Untamed (bra: A Indomável)[3] é um filme pre-Code estadunidense de 1929, do gênero comédia romântica dramática, dirigido por Jack Conway, e estrelado por Joan Crawford. O roteiro foi adaptado por Sylvia Thalberg e Frank Butler, com diálogos de Willard Mack, a partir de um conto de Charles E. Scoggins.[1]
Feito durante a transição da MGM de filmes mudos para sonoros, "Untamed" foi o primeiro filme falado e não-musical de Crawford. Foi o primeiro papel protagonista de Montgomery, que fez vários filmes mudos antes dessa produção. Este foi o primeiro dos seis filmes que Crawford e Montgomery co-estrelaram juntos.
Sinopse
Após a morte de seu pai, Bingo (Joan Crawford) herda a companhia de petróleo da família, mas como ela foi criada na zona rural da América do Sul, seus tutores, Ben (Ernest Torrence) e Howard (Holmes Herbert), decidem enviar a moça nada sofisticada para Nova Iorque, com a finalidade de fazê-la ganhar um pouco de cultura. No caminho, ela conhece Andy (Robert Montgomery), o homem ideal, só que pobre. Depois de dizer a Bingo que ele simplesmente não pode viver à custa da fortuna de uma mulher, ele se envolve com a igualmente pobre Marjory (Gwen Lee). Não querendo desistir do homem tão facilmente, Bingo acaba atirando no ombro dele. Este bizarro ato mexe com o rapaz, que começa a pensar se o amor que sente pela mulher vale mais a pena do que a vida que ele poderia construir com Marjory.
Elenco
- Joan Crawford como Alice "Bingo" Dowling
- Robert Montgomery como Andy McAllister
- Ernest Torrence como Ben Murchison
- Holmes Herbert como Howard Presley
- John Miljan como Bennock
- Gwen Lee como Marjory "Marge"
- Edward Nugent como Paul
- Gertrude Astor como Sra. Mason
- Lloyd Ingraham como Henry "Hank" Dowling
- Wilson Benge como Billcombe, o mordomo
Recepção
Enquanto "Untamed" foi um sucesso de bilheteria e continuou a ascensão de Joan Crawford como uma grande atriz favorita do público, as críticas foram mistas. Mordaunt Hall, em sua crítica para o The New York Times, escreveu: "... essa efusão pictórica nunca parece realmente sair da parede de um estúdio de Hollywood. Ele se afasta, no entanto, de qualquer coisa real, e o diálogo banal e a natureza vacilante de algumas das pessoas envolvidas fazem estremecer ao pensar até onde os produtores podem ir com seu relativamente novo brinquedo vocalizado".[4] Ele comentou sobre os talentos vocais de Crawford – em seu primeiro filme falado – dizendo: "Srta. Crawford tem uma boa voz, mas ela nunca impressiona como uma garota que passou a maior parte de sua vida longe da civilização. Há momentos em que a culpa é da Srta. Crawford, e há casos em que alguém é levado a simpatizar com ela por causa de suas falas".[4]
Outro crítico, do Brooklyn Eagle, também comentou sobre a voz de Crawford, escrevendo: "Se Untamed faz pouco mais pela Srta. Crawford, isso prova que ela é uma atriz que os microfones não precisam temer. Sua dicção é clara e não afetada e, embora não haja nada nas falas que ofereça a oportunidade de uma atuação excepcional, ela conseguiu tornar a heroína impulsiva da história um pouco mais crível do que o papel merece".[4]
O autor Scott Eyman escreveu: "Embora sua atuação fosse instável, era melhor do que ela cantando e dançando ... Se não fosse pela energia sem limites de Crawford, sensualidade exuberante e popularidade com o público, Thalberg poderia ter desistido dela como se ela fosse um trabalho ruim".[5]
Bilheteria
De acordou com os registros da Metro-Goldwyn-Mayer, o filme arrecadou US$ 714.000 nacionalmente e US$ 260.000 no exterior, totalizando US$ 974.000 mundialmente. O retorno lucrativo da produção foi de US$ 508.000.[2]
Trilha sonora
Na cena de abertura de "Untamed", Crawford dança enquanto canta a música-tema, "Chant of the Jungle". A canção, escrita por Nacio Herb Brown e Arthur Freed, tornou-se um sucesso em 1929. Ela e Montgomery também cantam a música "That Wonderful Something Is Love", de Louis Alter e Arthur Freed, mais tarde no filme.
A trilha sonora original de "Untamed" foi composta por Louis Alter, Nacio Herb Brown e William Axt. As letras foram escritas por Arthur Freed e Joe Goodwin.
Referências
Ligações externas