As principais vias do bairro são a avenida Dr. Gastão Vidigal e a Avenida Imperatriz Leopoldina. A rua Carlos Weber abriga o quarteirão mais badalado do bairro, com condomínios de apartamentos e lojas. O bairro também é conhecido pelo CEAGESP, pelo Teatro UMC, pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), pelo Senai e pela escola e ginásio do SESI, onde ocorre seus principais jogos de vôlei, como os da Superliga.
A Leopoldina é um bairro repleto de contrastes sócio-econômicos. Se por um lado existem condomínios para vários extratos da classe média, o bairro também apresenta favelas assim como qualquer outro bairro no geral.
O bairro está em evidente crescente e conta com diversos imóveis em construção em sua redondeza. Além disso é servido pelos trens através das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, nas estações Imperatriz Leopoldina e Domingos de Moraes na linha 8, e Ceasa na linha 9. O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana, Tatuapé e Barra Funda.[2]
Historia
A aquisição do território pelos jesuítas alemães, com o intento de estabelecer suas moradas, data do século 19, quando uma parcela da localidade fazia parte de uma propriedade denominada Emboçoava, que, desde 1827, estava sob a propriedade de João Correia da Silva. Além do nome Emboaçava, o local também era identificado como Várzea dos Correias, em referência ao sobrenome de João.[3]
Em 1894, após obterem as terras dos religiosos, uma empresa optou por investir na contratação de embarcações para transportar possíveis investidores até as áreas.[4]
Essa medida resultou no primeiro grande loteamento da região pela empresa E. Ricther & Company, apesar das dificuldades comerciais enfrentadas devido à natureza alagadiça do terreno, o que complicava a edificação de empreendimentos. Curiosamente, o nome "Vila Leopoldina" foi dado ao bairro em homenagem a uma associada da empresa, Leopoldina Kleeberg.
Entretanto, apenas após mais de 30 anos, em 1926, a Incorporadora Siciliano & Silva, em colaboração com o empresário Antônio Vilares, realizou o loteamento de mais de 500 mil metros quadrados.[5]
Naturalmente, a história da Leopoldina está intimamente ligada à Lapa. Esse segundo distrito recebeu significativos investimentos financeiros devido às instalações da São Paulo Railway, o que influenciou profundamente sua formação inicial. Graças a essa empresa ferroviária e, posteriormente, à Light, a Vila Leopoldina foi dotada desde cedo de linhas de bonde e eletricidade em sua infraestrutura.[6]
Se adicionarmos a esse elemento os preços acessíveis dos terrenos e a mão de obra, em sua maioria composta por imigrantes, tornou-se altamente atrativa para a instalação de indústrias na região, como ocorreu com a Cia. Fiat Lux, Metalúrgica Martins Ferreira e a Fábrica de Tecidos e Tecelagem Lapa. Nos anos 30, com as obras de retificação dos rios, mais áreas propícias para a instalação industrial "surgiram", afinal, havia uma abundância de água que poderia ser utilizada se a fábrica fosse construída próxima à fonte hídrica.
Na década de 1950, o início da construção do Centro Industrial Miguel Mofarrej marcou o início do processo de industrialização da área, substituindo as antigas cerâmicas por grandes indústrias.[7]Nesse contexto, diversas empresas, incluindo a Metalúrgica Atlas, do Grupo Votorantim, estabeleceram-se na área. Os períodos das décadas de 1950 e 1960 desempenharam um papel crucial na história regional, marcados pela inauguração do Mercado da Lapa e do antigo Ceasa (Centro Estadual de Abastecimento Sociedade Anônima), agora conhecido como Ceagesp.[8]