Os seus padrões de proporções e os seus princípios conceituais — "utilitas" (utilidade), "venustas" (beleza) e "firmitas" (solidez) — inauguraram a base da Arquitetura clássica.[1]
Atualmente existem cerca de 80 manuscritos conhecidos sobre o "De Architectura", porém, pouquíssimos apresentam as ilustrações originais executadas pelo próprio Vitrúvio. Mesmo quando estas estão presentes, restam dúvidas quanto à sua fidelidade relativamente às originais.[2]
Alguns autores acreditam que Vitrúvio caiu no esquecimento durante a Idade Média. Essa crença é refutada por outros como falaciosa, uma vez que Vitrúvio é citado por vários autores medievais, inclusive do período carolíngio, na Alta Idade Média.[3]
A principal evidência dessa influência no período são os desenhos arquitetônicos de igrejas, traçadas seguindo muitos princípios descritos pelo autor. Embora nunca tenha descrito especificamente igrejas, os arquitetos medievais inspiraram-se nas anotações que deixou sobre templos e basílicas.[4]
Não se pode omitir que a falta de formação acadêmica dos arquitetos da época, que era um ofício aprendido pela prática com mestres-de-obras experientes, foi decisiva para o alegado "esquecimento" da obra do autor. A par desse motivo, argumenta-se ainda que, com a eclosão do gótico, o autor teria deixado de ser uma referência, uma vez que a sua obra não apresenta indicações ou referências ao emprego de abóbadas de cruzaria ou arcos apontados, a característica mais marcante da arquitetura do gótico.[5]
Em 2014 foi encontrado, nos arredores de Tarquina, Itália, o tratado "De Sbragus modus abitando est", sobre a utilização de “sbragar" para ambientes pequenos, antiga palavra de origem latina cujo significado ainda está sendo pesquisado.[7]
↑Niccolò Marcello Venuti Descrição das primeiras descobertas da cidade antiga de Heraclea, encontrado perto de Portici A Country Palace Pertencentes ao Rei das Duas Sicílias, publicado por R. Baldwin, traduzido por Wickes Skurray, 1750. p62 [1]
↑Flavius Vegetius Renatus As instituições militares dos romanos traduzidas do latim pelo tenente John Clarke, texto escrito em 390 aC. Tradução britânica publicada em 1767. direitos reservados expiraram, http://www.digitalattic.org/home/war/vegetius/