A revolta em Burquina Fasso é uma insurreição popular ocorrida em Burquina Fasso, que iniciou-se em 28 de outubro de 2014 com uma série de protestos, manifestações e tumultos que se espalharam por várias cidades de todo o país. Foram iniciadas em resposta à apresentação de uma emenda constitucional que permitiria que o presidente Blaise Compaoré concorresse para um quinto mandato, após 27 anos no poder.[1]
Os acontecimentos tumultuosos do dia 30 de outubro, incluindo a participação do ex-ministro da Defesa Kouamé Lougué e a destruição de vários edifícios governamentais - como o incêndio ao Parlamento e a sede do partido governante Congresso para a Democracia e Progresso - provocaram a dissolução do governo e do parlamento e a declaração de um estado de emergência, antes de Compaoré finalmente fugir para a Costa do Marfim com o apoio do presidente Alassane Ouattara.
O General Honoré Traoré anunciou que um governo de transição seria formado para dirigir o país e organizar eleições dentro de 12 meses.[2]
Em 31 de outubro, depois de mais um dia de protestos em massa e, inicialmente, recusando-se a renunciar, após um aumento da pressão interna Compaoré renunciou ao seu governo de 27 anos e Traoré assumiu como chefe de Estado interino. [3]
No entanto, em 1 de novembro, o tenente-coronel Isaac Zida também apostou na pretensão de ser chefe de Estado interino citando impopularidade de Traoré.[4] Uma declaração feita por chefes militares afirmou que Zida teve seu apoio unânime.[5] Uma coalizão de partidos de oposição rejeitou o golpe militar. Novos protestos foram convocados para a manhã de 2 de novembro. [6]