Rock de garagem

 Nota: Se procura um estilo ou cena de dance music britânico, veja UK Garage.
Rock de garagem
Origens estilísticas
Contexto cultural fim dos anos 1950 nos Estados Unidos
e início do anos 1960 no Canadá
Instrumentos típicos guitarra elétrica, Baixo, Bateria, Teclado, Pandeireta, Harmônica
Popularidade meados da década de 1960 nos EUA e Canadá
Formas derivadas formas de Punk rock - Garage Rock Revival - Power Pop - Glam rock - Indie Rock - Bubblegum pop - Rock Psicodélico - Protopunk - Hard Rock - Krautrock - String(Thai pop) - Wong shadow - Psychobilly - algumas Boy bands tem incorporado influências de Garage Rock na década de 2000.
Subgêneros
acid rock, Garage Punk
Formas regionais
Chicago, Detroit, Grand Rapids, Los Angeles, Montreal, Portland, Seattle, Minneapolis, Texas

Rock de garagem (do inglês: garage rock), às vezes chamado de punk dos anos 60 ou punk de garagem, é um estilo de rock and roll bruto e energético que floresceu em meados da década de 1960, notadamente nos Estados Unidos e no Canadá.

O estilo é caracterizado por acordes básicos executados em guitarras elétricas - às vezes distorcidas através de pedal denominado fuzz, baixo e bateria. Também era comum o uso de órgãos eletrônicos. As letras não eram sofisticadas e ocasionalmente agressivas. O termo rock de garagem deriva da percepção de que as bandas eram, muitas vezes, constituídas por jovens amadores que ensaiavam na garagem da família; trata-se de uma percepção parcialmente correta, uma vez que há registros de bandas ou de membros destas que fossem músicos semi ou completamente profissionais.

Nos Estados Unidos e no Canadá, a surf music e, depois, os Beatles e outros grupos da denominada Invasão Britânica (British Invasion) motivaram milhares de jovens a formar bandas entre 1963 e 1968. Centenas produziram sucessos regionais e algumas tiveram hits nacionais. Embora, em grande parte, associadas como um fenômeno da América do Norte, houve diversas bandas em outras partes do mundo. Com o advento da psicodelia (rock psicodélico), uma série de bandas de garagem incorporou elementos exóticos no quadro estilístico primitivo do gênero. Depois de 1968, as formas mais elaboradas de rock dominaram o mercado, e os registros das bandas, em grande parte, desapareceram das paradas nacionais e regionais e praticamente desapareceu.

Durante a década de 1960, o estilo não era reconhecida como um gênero distinto e não tinha um nome específico; mas uma crítica no início da década de 1970 - e, em particular, o lançamento da compilação Nuggets de 1972 - definiu o estilo. Certos críticos de rock de 1971 a 1973 começaram a identificar retroativamente o "som de garagem" como um gênero. Lenny Kaye, que viria a ser membro do Patti Smith Group e o responsável pela compilação, viria a utilizar o termo "punk rock"[1] para o rock de garagem. Desde então, o gênero às vezes foi referido como "punk de garagem", bem como rótulos posteriores de "punk dos anos 60" e "protopunk", distinguindo-se do punk rock tal como foi conhecido de meados da década de 1970.

O rock de garagem experimentou vários ressurgimentos. Entre o início e meados da década de 1980, várias cenas surgiram e que, conscientemente, tentaram repetir ou imitar o aspecto e o som da década de 1960. Mais tarde, um subgênero de rock de garagem desenvolveu uma combinação com punk rock e outras influências, dando uma definição atualizada ao termo "punk de garagem". Na década de 2000, emergiram bandas influenciadas pela garagem associados ao ressurgimento pós-punk e algumas alcançaram sucesso comercial. Assim, o gênero continua a atrair músicos e audiências que preferem uma abordagem musical "de volta ao básico" ou "faça você mesmo".

História

O estilo foi caracterizado pelas gravações com baixo custo de produção, geralmente realizadas por adolescentes nas garagens de suas casas. A gravação de 1958 "Jenny Lee" de Jan and Arnie (que posteriormente tornou-se Jan and Dean), é considerada marco inicial do gênero.

O estilo evoluiu das cenas regionais dos Estados Unidos desde 1958 com artistas como The Wailers e Link Wray. No começo da década de 1960 o estilo passou a ganhar proporções nacionais daquele país, com bandas como The Kingsmen, Paul Revere and the Raiders, The Trashmen, The Rivieras, The Standells e Count Five. A Invasão Britânica dessa época também influenciou na modelagem do som do rock de garagem, além de incentivar a formação de novas bandas de rock. Os artistas britânicos mais referenciados eram aqueles com grandes bases no blues como The Kinks, The Animals, The Yardbirds, The Pretty Things e The Rolling Stones.Beatles eram considerados influência por todas as categorias de bandas da época, ainda que os puristas do rock de garagem os rebaixavam devido à grande diversidade do som do rock.

O estilo de garagem, que teve seu auge comercial em 1966, acabou decaindo em popularidade até sua extinção em 1970. Na década de 1970 o estilo foi revigorado sobre nova roupagem, o punk rock. Inclusive o termo era utilizado originalmente para identificar exclusivamente o rock de garagem, que ganhou esse novo termo para que as bandas da década de 1960 não fossem confundidas ou misturadas com a nova geração de bandas tais como Sex Pistols.

Nos anos 1980 várias bandas revitalizaram o rock de garagem, como o The Fuzztones. Um dos grandes símbolos dessa década são os temas, geralmente sobre terror ou sobre as guitarras fuzz, que destruíam o som da guitarra. Durante a década de 2000 outras diversas bandas revitalizaram o estilo, como The Horrors, Eagles of Death Metal, The Strokes e Kings of Leon.

Referências

Bibliografia

  • Michael Hicks (2000). Sixties Rock: Garage, Psychedelic, and Other Satisfactions. [S.l.]: University of Illinois Press. 9780252069154 
  • Alessandro Bonini, Emanuele Tamagnini (2005). Garage rock: la prima e più completa guida sul genere che ha segnato gli anni '60, con tutte le copertine degli álbum che hanno fatto epoca, i dischi consigliati... [S.l.]: Gremese Editore. 9788884403629 

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