O Serviço Austríaco da Memória do Holocausto (em alemão: Österreichischer Gedenkdienst) é uma alternativa ao serviço militar austríaco.[1] Os seus participantes ajudam nas mais importantes instituições sobre a memória do holocausto.
Este serviço foi criado pelo cientista político Andreas Maislinger, a partir da ideia alemã do Serviço de Ação pela Reconciliação pela Paz (Aktion Sühnezeichen/Friedensdienste). O próprio Andreas Maislinger trabalhou como voluntário do Serviço de Ação pela Reconciliação pela Paz no museu Auschwitz-Birkenau, onde a ideia do Gedenkdienst foi concebida.
Em 1991 o Governo Federal da Áustria ratificou o Serviço da Memória do Holocausto como alternativa ao serviço militar, nascendo assim uma organização independente, mas na sua maior parte financiada pelo Ministério do Interior: a Associação de Serviços Alternativos no Estrangeiro (Österreichischer Auslandsdienst). Ela é a instituição principal que é autorizada a enviar participantes do Serviço da Memória do Holocausto para organizações parceiras no mundo inteiro.
A intenção particular do Serviço da Memória do Holocausto é reconhecer a parte da culpa da Áustria ocorrida no holocausto e também mostrar que existe a responsabilidade de cada um de nós para que "nunca mais" este se repita (citação do antigo chanceler austríaco Franz Vranitzki em Jerusalém, em junho de 1993).
O Serviço Austríaco da Memória do Holocausto é uma rede mundial única que provê assistência para locais como arquivos relacionados à memória do holocausto e para museus. Desde 1992 mais de 100 participantes, estes na maioria com 20 anos, trabalharam em lugares relacionados à memória do holocausto regenerando a história do passado, ao invés de fazer o serviço militar no próprio país.
Desde 2006 a Associação de Serviços Alternativos no Estrangeiro homenageia anualmente uma pessoa residente fora da Europa que investe o máximo dos seus esforços para a memória do holocausto com o Austrian Holocaust Memorial Award (AHMA) - Prêmio Austríaco de Memória do Holocausto. No ano 2007 este "prêmio" foi concedido ao jornalista e escritor brasileiro Alberto Dines por seu livro "Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig" (1981) e seu projeto de instalar um museu dedicado ao Stefan Zweig (Casa Stefan Zweig).
Organizações parceiras
Referências
- ↑ Rammerstorfer, Bernhard (2013). Unbroken Will. Xlibris LLC. p. xix
Ligações externas