Ubuçu

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Manicaria saccifera
Manicaria saccifera
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Arecales
Família: Arecaceae
Género: Manicaria
Espécie: M. saccifera
Nome binomial
Manicaria saccifera
Gaertn.

O ubuçu ou buçu (Manicaria saccifera), popularmente chamado ubucuzeiro ou tururi,[1] é uma palmeira encontrada em Trinidad, na América Central e do Sul, abundante nas várzeas e ilhas da Amazônia brasileira,[2] com frutos em forma de cocos pequenos, da família Arecaceae e uma espécie do género Manicaria. principalmente nos estados do Amazonas, Pará e Amapá.

Sua palha é utilizada por ribeirinhos na cobertura de casas. O estipe alcança 3 a 5 metros de altura e 3 centimetros de espessura. As folhas atingem 5 a 7 m em comprimento, e suas bainhas secas persistem sobre o caule; o espádice é grande e ramificado, indo de 1 a 1,5m e o fruto é uma drupa esférica e suberosa por fora, e que contém de 1 a 3 sementes.

O cacho que pende da palmeira é protegido por um invólucro na forma de um saco de material fibroso e resistente chamado de tururi (Manicaria saccifera Gaertn).[3] É esse material, recolhido caído no chão ou retirado pelo caboclo, com a ajuda da peconha, que por apresentar morfologia das fibras celulósicas (flexibilidade e resistência) possui uma aplicabilidade mercadológica diversificada.[2]

Artesanato

A fibra tururi por apresentar características de flexibilidade e resistência é constantemente utilizada por artesãos e ribeirinhos na região amazônida.[4] possui uma aplicabilidade mercadológica diversificada: como uso em artesanato; compósitos a serem usados em mobiliário ou construção civil;[5] em produtos têxteis, como um tecido na produção de moda;[4][6] como um produto de papelaria, na forma de papel para caderno, através do casal Hilson Rabelo e Eliane Rabelo, artesãos que utilizam as "fibras da Amazônia" como o: tururi, miriti, patichuli e, a folha de bananeira.[7] De acordo com Felícia Assmar Maia, o tururi na forma de um produto mercadológico surgiu através da criação de sacolas vendidas nos mercados regionais.[4]

Referências

  1. «Tecnologias de aproveitamento de fibras naturais: uma arqueologia de "conhecimentos em extinção"» (PDF). Laboratório de Automação de Museus, Bibliotecas Digitais e Arquivos (LAMBDA) da Vice-Reitoria de Assuntos Acadêmicos. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Consultado em 17 de julho de 2023 
  2. a b Monteiro, Amanda Sousa (14 de junho de 2016). «Tururi (Manicaria saccifera Gaertn.): caracterização têxtil, processos e técnicas artesanais em comunidade local amazônica (PA - Brasil)» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2023. Resumo divulgativoBiblioteca Digital USP 
  3. Monteiro, Amanda Sousa (14 de junho de 2016). «Tururi (Manicaria saccifera Gaertn.): caracterização têxtil, processos e técnicas artesanais em comunidade local amazônica (PA - Brasil)» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2023. Resumo divulgativoBiblioteca Digital USP 
  4. a b c Monteiro, Amanda Sousa (14 de junho de 2016). «Tururi (Manicaria saccifera Gaertn.): caracterização têxtil, processos e técnicas artesanais em comunidade local amazônica (PA - Brasil)» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2023. Resumo divulgativoBiblioteca Digital USP 
  5. Monteiro, Amanda Sousa (14 de junho de 2016). «Tururi (Manicaria saccifera Gaertn.): caracterização têxtil, processos e técnicas artesanais em comunidade local amazônica (PA - Brasil)» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2023. Resumo divulgativoBiblioteca Digital USP 
  6. Leal, Rosa Maria de Castro. A DIVERSIDADE DA FIBRA DO TURURI: APLICABILIDADE E USABILIDADE (PDF). Col: Tecnologia de Design de Moda. [S.l.]: Faculdade Estácio FAP. Resumo divulgativo 
  7. «Produção regional é destaque no primeiro dia da Feira do Artesanato Mundial». Agência Pará de Notícias. Consultado em 17 de julho de 2023 

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