Soneto 30
Soneto 30
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When to the sessions of sweet silent thought
I summon up remembrance of things past,
I sigh the lack of many a thing I sought,
And with old woes new wail my dear time's waste:
Then can I drown an eye, unused to flow,
For precious friends hid in death's dateless night,
And weep afresh love's long since cancell'd woe,
And moan the expense of many a vanish'd sight:
Then can I grieve at grievances foregone,
And heavily from woe to woe tell o'er
The sad account of fore-bemoanèd moan,
Which I new pay as if not paid before.
But if the while I think on thee, dear friend,
All losses are restored and sorrows end.
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–William Shakespeare
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Soneto 30 foi escrito por William Shakespeare e faz parte dos seus 154 sonetos. Foi escrito em homenagem a Henry Wriothesley, amigo de Shakespeare, e possivelmente seu amante.
Traduções
Na tradução de Arnaldo Poesia,
- Quando à corte silente do pensar
- Eu convoco as lembranças do passado,
- Suspiro pelo que ontem fui buscar,
- Chorando o tempo já desperdiçado,
- Afogo olhar em lágrima, tão rara,
- Por amigos que a morte anoiteceu;
- Pranteio dor que o amor já superara,
- Deplorando o que desapareceu.
- Posso então lastimar o erro esquecido,
- E de tais penas recontar as sagas,
- Chorando o já chorado e já sofrido,
- Tornando a pagar contas todas pagas.
- Mas, amigo, se em ti penso um momento,
- Vão-se as perdas e acaba o sofrimento.[1]
Na tradução de Thereza Christina Rocque da Motta, usa-se adjetivos no feminino,
- Quando, em silêncio, penso, docemente,
- Sobre fatos idos e vividos,
- Sinto falta do muito que busquei,
- E desperdiço um tempo precioso com antigos lamentos:
- Então meus olhos naufragam sem mais saber chorar,
- Por queridos amigos envoltos pela noite do esquecimento,
- E novamente choro o amor há tanto abandonado,
- Gemendo por algo que não mais vejo:
- Assim, posso sofrer as velhas dores,
- E lamentar, de pesar em pesar,
- Uma triste história de antigas mágoas,
- Que pranteio como se não as tivesse pranteado antes.
- Mas quando penso em ti, querida amiga,
- Todas as perdas cessam, e a tristeza finda.[2]
Referências
- Alden, Raymond. The Sonnets of Shakespeare, with Variorum Reading and Commentary. Boston: Houghton-Mifflin, 1916.
- Baldwin, T. W. On the Literary Genetics of Shakspeare's Sonnets. Urbana: University of Illinois Press, 1950.
- Booth, Stephen. Shakespeare's Sonnets. New Haven: Yale University Press, 1977.
- Dowden, Edward. Shakespeare's Sonnets. London, 1881.
- Hubler, Edwin. The Sense of Shakespeare's Sonnets. Princeton: Princeton University Press, 1952.
- Schoenfeldt, Michael (2007). The Sonnets: The Cambridge Companion to Shakespeare’s Poetry. Patrick Cheney, Cambridge University Press, Cambridge.
- Tyler, Thomas (1989). Shakespeare’s Sonnets. London D. Nutt.
- Vendler, Helen (1997). The Art of Shakespeare's Sonnets. Cambridge: Harvard University Press.
Ligações externas
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