No século XIV o edifício pertencia à família Sacchetti, tendo sido vendida por estes em 1550, como "casa senhorial" a Lorenzo di Pietro Ridolfi. A propriedade foi confiscada a este último pelo Príncipe Francisco de Médici, devido ao seu envolvimento na Congiura dei Pucci (1560), que tinha como finalidade a eliminação do Grão-duque Cosme I, pai de Francisco.
A residência, a única dos Médici nesta parte da cidade, é caracterizada por um único bloco desenvolvido em sentido longitudinal, com uma ampla fachada em direcção a Florença, mantida em grande parte no sóbrio estilo quinhentista, caracterizada por um reboco branco no qual se destacam os portais e as janelas enquadradas por pietra serena cinzenta.
À direita da villa abria-se um recinto usado para o Jeu de paume (também conhecido como ténis Real), com grandes mansardas, edificado em 1596 pelo arquitecto Gherardo Mechini.
O parque, onde ainda hoje se encontram alguns cupressus seculares, é caracterizado por um caminho rectilíneo central, flanqueado por terrenos antigamente arborizados (como se vê na luneta pintada por Giusto Utens para a Sala das Villas da Villa Medicea di Artimino). O portão monumental encontra-se no sopé da colina.
Em 1621 a villa e a casa de lavoura foram adquiridas por Girolamo Capponi, permanecendo na posse da sua família até à extinção, ocorrida no século XIX com o famoso estadista e erudito Gino Capponi, falecido em 1876, o qual foi sepultado na própria villa antes de ser trasladado para a Igreja de Santa Cruz.
De seguida sucederam-se vários proprietários, como o Marquês Luigi Ridolfi e a família dos antiquários Bellini (1939-1976). Actualmente ainda se mantém como propriedade privada, não se encontrando aberta ao público.
Bibliografia
Isabella Lapi Bini, Le ville medicee. Guida Completa, Giunti, Florença, 2003.
Daniela Mignani, Le Ville Medicee di Giusto Utens, Arnaud, 1993.