Foi eleito Presidente do Bundestag em 24 de outubro de 2017.
Biografia
Schäuble estudou Direito e Economia em Friburgo em Brisgóvia e Hamburgo, passou o primeiro e segundo exame estadual em direito e recebeu o doutorado em 1971 por Dr. jur.[2] Schäuble se juntou em 1961 a organização de juventude da CDU e em 1965 ao partido. Após foi membro do Bundestag desde 1972 e atuou como secretário-geral do grupo parlamentar da CDU/CSU (a CSU, Christlich-Soziale Union, "União Cristã-Social", é o partido bávaro "irmão" da CDU, com ela coligado mas dela totalmente independente) de 1981 a 1984. Ocupou os cargos de Chefe do Gabinete da Chancelaria Federal da Alemanha do chanceler Helmut Kohl, foi líder da bancada parlamentar da CDU, Ministro do Interior e por um curto período Presidente do partido. Schäuble foi um membro do Comité Executivo Federal da CDU desde 1989.[1] Schäuble, que foi confidente de Helmut Kohl, quase se tornou chanceler.
O escândalo envolvendo doações que chacoalhou o partido dos dois políticos, a CDU, marcou a virada na biografia política de Schäuble. Em dezembro de 1999, o ministro inicialmente negou, diante do parlamento, ter recebido dinheiro do “empresário” Karlheinz Schreiber – mas, em seguida, admitiu ter aceitado 100 mil marcos alemães para a CDU. Posteriormente ele se desculpou publicamente por ter ocultado sua ligação com Schreiber.[3]
O "Tesoureiro da Europa"
Seu golpe de mestre foi o tratado de unificação entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental. E ele merece crédito pela forma suave e pacífica em que ocorreu a reunião dos dois lados da Alemanha. Essa foi e continua sendo a grande realização de sua vida.
No cargo de Ministro das Finanças, ele parecia sentir certa satisfação em desempenhar o papel de tesoureiro da Europa – sem sua benção, pouca coisa acontece na esfera financeira do continente. Em várias entrevistas Schäuble elogiou a filosofia financeira europeia, segundo a qual a estabilidade monetária deve ter total prioridade. Ainda assim, sinalizou seu apoio a Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), em detrimento do presidente do Deutsche Bundesbank, Jens Weidmann, opositor ferrenho das compras de títulos de dívida. Contra a vontade de Schäuble não seria possível levar adiante o financiamento estatal, realizado por meio da compra ilimitada de títulos pelo BCE nos países do sul da Europa atingidos por uma crise financeira.
Vítima de tentativa de assassinato
Em Outubro de 1990 foi vítima de uma tentativa de assassínio numa acção de campanha eleitoral no Estado Federal de Baden-Württemberg. Sobreviveu, mas desde então se deslocou em cadeira de rodas depois de sofrer paralisia parcial ao levar um tiro na coluna vertebral.[4]
Morte
Schäuble morreu em 26 de dezembro de 2023, aos 81 anos.[5]