Eusebio Vittorio Giovanni Battista Capellaro (Mongrando, 21 de outubro de 1877 — Rio de Janeiro, 1943) foi um dos mais importantes pioneiros do cinema brasileiro, em sua fase muda. Foi diretor de cinema, produtor cinematográfico, roteirista e ator ítalo-brasileiro.[1][2] Trabalhou ativamente entre 1915 e 1935.
Dados biográficos
Esteve pela primeira vez no Brasil em temporadas teatrais, em 1907 e 1913. Volta ao país em 1915, quando filma Inocência de 1917, produção e adaptação suas do romance de Visconde de Taunay, onde também atuou como ator. Em 1916, adapta e dirige O guarani, do romance de José de Alencar em 1917, com cinegrafia de Benedetti, Capellaro produz, dirige e interpreta O Cruzeiro do Sul, baseado no romance O mulato, de Aluísio de Azevedo. Ainda em 1917, retorna para a Itália para se apresentar ao serviço militar.[2]
Ao final da Primeira Guerra Mundial, volta mais uma vez ao Brasil, já casado com Giorgina Nodari, que seria a personagem Iracema do filme do mesmo título, baseado na obra de José de Alencar, dirigido e adaptado por Capellaro, tendo na direção da foto Benedetti. Foi nessa época que conhece seus patrícios Alberto Sestini e Gustavo Pinfildi, ambos proprietários de cinema no Rio. Como distribuidor ambulante Capellaro partiu para o Nordeste do Brasil. Logo em seguida, reinicia suas atividades como produtor e realizador: em 1918, a primeira versão de Iracema em 1920, O garimpeiro em 1926, O guarani, refilmagem em razão do sucesso da primeira versão em 1932, O caçador de diamantes e em 1935, Fazendo fita.[1][2]
Em 1943, no clima de caça às quintas colunas, Capellaro, que se encontrava num bonde carioca, foi reconhecido por dois policiais como italiano, por causa do sotaque, levado para a delegacia e lá espancado. Solto, morreu alguns dias mais tarde, na sua casa, pelas sequelas do espancamento.[1]
Filmografia
Referências