Os seus nomes comuns são piorneira[1], piorno[2] ou piorno-amarelo[3].
Pertence ao biótipo dos fanerófitos[4], inserindo-se no tipo fisionómico dos nanofanerófitos[1].
Descrição
Trata-se de uma arvore pequena ou arbusto, de 2 a 3 metros de altura, que dispõe de ramos quadrangulares com 8 a 10 ramadas que, quando a planta ainda é jovem, se revestem de uma penugem prateada sedosa.[5] Já em adulta, por outro lado, essa penugem torna-se mais crespa e curta.[5]
As folhas dispõem de 6 a 11 folíolos de um a dois milímetros, de formato lanceolar. As inflorescências axilares do piorno-amarelo despontam solitariamente ou em grupos geminados de 8 a 17 flores.[5]
As brácteas e bractéolas do piorno-amarelo são elípticas e glabras. O cálice tem a forma de cone invertido (obcónico), é bilabiado, glabro e esbranquiçado, dispondo de um receptáculo floral bastante desenvolvido.[5] Floresce de Abril a Julho[4], sendo que a corola das flores é amarela.[5] A flor tem um androceu com 4 estames curtos, com anteras fixas na base.[5]
Distribuição
É uma espécie natural da Península Ibérica e do Noroeste Africano.[4]
Portugal
Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental.[1]
Mais concretamente, medra nas zonas do Nordeste Ultrabásico, do Nordeste Leonês, da Terra quente transmontana, do Centro-Norte, do Centro-Oeste olissiponense, das zonas do Centro-leste motanhoso e de campina, das zonas do Centro-sul miocénico e plistocénico, de todas as zonas do Sudeste, salvo as do Sudeste meridional e de todas as zonas algarvias, salvo as berlengas.[4]
Em termos de naturalidade é nativa da região atrás indicada.
Ecologia
Esta espécie prospera em espaços secos, de solos pedregosos (tanto de substracto xistoso, como granítico), pouco ricos e incultos.[1]
Protecção
Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.