Um vulcão em escudo é um tipo de vulcão habitualmente constituído quase inteiramente por fluxos de lavafluidos. Os vulcões em escudo são designados deste modo porque a sua forma lembra a de um escudo deitado. A forma é causada pela escorrência da lava altamente fluida durante as erupções, que percorre maiores distâncias do que a lava eruptida a partir de um estratovulcão.
Os vulcões em escudo têm magma de baixa viscosidade, o que lhes permite ter lavamáfica.[1]
Geologia
Estrutura
Os vulcões em escudo são formados por correntes de lava de baixa viscosidade, isto é, por lava que flui com facilidade. Uma montanha vulcânica que tenha perfil largo – perfil cónico de base muito maior que a sua altura - vai-se formando ao longo do tempo à base de escoadas de lava basáltica relativamente fluida que provém de fissuras – chaminés - na superfície do vulcão. Muitos dos maiores vulcões da Terra são deste tipo. O maior é o Mauna Loa no Havai (todos os vulcões nessas ilhas são vulcões em escudo).
Este tipo de vulcões pode ser tão grande que por vezes se confundem com cadeias montanhosas, como a cordilheira Ilgachuz e a Cordilheira Rainbow, ambas situadas no Canadá. Estes vulcões formaram-se quando a Placa Norte-americana passou por cima de um ponto quente semelhante ao que alimenta os vulcões do arquipélago do Havai, chamado ponto quente Anahim.
Os vulcões ativos que são em escudo apresentam uma atividade eruptiva quase contínua durante períodos de tempo extremamente longos, resultando numa construção de estruturas gradual que podem atingir enormes dimensões.[2]
É frequente que a atividade de um vulcão em escudo faça surgir, com o tempo, cones de escória à volta dos centros eruptivos, como por exemplo com o Puʻu ʻŌʻō, produto da atividade continuada do vulcão Kilauea.[3]
Referências
↑«Definition of MAFIC». www.merriam-webster.com (em inglês). Consultado em 26 de setembro de 2020