Tito Antônio Merenda (em latim: Titus Antonius Merenda) foi um político da gente Antônia nos primeiros anos da República Romana eleito decênviro para o Segundo Decenvirato em 450 a.C. Era membro do ramo plebeu da gente Antônia, os "Merendas" (Merendae)[1]. Foi pai do tribuno consular Quinto Antônio Merenda[2].
Decenvirato
Tito Antônio foi eleito entre os dez patrícios que fizeram parte do Segundo Decenvirato em 450 a.C.[3], cuja função era completar o trabalho do Primeiro Decenvirato, a produção de um novo código legal para a República Romana, que ficou conhecido como Lei das Doze Tábuas. Porém, este segundo grupo foi marcado por uma forte viés anti-popular e autoritário, principalmente por que os decênviros ultrapassavam os limites de seus mandatos.
Quando sabinos e équos invadiram o território romano, Tito Antônio, juntamente com os decênviros Lúcio Minúcio Esquilino Augurino, Marco Sérgio Esquilino, Cesão Duílio Longo e Marco Cornélio Maluginense, foram enviados para liderar as operações contra os équos que, como de costume, foram derrotados perto do monte Algido. Entre os próprios soldados estava Lúcio Vergínio, pai e assassino de sua filha, Vergínia, e futuro tribuno da plebe[4].
Em 449 a.C., depois de re-estabelecidas as prerrogativas dos tribunos da plebe pelos cônsules Lúcio Valério Potito e Marco Horácio Barbato, Tito Antônio foi acusado por eles de ações ilegais durante o decenvirato e, por isto, ele foi exilado e teve seus bens confiscados[5].
Ver também
Referências
- ↑ Broughton 1951, p. 47.
- ↑ Broughton 1951, p. 69
- ↑ Lívio, Ab urbe condita libri III, 35
- ↑ Lívio, Ab urbe condita libri III, 3, 41
- ↑ Lívio, Ab urbe condita libri III, 4, 58.
Bibliografia
- T. Robert S., Broughton (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas