A origem do viaduto está relacionada à construção de uma estrada pela Usiminas, ligando a ponte sobre o rio Piracicaba a Ipatinga, na década de 1950, com a intenção de estabelecer um trajeto mais rápido entre o antigo Aeroporto da Acesita e a usina de Ipatinga. O caminho utilizado até então passava pela área dos atuais bairros Mangueiras e Amaro Lanari e, além de mais longo, era precário.[3]
No trecho do atual viaduto a estrada foi locada sobre um aterro elevado, impedindo o acesso retilíneo entre a região do Melo Viana e o Centro de Fabriciano. Para cumprir o trajeto era necessário dar uma volta até o leito do ribeirão Caladão. Dessa forma, o então prefeito Raimundo Alves de Carvalho determinou a abertura de um corte no aterro para restabelecer a passagem entre as duas partes da cidade. Somente então que a Usiminas construiu um viaduto de concreto armado no local, mas sem considerar uma possível expansão das vias e o crescimento populacional da área.[3]
O trevo veio a ser construído no começo da década de 1960, com a locação da MG-4 — que mais tarde foi incorporada à BR-381 —, aproveitando as dimensões do antigo viaduto.[3] A obra do trevo ocorreu durante o mandato do então governador José de Magalhães Pinto. Por essa razão o político foi homenageado ao ter seu nome emprestado à Avenida Magalhães Pinto, que veio a ser pavimentada na mesma década. O título "Trevo Pastor Pimentel", por sua vez, reverencia o pastor José Alves Pimentel, fundador das Assembleias de Deus do Vale do Aço, e que na época pastoreava a AD que fica ao lado do trevo.[1]
A altura da ponte, de 3,6 m, fez com que ocasionalmente caminhões ficassem presos ao passar de baixo do viaduto.[3][4] Além disso, a largura das vias inferior e superior do viaduto em pista simples foi insuficiente para atender à circulação de veículos crescente.[3] Em dezembro de 2008, uma proposta da prefeitura de captação de recursos para remodelação do trevo chegou a ser aprovada pela Câmara Municipal.[5] Em janeiro de 2010, a via sob concessão federal foi transferida para fora do perímetro urbano municipal e o trecho que passa por Coronel Fabriciano (Avenida Tancredo Neves) foi municipalizado, reduzindo o tráfego de veículos sobre o trevo.[6]
Reconstrução
Em fevereiro de 2019, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a prefeitura de Coronel Fabriciano anunciaram que o viaduto precisava passar por obras emergenciais e poderia ser interditado a qualquer momento, pois uma de suas vigas de sustentação apresentava deterioração. A baixa altura também foi apontada como um problema grave, elevando o risco de desabamento da estrutura. Na ocasião, o DNIT divulgou que uma licitação para a reforma seria lançada em caráter urgente.[7] Um ano mais tarde, em fevereiro de 2020, ocorreram as intervenções de emergência, ocasião em que a estrutura foi reforçada com três vigas metálicas.[8] Contudo, acidentes com caminhões continuaram a ocorrer em função da altura insuficiente, prejudicando a estrutura ainda mais.[9]
No dia 30 de janeiro de 2023, o prefeito Marcos Vinícius da Silva Bizarro deu início à reconstrução de todo o trevo, a fim de sanar os riscos estruturais e os problemas com caminhões entalados. A intervenção contemplou a demolição da estrutura antiga para elevação da altura para 5 m,[10] uso de vigas de 50 cm para sustentação da estrutura superior, construção de mais duas vias inferiores e uma superior e caminhos para pedestres (que não existiam).[3][11] Durante os serviços, o trânsito foi desviado para alças provisórias fora do canteiro de obras, mas mesmo assim o entorno e as ruas próximas registraram congestionamentos diários, por causa dos desvios necessários e do fluxo intenso de veículos da área.[12] A previsão inicial era de que a construção durasse seis meses, porém se estendeu por pouco mais de 1 ano por motivos técnicos, com a reinauguração em 5 de fevereiro de 2024.[13][14]
A Avenida Magalhães Pinto sob o viaduto (direção do Giovannini)
Avenida Magalhães Pinto sob o viaduto (direção do Centro)
↑Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Sedetur) (28 de julho de 2009). «Inventário turístico 2009». Prefeitura. Consultado em 28 de janeiro de 2012