Vorbis

Vorbis
Extensão do arquivo .ogg .oga
Desenvolvido por Xiph.Org
Tipo de formato Áudio digital compactado por meio de análise da psicoacústica
Página oficial http://www.vorbis.com/

Vorbis é uma tecnologia que por meio de um algoritmo grava música e voz consumindo pouco espaço virtual no meio de registro, como por exemplo um disco rígido. Por ter muitos predicados, a disseminação do Vorbis é cada vez mais vasta tanto no computador de mesa (desktop) quanto nas empresas, corporações, governos, instituições e entidades. É usado por profissionais para transmissões pela rede mundial de computadores e sistemas de comunicações terrestres. O Vorbis está em todo lugar, até mesmo em jogos eletrônicos. É administrado pela Xiph.Org Foundation. Todo o mecanismo envolvido na tecnologia Vorbis é gratuito, bem documentado, de código aberto e sem patentes.

História

O primeiro algoritmo desenvolvido pela fundação Xiph.Org como parte do projeto multimedia foi o Vorbis. Em setembro de 1998, a Fraunhofer emitiu a Carta de Infração para muitos comerciantes e programadores que haviam utilizado as especificações do MPEG-Layer 3 (MP3) para desenvolver arquivos binários.[1] Percebeu-se então que a estratégia da associação Fraunhofer era popularizar o MPEG-Layer 3 por meio de uma gratuidade inicial para mais tarde cobrar valores. Depois desse dissentimento, Chris Montgomery[2] dedicou-se ainda mais ao código do Vorbis. Deve-se notar que a plataforma virtual de arquivo, o Ogg, já existia antes de 1998.

Tecnologia

O Vorbis faz compactação com perda de qualidade, de modo a reduzir intensamente o espaço virtual necessário para reter os arquivos. Matematicamente, um áudio em Vorbis não é igual ao áudio de origem.[3][4]

Exemplos de algoritmos com perda de qualidade projetados para áudio digital:

  • MPEG-Layer 3, conhecido por meio da sigla MP3
  • Advanced Audio Coding, conhecido por meio da sigla AAC
  • Dolby Digital/AC-3 e variantes EX; Surround EX
  • Windows Media Audio, conhecido por meio da sigla WMA (que não utilize algoritmo Lossless)

Exemplos de algoritmos com perda de qualidade projetados para vídeo digital:

Qualidade

Devido a extrema eficiência do algoritmo e sua capacidade de adaptação, o mercado é permissível ao Vorbis. Exemplos de jogos eletrônicos que utilizam o Vorbis:[5]

  • Grand Theft Auto: Vice City
  • Grand Theft Auto: San Andreas
  • Duke Nukem: Manhattan Project
  • Doom 3
  • Quake 4
  • Unreal Tournament 2003
  • Unreal Tournament 2004
  • America’s Army
  • Awesomenauts
  • Amnesia: The Dark Descent
  • Amnesia: A Machine for Pigs
  • Swat 4
  • Halo
  • FarCry
  • 007: Nightfire
  • EA Games (Harry Potter and the Chamber of Secrets)[6]
  • Crystal Dynamics (Soul Reaver 2, Blood Omen 2)
  • Croteam (Serious Sam: The Second Encounter)
  • Pyrogon (Candy Cruncher)
  • PopCap Games (Alchemy)
  • Minecraft[7]

Mozilla Firefox, Google Chrome e Opera Software

No dia 30 de junho de 2009, o Mozilla Firefox, por meio do Theora e do Vorbis, tornou-se o primeiro navegador capaz de exibir vídeos e executar áudio sem a necessidade de complementos.[8][9][10] O segundo navegador que atingiu a meta de suportar Vorbis e Theora foi o Google Chrome 3.[11] O terceiro foi o SeaMonkey 2.0.[12] O quarto é o navegador da empresa Opera Software ASA. O Opera 10.50 garante a compatibilidade com o Vorbis e o Theora por meio da camada de software Gstreamer.[13][14][15] Em maio de 2010 a empresa Google anunciou o grande projeto de tecnologia para transmissão e compactação de áudio e vídeo chamado de WebM.[16] Este projeto, que incorpora o Vorbis, implicará maior aderência de vídeo e áudio de altíssima qualidade à rede mundial de computadores.[17][18][19]

Compatibilidade

O Vorbis, é potencialmente compatível com qualquer sistema, desde que haja interesse de programadores e engenheiros. Fique consciente dos programas compatíveis já existentes para os seguintes sistemas.[20]

Google Chrome OS

O Google Chrome OS é capaz de tocar arquivos Ogg.[21]

Google Android

A plataforma para telefone móvel, Google Android, suporta Vorbis.[22][23]

Sistemas baseados no núcleo Linux

Navegadores (em Inglês: browser): Estes listados aqui abaixo permitem ouvir áudio de forma integrada na Internet. Rádio, podcast, música, vídeo com som, entre outros.

Programas de propósito geral (trabalho geral com o Vorbis): escutar; ouvir; tocar; abrir; converter; copiar; gravar; editar; criar; gerar, alterar.

Microsoft Windows

Navegadores (em Inglês: browser): Estes listados aqui abaixo permitem ouvir áudio de forma integrada na Internet. Rádio, podcast, música, vídeo com som, entre outros.

Programas de propósito geral (trabalho geral com o Vorbis): escutar; ouvir; tocar; abrir; converter; copiar; gravar; editar; criar; gerar, alterar.

Mac OS X

Navegadores (em Inglês: browser): Estes listados aqui abaixo permitem ouvir áudio de forma integrada na Internet. Rádio, podcast, música, vídeo com som, entre outros.

  • Mozilla Firefox 3.5 e versões mais recentes
  • SeaMonkey 2.0 e versões mais recentes
  • Opera 10.52 e versões mais recentes
  • SRWare Iron

Programas de propósito geral (trabalho geral com o Vorbis): escutar; ouvir; tocar; abrir; converter; copiar; gravar; editar; criar; gerar, alterar.

Ogg

O Ogg é uma plataforma virtual de arquivo para conteúdo multimedia.[26] Pode guardar áudio, vídeo e legendas por meio de todos os algoritmos administrados pela Xiph.Org Foundation. A informação sobre o conteúdo sonoro e visual, como nome do artista e intérprete, é gravada por meio da especificação Vorbis Comment.

Confusão

Por consequência da falta de informação, muitas pessoas não discriminam o Ogg do Vorbis, frequentemente chamando todo o projeto de Ogg Vorbis. Outro erro é associar algoritmos com perdas aos algoritmos sem perdas. O FLAC é um algoritmo fiel ao som de origem. Não deve ser confundido com Vorbis ou com o MPEG-Layer 3 (MP3). Mesmo que o FLAC ofereça compactação, ainda assim não ocorre perda de qualidade do sinal. O FLAC foi elaborado para que o produto compactado tenha apenas uma relação íntima de matemática com a onda virtual inicial. Deve-se observar que a compactação oferecida por algoritmos sem análises de psicoacústica, como o FLAC, é menor. Ou seja, para uma mesmo som de origem, o arquivo resultante é maior com relação, por exemplo, ao Vorbis ou MPEG-Layer 3 (MP3).[27]

Licença

A especificação do Ogg e do Vorbis são de domínio público.[28] Os utilitários desenvolvidos pela Xiph.Org são distribuídos por meio de uma variante da licença BSD.[29] Os programadores são livres para criar suas próprias implementações. Não há patentes. Dessa forma não existe cobrança monetária por conta da distribuição ou venda de conteúdo em Vorbis.[30]

Referências

  1. Informações na lingua inglesa: http://www.xiph.org/about/
  2. Informações de contato: http://www.xiph.org/contact/
  3. «Cópia arquivada». Consultado em 23 de agosto de 2009. Arquivado do original em 1 de outubro de 2005 
  4. Aqui têm informação: http://www.hydrogenaudio.org/forums/index.php?showforum=8
  5. Lista de jogos eletrônicos que têm a tecnologia Vorbis: http://wiki.xiph.org/Games_that_use_Vorbis
  6. Página do jogo: http://www.eagames.co.uk/game/harry-potter-and-the-chamber-of-secrets/
  7. «Attribution». Minecraft.net (em inglês). Consultado em 17 de maio de 2017 
  8. Novas funções do Mozilla Firefox 3.5: http://blog.mozilla.com/blog/2009/06/30/firefox-35-available-now/
  9. http://br.mozdev.org/drupal/2008/07/firefox-3.1-trara-os-codecs-theora-e-vorbis
  10. Os vídeos em Theora acompanham áudio em Vorbis: http://en.flossmanuals.net/TheoraCookbook/HTML5
  11. Página oficial do Google. Sobre o Google Chrome 3, página na lingüa inglesa: http://googleblog.blogspot.com/2009/09/google-chrome-after-year-sporting-new.html
  12. Notícias do SeaMonkey. Página na lingüa inglesa: http://www.seamonkey-project.org/news
  13. Código-fonte do Gstreamer modificado ao modo da empresa Opera pelo seus respectivos empregados. Página sob o domínio da empresa Opera. Página em Inglês. http://sourcecode.opera.com/gstreamer/
  14. Rede dos programadores da empresa Opera. Detalhes sobre o modo do vídeo do HTML 5. Página em Inglês: https://web.archive.org/web/20100104205648/http://my.opera.com/core/blog/2009/12/31/re-introducing-video
  15. Anúncio do produto Opera 10.50: https://web.archive.org/web/20100305063848/http://my.opera.com/desktopteam/blog/2010/03/02/windows-10-50-is-released
  16. Verifique na seguinte página em Inglês: http://www.webmproject.org/
  17. Noticiado na INFO Online, Editora Abril S.A: http://info.abril.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/google-lanca-formato-webm-de-video-aberto-19052010-27.shl
  18. Noticiado na Ars Technica, Nast Digital. Texto em Inglês: http://arstechnica.com/web/news/2010/05/google-opens-vp8-codec-aims-to-nuke-h264-with-webm.ars
  19. Noticiado na Ars Technica, Nast Digital. Texto em Inglês: http://arstechnica.com/web/news/2010/05/google-pounds-the-open-standards-drum-during-io-keynote.ars
  20. Lista de programas de terceiros: http://www.vorbis.com/software//
  21. Página na lingüa inglesa a dizer sobre o Google Chrome OS: http://googleblog.blogspot.com/2009/07/introducing-google-chrome-os.html
  22. Verifique aqui: http://code.google.com/p/android/issues/detail?id=2390
  23. Página do Google Android: http://code.google.com/intl/pt-BR/android/
  24. Página das perguntas freqüentes sobre o Songbird. Página no idioma Inglês: http://getsatisfaction.com/songbird/topics/what_digital_music_formats_will_songbird_play
  25. Consta no respectivo manual do produto. Página parcialmente em Português do Brasil. O manual está disponível em vários idiomas: http://www.nero.com/ptb/support-nero9-manuals.html?language=eng
  26. Mais detalhes aqui: http://wiki.xiph.org/Ogg
  27. Perguntas freqüentes relacionadas ao FLAC. Página em Inglês: http://flac.sourceforge.net/faq.html
  28. Página do Vorbis. Informações em Inglês sobre a licença: http://www.vorbis.com/faq/#flic Arquivado em 1 de outubro de 2005, no Wayback Machine.
  29. A seguir o endereço da licença escrita na lingüa inglesa: http://www.xiph.org/licenses/bsd/
  30. Informações na lingüa portuguesa do Brasil: http://www.infowester.com/oggvorbis.php

Ligações externas