RuPaul Andre Charles (San Diego, 17 de novembro de 1960), mais conhecido como RuPaul, é uma drag queen, apresentador, ator, supermodelo e cantoramericano, que tornou-se conhecido nos anos 90 quando apareceu em uma grande variedade de programas televisivos, filmes e álbuns musicais. Ele também é conhecido por seu hit internacional "Supermodel (You Better Work)". Previamente, ele havia se fixado na cena das boates de Atlanta e Nova Iorque. Desde 2009, ele produz e apresenta o reality show de competição RuPaul's Drag Race, pela qual recebeu quatro prêmios Emmy, em 2016, 2017, 2018 e 2019, como melhor apresentador de reality show.[1][2][3][4][5] RuPaul é considerado a drag queen mais bem sucedida comercialmente nos Estados Unidos. Em 2017, ele foi incluído na lista anual da revista Time das 100 pessoas mais influentes do mundo.[6]
Às vezes apresentado como RuPaul Charles, ele fez alguns papéis masculinos. RuPaul se destaca entre drag queens por sua indiferença quanto a seu gênero podendo ser chamado de "ele" ou "ela", como ele mesmo disse: "Você pode me chamar de ele. Você pode me chamar de ela. Você pode me chamar de Regis e Kathie Lee. Eu não ligo! Desde que você me chame."[7] Ele apresentou um talk show na VH1 e atualmente apresenta o reality showRuPaul's Drag Race.
Biografia
RuPaul nasceu em San Diego, na Califórnia, Estados Unidos, em 17 de novembro de 1960. Seu nome foi dado por sua mãe, Ernestine "Toni" Charles, uma nativa do estado da Louisiana. O "Ru" vem de "roux", um ingrediente usado em gumbo e outros tipos de cozidos e sopas[8] Em 1967, quando seus pais se divorciaram, ele e suas três irmãs passaram a morar com sua mãe.
Aos 15 anos, mudou-se para Atlanta, Georgia, com sua irmã Renetta para estudar artes cênicas. Nos anos seguintes, RuPaul lutou como músico e cineasta durante os anos 1980. Ele participou do cinema underground, onde ajudou a criar o filme de baixo orçamento Star Booty, e um álbum homônimo. Em Atlanta, RuPaul frequentemente performou no Celebrity Club (gerido por Larry Tee) como dançarino de bar, ou com sua banda, Wee Wee Pole. RuPaul também performou como vocal de apoio para Glen Meadmore com a drag queen Vaginal Davis.
RuPaul iniciou como músico e diretor de filme em Atlanta, Geórgia durante os anos 1980. Ele participou em filmes undergroud, ajudando à criar o filme de baixo orçamento RuPaul Is: Starbooty! e um álbum com o mesmo nome. Em Atlanta, RuPaul também performava na boate Celebrity, gerenciada por Larry Tee, como dançarino de bar ou com sua banda Wee Wee Pole.[9] RuPaul também performou como apoio de voz para Glen Meadmore junto com a drag queen Vaginal Davis. Nos EUA, sua primeira aparição a nível nacional foi em 1989, onde apareceu dançando no clipe "Love Shack" de The B-52's.
No começo dos anos 90, RuPaul trabalhou em clubes na Georgia, e era conhecido por seu nome completo de batismo. Inicialmente participando em performances do estilo gender bender, RuPaul performou solo, e em colaboração com outras bandas em diversas boates de Nova Iorque, com destaque para o Pyramid Club. Apareceu por muitos anos no festival anual de drags Wigstock, bem como no documentário Wigstock: The Movie. Nos anos 90, era conhecido no Reino Unido por suas aparições no seriado Manhattan Cable do Channel 4, um seriado semanal produzido por World of Wonder, e apresentado pela apresentadora americana Laurie Pike, acerca do excêntrico e selvagem sistema de televisão aberta de Nova Iorque.
Impacto
RuPaul é considerado a drag queen mais bem sucedida comercialmente nos Estados Unidos. A ele são dados os créditos por criar uma maior exposição para as drags da Cultura LGBT na sociedade de massa, e posteriormente, ao sucessivo aumento de audiência de RuPaul's Drag Race. Seu talk showThe RuPaul Show foi o primeiro show nacional a ter uma drag como apresentador. Com sua parceira Michelle Visage, ele recebeu, durante os 100 episódios do programa, uma variedade de convidados proeminentes, tais como Cher, Lil' Kim, Ariana Grande, Christina Aguilera, Lady Gaga e Diana Ross. Além de ter uma variedade de esquetes de comédia, o show foi notado por discutir tópicos dos quais não se falava, até então, na televisão dos anos 90, como empoderamento negro, empoderamento feminino, misoginia, e política liberal. Em 1999, RuPaul recebeu o prêmio Vito Russo Award no GLAAD Media Awards por trabalhar pela promoção da igualdade na comunidade LGBT.