Jerusalém é sagrada para os judeus desde que o Rei Davi a proclamou como sua capital no século X a.C. Jerusalém foi o local do Templo de Salomão e do Segundo Templo.[2] Ela é mencionada na Bíblia 632 vezes. Hoje, o Muro das Lamentações, um remanescente do muro que contornava o Segundo Templo, é o segundo local sagrado para os judeus perdendo apenas para o Santo dos santos no próprio Monte do Templo.[3] Sinagogas ao redor do mundo são tradicionalmente construídas com o seu arco sagrado voltado para Jerusalém,[4] e arcos dentro de Jerusalém voltado para o Santo dos santos.[5] Como prescrito no Mixná e codificado no Shulkhan Arukh, orações diárias são recitadas em direção a Jerusalém e ao Monte do Templo. Muitos judeus tem placas de "Mizrach" (oriente) penduradas em uma parede de suas casas para indicar a direção da oração.[5][6]
O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo Testamento mas também por sua significância na vida de Jesus. De acordo com o Novo Testamento, Jesus foi levado para Jerusalém logo após seu nascimento[7] e depois em sua vida quando limpou o Segundo Templo.[8] O Cenáculo que se acreditava ser o local da última ceia de Jesus, é localizado no Monte Sião no mesmo prédio que sedia o Túmulo de David.[9][10] Outro lugar proeminente cristão em Jerusalém é o Gólgota, o local da crucificação. O Evangelho de João o descreve como sendo localizado fora de Jerusalém,[11] mas evidências arqueológicas recentes sugerem que Gólgota fica a uma curta distância do muro da Cidade Antiga, dentro dos limites atuais da cidade.[12] A terra correntemente ocupada pelo Santo Sepulcro é considerado um dos principais candidatos para o Gólgota e ainda tem sido um local de peregrinação de cristãos pelos últimos dois mil anos.[12][13][14]
Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada do Islamismo.[15] Aproximadamente um ano antes de ser permanentemente trocada por Caaba em Meca, a quibla (direção da oração) para os muçulmanos era Jerusalém.[16] A permanência da cidade no Islão, entretanto, é primariamente de acordo com a Noite de Ascensão de Maomé (c. 620 d.C.). Os muçulmanos acreditam que Maomé foi miraculosamente transportado em uma noite de Meca para o Monte do Templo em Jerusalém, aonde ele ascendeu ao Paraíso para encontrar os profetas anteriores do Islão.[17][18] O primeiro verso no Al-Isra do Alcorão notifica o destino da jornada de Maomé como a mesquita de al-Aqsa (a mais distante),[19] em referência à sua localização em Jerusalém. Hoje, o Monte do Templo é coberto por dois marcos islâmicos para comemorar o evento — A Mesquita de Al-Aqsa, derivada do nome mencionado no Alcorão, e a Cúpula da Rocha, que fica em cima da Pedra Fundamental, na qual os muçulmanos acreditam que Maomé ascendeu ao céu.[20]
Referências
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↑A injunção judaica para orar em direção a Jerusalém aparece na seção do Orach Chayim no Shulchan Aruch (94:1) — "Quando alguém se levanta para orar em qualquer lugar durante a Diáspora, ele deve voltar a sua face para a terra de Israel, se direcionando também para Jerusalém, o Templo e o Santo dos santos."
↑Da King James Version: "E quando os dias de sua purificação de acordo com a lei de Moisés foi cumprida, eles levaram Jesus para Jerusalém para apresentá-lo a Deus;" (Lucas 2:22)
↑Da King James Version: "E eles vieram para Jerusalém: e Jesus foi ao templo e começou a expulsar os vendedores e compradores no templo, e virou mesas de cambistas, e as cadeiras dos que vendiam aves;" (Marcos 11:15)
↑Boas, Adrian J. (12 de outubro de 2001). «Physical Remains of Crusader Jerusalem». Jerusalem in the Time of the Crusades. [S.l.]: Routledge. 112 páginas. ISBN0415230004. O interessante, se ilustrações não confiáveis da igreja nos mapas entorno de Jerusalém mostram dois prédios distintos no Monte Zion: a igreja de St Mary e o Cenáculo (Capela da última ceia) aparecem como prédios separados.|acessodata= requer |url= (ajuda)
↑Endo, Shusaku (1999). Richard A. Schuchert, ed. A Life of Jesus. [S.l.]: Paulist Press. 116 páginas. ISBN0809123193|acessodata= requer |url= (ajuda)
↑Da King James Version: "Este título então lido por muitos dos judeus: pelo lugar aonde Jesus foi crucificado foi perto da cidade: e foi escrito em hebraico, grego e latim." (João 19:20)
↑ abStump, Keith W. (1993). «Where Was Golgotha?». Worldwide Church of God. Consultado em 11 de março de 2007. Arquivado do original em 2 de abril de 2007
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↑Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome 3rd-holiest
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↑Da tradução inglesa de Abdullah Yusuf Ali do Alcorão: "Glória a (Alá) que tomou seu servo em uma jornada durante a noite da Mesquita sagrada até a mais distante, do qual fomos abençoados por seus mandamentos,- em ordem que devemos mostrar a ele alguns dos nossos sinais: por ele ser aquele que ouve e vê todas as coisas." (17:1)
↑«The Early Arab Period - 638-1099». Jerusalem: Life Throughout the Ages in a Holy City. Bar-Ilan University Ingeborg Rennert Center for Jerusalem Studies. 1997. Consultado em 24 de abril de 2007