes da Madeira, onde fica responsável pelas cadeiras de Pintura ao Natural I, II e III. A partir de 1978 e já no Instituto de Artes Plásticas da Madeira, lecionou Artes Plásticas/Pintura, Pintura/Investigação, Estudos Complementares de Pintura, Pintura/especialização e ainda Desenho III. Na mesma escola, ficou também responsável por algumas disciplinas mais teóricas, como as de Arte Portuguesa Contemporânea e Conjugação Interdisciplinar das Artes.[1]
Entre 1967 e 2006 obras suas foram expostas em diversos eventos, nomeadamente na Gravura, Sociedade de Gravadores Portugueses (1967/68); Galeria Altamira, Galeria da Secretaria Regional do Turismo e Cultura no Funchal e Galeria ISAPM (1986); Festival Marca (Funchal, 1987); 3.ª Exposição de Poesia Ilustrada e Poet’Art 90 (Teatro Municipal do Funchal, 1989); Galeria RTP e Biblioteca Nacional (1990); Discoteca Vespas e Quinta do Revoredo, Santa Cruz, Madeira (1994); Embaixada Portuguesa em Bruxelas (1995); Museu de Arte Contemporânea do Funchal (1996); Casa da Cultura da Calheta (1999) com uma mostra intitulada "Uma vida, uma carreira", e ainda na Galeria Café em Ponta Delgada, Madeira.[1]
As suas pinturas integraram, igualmente, as exposições de caráter histórico "Vinte Anos de Artes Plásticas na Madeira", em 2000, no Museu de Arte Contemporânea, no Funchal, e "Horizonte Móvel: Artes Plásticas na Madeira 1960-2008", no contexto da celebração dos 500 anos da cidade do Funchal.[1]
Foi colaboradora da revista Espaço-Arte, do Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira, e está representada no Museu de Arte Contemporânea do Funchal, assim como em diversas coleções particulares.[2] Em maio de 2017, o marido, José Manuel Mota Pimenta, doou ao MUDAS, Museu de Arte Contemporânea da Madeira, um conjunto de 29 obras, pintura e desenho, da autoria da artista plástica.[3]
Referências
Bibliografia
- SOUSA, Francisco Clode de, et al., Uma exposição Forte, Funchal, Museu de Arte Contemporânea, 1996; VALENTE, Carlos, 20 anos de artes plásticas na Madeira, Funchal, Museu de Arte Contemporânea, 1998.
Ligações externas