Seoul 1945 (hangul: 서울 1945) é uma série de televisão sul-coreana exibida pela emissora KBS entre 7 de janeiro a 10 de setembro de 2006, aos sábados e domingos, com um total de 71 episódios. É estrelada por Ryu Soo-young, Han Eun-jung, So Yoo-jin, Kim Ho-jin e Park Sang-myun. Seoul 1945 situa-se por volta de
1945, logo após a libertação da Coreia do domínio colonial japonês, quando a nação foi envolvida por turbulências ideológicas, seu enredo gira em torno da rivalidade entre as personagens Suk-kyoung, uma renomada pianista e filha de um político pró-japonês rico e Hae-Kyung, uma funcionária obstinada; as duas amam Woon-hyuk, cuja ambição de se tornar advogado, é frustrado devido à sua ideologia política.[1]
Enredo
Seoul 1945 gira em torno da vida de quatro jovens adultos que cresceram juntos. Choi Woon-hyuk (Ryu Soo-young) é um prodígio infantil nascido em uma família de mineiros pobres; Kim Hae-kyung (Han Eun-jung) é a filha mais velha de agricultores arrendatários; Lee Dong-woo (Kim Ho-jin) é o herdeiro de uma família rica e bem conectada; e Moon Suk-kyung (So Yoo-jin) é a única filha de um influente e poderoso aliado político do Japão. Em uma mistura de escolhas pessoais e circunstâncias além de seu controle, cada um deles embarca em caminhos diferentes que refletem a natureza caótica da época, bem como seu verdadeiro caráter. À medida que seus caminhos colidem, amor, amizade, lealdade, vingança, consciência moral e ideologia, se tornam forças motrizes para mudar irrevogavelmente o curso de suas vidas.
Em uma entrevista coletiva realizada em junho de 2006, 254 grupos conservadores de direita acusaram a rede estatal KBS de distorcer a história. Eles reclamaram que Seul 1945 tinha um viés de esquerda, que retratava o primeiro presidente da Coreia do Sul, Syngman Rhee, como "um colaborador japonês, cujo desejo pelo poder o leva a abandonar uma Coreia unificada, enquanto os personagens da esquerda são geralmente retratados como atenciosos e preocupados com o futuro da nação", e que o drama acusa Rhee e outros de envolvimento no assassinato do líder de centro-esquerda Lyuh Woon-hyung. Eles pediram a suspensão da transmissão de Seoul 1945 e ameaçaram realizar uma campanha para boicotar a taxa de assinatura da televisão.[2]
Em julho de 2006, Rhee In-soo, filho adotivo de Syngman Rhee, além de Jang Byung-hye, filha do ex-primeiro ministro Jang Taek-sang, entraram com uma ação judicial contra os produtores de Seul 1945, alegando que o título distorce a história e menospreza as realizações de seus falecidos pais.[3]
Em maio de 2007, o Tribunal Distrital Central de Seul negou provimento ao processo, afirmando que, como Seoul 1945 é baseado em ficção e não em fatos históricos, a KBS não é responsável por difamação de caráter. Em sua decisão, o tribunal alegou que: "Essa descrição faz parte da expressão artística, que deve ser respeitada na produção de uma novela baseada em ficção e não em fatos". O tribunal também afirmou que, como existem documentos históricos que apoiam a ideia de que o ex-presidente Rhee era pró-japonês e pró-americano, Seoul 1945 não distorceu seriamente os fatos.[4]