Santa Fe Institute

Santa Fe Institute
Santa Fe Institute
SFI
Fundação 1984
Tipo de instituição instituto de pesquisa, organização sem fins lucrativos
Localização Novo México
Estados Unidos
35° 42' 1.8" N 105° 54' 32.4" O
Mapa
Portão principal do instituto.
Funcionários 50
Campus Santa Fé
Website oficial

O Santa Fe Institute (SFI) é um instituto de pesquisa teórica independente e sem fins lucrativos localizado em Santa Fé (Novo México, Estados Unidos) e dedicado ao estudo multidisciplinar dos princípios fundamentais de sistemas adaptativos complexos, incluindo sistemas físicos, computacionais, biológicos e sociais. O Instituto está classificado em 25º lugar entre os "Principais Think Tanks de Ciência e Tecnologia" do mundo e 25º entre os "Melhores Think Tanks Transdisciplinares de Pesquisa" do mundo, de acordo com a edição de 2018 do Global Go To Think Tank Index Reports, publicado anualmente pela University of Pennsylvania.[1]

O Instituto consiste em um pequeno número de professores residentes e pesquisadores de pós-doutorado, um grande grupo de professores externos cujas nomeações principais são em outras instituições e alguns acadêmicos visitantes. O Instituto é aconselhado por um grupo de acadêmicos eminentes, incluindo vários cientistas vencedores do Prêmio Nobel. Embora a pesquisa científica teórica seja o foco principal do Instituto, ele também administra vários cursos de verão em sistemas complexos, bem como outros programas educacionais e de extensão voltados para alunos que vão do ensino médio até a pós-graduação.

O financiamento anual do Instituto vem de uma combinação de doadores privados, fundações doadoras, agências governamentais de ciência e empresas. O orçamento de 2014 foi de aproximadamente $10 milhões de dólares.[2] Em 1º de agosto de 2015, o teórico evolucionário David Krakauer tornou-se o presidente do Instituto.

História

O Santa Fe Institute foi fundado em 1984 pelos cientistas George Cowan, David Pines, Stirling Colgate, Murray Gell-Mann, Nick Metropolis, Herb Anderson, Peter A. Carruthers e Richard Slansky. Todos, exceto Pines e Gell-Mann, eram cientistas do Laboratório Nacional de Los Alamos, no estado do Novo México. Ao criar o Santa Fe Institute, os cientistas buscaram um fórum para conduzir pesquisas teóricas fora dos limites disciplinares tradicionais dos departamentos acadêmicos e dos orçamentos das agências governamentais para a ciência.[3][4]

A missão original do SFI era disseminar a noção de uma nova área de pesquisa interdisciplinar chamada teoria da complexidade ou simplesmente sistemas complexos. Essa iniciativa pretendia fornecer uma alternativa à crescente especialização que os fundadores observaram na ciência por meio da concentração na síntese entre disciplinas.[5]

Pesquisa

A pesquisa no Instituto concentra-se em sistemas comumente descritos como sistemas adaptativos complexos ou simplesmente sistemas complexos. Pesquisas recentes incluíram estudos de computação evolutiva, leis de escala metabólica e ecológica, as propriedades fundamentais das cidades, a diversificação evolutiva de cepas virais, as interações e conflitos de grupos sociais de primatas, a história de línguas, a estrutura e dinâmica das interações entre espécies, incluindo teias alimentares, a dinâmica dos mercados financeiros e o surgimento de hierarquia e cooperação na espécie humana e inovação biológica e tecnológica.[3][4][5]

Algumas das realizações do Instituto incluem:

  • Pesquisa em teoria da complexidade que levou a esforços para criar vida artificial modelando organismos e ecossistemas reais nas décadas de 1980 e 1990.[3]
  • Contribuições fundamentais para o campo da teoria do caos.
  • Contribuições fundamentais para o campo dos algoritmos genéticos.[6]
  • Contribuições fundamentais para a escola de pensamento da economia da complexidade.[7]
  • Contribuições fundamentais para o campo da econofísica.
  • Contribuições fundamentais para o campo das redes complexas.[8]
  • Contribuições fundamentais para o campo da biologia de sistemas.[9]
  • O projeto "Evolução das Línguas Humanas", uma tentativa de rastrear toda a linguagem humana até um ancestral comum (linguagem Proto-Humana).[10][11]

Referências

  1. McGann, James G. (2019). «2016 Global Go To Think Tank Index Report». TTCSP Global Go to Think Tank Index Reports. 16. Consultado em 11 de outubro de 2019 
  2. «2014 Annual Report». Santa Fe Institute. Consultado em 14 de abril de 2013 
  3. a b c Mitchell M. Waldrop (1993). Complexity: The Emerging Science at the Edge of Order and Chaos. Simon & Schuster. [S.l.: s.n.] 
  4. a b George A. Cowan (2010). Manhattan Project to the Santa Fe Institute: The Memoirs of George A. Cowan. University of New Mexico Press. [S.l.: s.n.] 
  5. a b Dillon, Dan. «Review of the Santa Fe Institute: Institutional and Individual Qualities of Expert Interdisciplinary Work» (PDF). Consultado em 14 de abril de 2013 
  6. Melanie Mitchell (1998). An Introduction to Genetic Algorithms (Complex Adaptive Systems). [S.l.]: Bradford 
  7. Farmer, J. D. "Physicists Attempt to Scale the Ivory Towers of Finance." Computing in Science & Engineering (IEEE), November–December 1999, 26–39.
  8. M. E. J. Newman (2010). Networks: An Introduction. [S.l.]: Oxford University Press 
  9. Brown; West, eds. (2000). Scaling in Biology. [S.l.]: Oxford University Press 
  10. «Evolution of Human Languages: An international project on the linguistic prehistory of humanity». ehl.santafe.edu. Santa Fe Institute. Consultado em 31 de dezembro de 2012 
  11. Velasquez-Manoff, Moises (20 de julho de 2007). «Linguists seek a time when we spoke as one». USA Today. Consultado em 31 de dezembro de 2012 

Ligações externas

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