O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Piedade é uma escola de sambabrasileira de Vitória, fundada em 15 de janeiro de 1955.
História
A agremiação é a mais antiga do Carnaval de Vitória. Foi fundada nos bairros da Fonte Grande e Piedade, nas proximidades do Centro de Vitória. Foi 14 vezes campeã do carnaval, mas o qual não vence desde 1986. No ano de 2007 ficou em 4º lugar, no total de 6 agremiações do Segundo grupo capixaba. Em 2008 foi a última colocada do Grupo de Acesso do Carnaval da cidade. Em 2009, quando todas as escolas voltaram a competir em apenas um grupo, a escola se superou conquistando a 4ª colocação. Em 2010 terminou em 8º lugar.
Para 2011, a escola trouxe o carnavalesco Paulo Balbino, conhecido como "Paulo Barros do carnaval capixaba" e teve como enredo: "Senhoras e Senhores, Bom Espetáculo!"[1], terminando na 3ª colocação.
Homenageou a AFECC no ano de 2012. Em 2013, terminou na 5ª colocação, disputando o Grupo Especial A.
Entre 2014 e 2019, fez carnavais belíssimos variando entre a 3ª e a 4ª colocações. No entanto, nos últimos anos, tem enfrentado grandes dificuldades, bem como o próprio carnaval capixaba, por conta da pandemia de COVID-19 e outras adversidades.
Em 2023, a agremiação passa por grande renovação de seu quadro de diretores, tentando aliar tradição e modernidade. No desfile, encantou o Sambão do Povo com o enredo "Bino Santo e As Lutas Que Ecoam no Morro" assinado pelo carnavalesco Alex Santiago, mas mesmo assim, ficou apenas em 5º lugar.
Para 2024, "Quilombo Piedade" foi o enredo apresentado na avenida pela agremiação, que cantou sua própria história, religiosidade, cultura e memórias do povo da Fonte Grande. Com um desfile encantador assinado pelo carnavalesco Wagner Gonçalves, e com um samba que "explodiu" na voz de Luiz Felipe e Kleber Simpatia, a agremiação conquistou o 3º lugar no desfile do ano.
A Descida da Piedade
Desde a sua fundação, a Unidos da Piedade realiza um evento que marca seu último ensaio, realizado à noite, na semana anterior ao desfile oficial do ano. Para o evento são convocados todos os componentes da escola, principalmente as passistas, baianas e os membros das alas coreografadas e da bateria.
No evento, não são usadas as fantasias do desfile, pois o objetivo é somente o de testar o entrosamento dos componentes em movimento pela rua e a última oportunidade da comunidade de decorar o samba do ano. Os componentes e os espectadores se concentram nas proximidades da sede da escola, no Morro da Fonte Grande, depois saem em cortejo pelas ruas Sete de Setembro e Graciano Neves, no Centro Histórico de Vitória, e terminam o cortejo nas proximidades da Rua Maria Saraiva, onde hoje fica o famoso Bar da Zilda. Todos os anos a Descida da Piedade atrai milhares pessoas de todos os cantos do estado, sendo um dos maiores eventos públicos da cidade de Vitória e patrimônio popular capixaba[2][3][4].
Nos braços da Piedade, Colatina, a terra do sol poente conta a saga do seu povo no Vale do Rio Doce Compositores: Lourival das Neves, Betinho Capoeira, Arildo do Cavaco, Marquinho Gente Bamba, Maneco, Manoel de Souza, Choroca e Aroldo Rufino
Piedade canta os 100 anos do Porto de Vitória. Um século de lutas e tradições Compositores: Betinho Capoeira, Arildo do Cavaco, Ricardo, Maneco e Xoroca
Os trabalhadores pedem passagem. A Piedade se encanta e canta o jubileu de prata da CUT Compositores: Christiane Labanca, Sérgio Ricardo, Marquinho Gente Bamba, Manoel de Souza e Rita de Cássia
Do agreste do sertão de Gonzaga e Lampião - Pernambuco - Histórias de luta, do frevo e do São João Compositores: Lourival das Neves, Lucianinho do Cavaco, Sérgio Indio e Gibson Muniz
Piedade 60 anos. Uma odisseia carnavalesca de conquistas Compositores: Sousa, Marquinho Gente Bamba, Lorival das Neves, Sergio Índio, Lucianinho do cavaco, Betinho Capoeira, Costa pereira, Welton Zangrande, Gibson Muniz e Isaías Santana
No mundo e na vida, de cara pintada com a Piedade na avenida Compositores: Lourival das Neves, Jefinho Rodrigues, Marquinhos Gente Bamba, Gibson Muniz, Lucianinho do Cavaco, Maneco, Sergio Índio e Co
Pra não dizer que não falei das flores Compositores: Roberth Melodia, Leandro Bonaza, Léo Soares, R. Lira, Cassius Macaé, Alan Rabelo, Shazan, Victor Alves, Fernando Brito, Diego do Carmo e Kléber Simpatia
Felis Catus, Sagrados e Mal Ditos Compositores: Alan Rabelo, Djalma Junior, Fernando Brito, Igor Cabral, Leandro Bonaza, Leandro Corrêa, Rafael Mikaiá e Roberth Melodia
↑OLIVEIRA, Marcelo Rodrigues de (2017). Aroldo Rufino de Oliveira. Biografia memorável do primeiro mestre-sala do Carnaval Capixaba. Vitória: Faculdade de Música do Espírito Santo Maurício de Oliveira. pp. 102–103, 139–140. ISBN978-85-66180-19-0
↑SIQUEIRA, Jane Seviriano. Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Piedade: Identidade, memória e e cultura entre jovens. (Monografia apresentada ao curso de Ciências Sociais). Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2013.
↑ abcdefghijklmOLIVEIRA, Marcelo Rodrigues de (2017). Aroldo Rufino de Oliveira. Biografia memorável do primeiro mestre-sala do Carnaval Capixaba. Vitória: Faculdade de Música do Espírito Santo Maurício de Oliveira. p. 157. ISBN978-85-66180-19-0
↑Escolas de samba. Repositório Digital TVE Espírito Santo (publicado em 21 de março de 2023). 25 de fevereiro de 1982. Nos minutos 0:37 e 8:40. Consultado em 27 de setembro de 2024
↑Site Viva Samba (2017). «Sambas 1984». Consultado em 19 de junho de 2023