Santo António é uma freguesia portuguesa do município de Ponta Delgada, com 11,73 km² de área[1] e 1574 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 134,2 hab./km².
Situada na costa norte do concelho, dista cerca de 18 km do centro de Ponta Delgada. Confronta com o mar e com as freguesias de Capelas, Feteiras, Sete Cidades e Santa Bárbara.
Freguesia com grande desenvolvimento devido à melhoria da rede viária e no forte investimento no turismo em zonas tais como: Zona balnear do Rosário, zona de lazer do Rosário, Largo da Mourisca, Miradouro da Fonte Grande, recuperação das pias,em termos de infraestruturas e valores humanos, mantendo contudo a sua traça tradicional. Detém no ramo do Turismo a Casa do Monte - unidade de Turismo de Habitação, entre outros, restaurante 4 Plátanos, entre outros. Dista apenas 18 km do Centro de Ponta Delgada.
A atividade principal é a agricultura.
Festa: Santo António, no 1º Domingo de julho
Com lugares desta freguesia foi criada pelo Decreto Legislativo Regional n.º 11/86/A, de 1 de abril, a freguesia de Santa Bárbara.
Demografia
A população registada nos censos foi:[2]
População da freguesia de Santo António[3] |
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Ano | Pop. | ±% |
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1864 | 1 943 | — |
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1878 | 2 320 | +19.4% |
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1890 | 2 337 | +0.7% |
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1900 | 2 434 | +4.2% |
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1911 | 2 351 | −3.4% |
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1920 | 2 497 | +6.2% |
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1930 | 2 858 | +14.5% |
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1940 | 3 347 | +17.1% |
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1950 | 3 851 | +15.1% |
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1960 | 4 238 | +10.0% |
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1970 | 3 745 | −11.6% |
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1981 | 2 911 | −22.3% |
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1991 | 1 952 | −32.9% |
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2001 | 2 004 | +2.7% |
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2011 | 1 829 | −8.7% |
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2021 | 1 574 | −13.9% |
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Distribuição da População por Grupos Etários[4]
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Ano
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0-14 Anos
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15-24 Anos
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25-64 Anos
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> 65 Anos
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2001
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452
|
389
|
945
|
218
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2011
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286
|
297
|
1034
|
212
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2021
|
207
|
182
|
973
|
212
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Lenda da Freguesia de Santo António
Há uns séculos, havia na costa norte da ilha de S. Miguel, entre as Capelas e Santa Bárbara, uma freguesia com o nome de Rosário. Os seus habitantes viviam principalmente a trabalhar as terras, mas alguns tiravam do mar o sustento da família. Um certo dia, um desses pescadores, homem humilde e bom, foi para a sua faina habitual. Estava a lançar as redes ao mar quando, casualmente, reparou que ao longe, perto dos calhaus, sobre a água estendida como um lençol, boiava um objecto que brilhava à luz do sol.
Ficou muito intrigado e, sem sequer imaginar o que iria encontrar, logo que pôde, aproximou-se do objecto. Viu que se tratava de uma pequena imagem de Santo António. Agarrou-a e voltou para terra, muito contente. Naqueles tempos, uma prancha de madeira ou um simples garrafo, encontrados no mar, eram preciosidades, tanto mais uma imagem.
Dirigiu-se à igreja do Rosário, mostrou ao padre a imagem e contou o que lhe tinha acontecido. A notícia espalhou-se depressa e chegou aos campos onde os homens ceifavam o trigo maduro e às fontes onde as mulheres lavavam e coravam a roupa ao sol quente de Julho.
As pessoas entenderam o facto do aparecimento da imagem como um sinal de Deus e a vontade de Santo António de que aquela pequena freguesia recebesse o seu nome.
Assim aconteceu. A freguesia do Rosário passou a chamar-se Santo António e na igreja foi colocada a imagem do santo, tendo aí permanecido até há bem pouco tempo. Hoje, já lá não se encontra porque foi roubada por alguém que certamente nem conhecia a sua história.
Ver também
Referências