O repolho, subespécie da Brassica oleracea, grupo Capitata, é uma variedade peculiar de couve, constituindo um dos vegetais mais utilizados na cozinha, em diversas aplicações (sopas, conservas, acompanhamentos, massas, etc). É uma planta bianual, herbácea, da família das Brassicaceae ou crucíferas, as folhas superiores do caule aparecem encaixadas umas nas outras, formando o que é designado como uma "cabeça" compacta (daí o título de Capitata, dada ao grupo cultivar).
Este tipo cultivar formou-se por selecção a partir de espécies silvestres, mais semelhantes às couves-de-folhas do grupo Acephala (sem "cabeça"), originárias da região em torno do mar Mediterrâneo, cerca do ano 100 d.C.. Entre as variedades que, por sua vez, comporta, podemos citar a couve-roxa (considerada também como fazendo parte de outro grupo: Capitata Rubra) e a couve-lombarda (que também se pode considerar do grupo Sabauda). A chamada couve-chinesa, semelhante ao repolho, pertence a uma espécie diferente, do géneroBrassica (Brassica rapa, var. pekinensis).
O repolho é usado cozido ou em saladas. Como se conservava facilmente, foi um vegetal particularmente utilizado antes da invenção da refrigeração como meio de conservação de alimentos frescos. O chucrute (em que se usa especialmente a variedade Krautman), constituído por repolho fermentado é um acompanhamento muito apreciado em determinadas culturas (não tanto nas mediterrânicas).
As lagartas de algumas borboletas da família Pieridae alimentam-se de algumas variedades de repolho (são conhecidas como "lagartas-das-couves" ou "borboleta-das-couves"), constituindo, por vezes, autênticas pragas.
O sumo da couve-roxa (ou o caldo onde foi cozida) pode ser utilizado como indicador de pH, ficando vermelho em soluções ácidas e azul em soluções alcalinas.
A couve é ainda usada frequentemente como principal ingrediente em dietas de emagrecimento, como a dieta da sopa que é, contudo, criticada pelos nutricionistas por ser desequilibrada.
Existem diversas variedades, com exigências de cultivo diferentes, tempo de maturação diferentes e que implicam também um consumo diferenciado. Enquanto que algumas variedades atingem o ponto de colheita em 50 dias, produzindo cabeças reduzidas, a sua conservação é mais difícil, devendo ser consumidas rapidamente depois de colhidas. Outras variedades são colhidas cerca de 80 dias depois do seu transplante, produzindo cabeças de maiores dimensões e mais duradouras.
O repolho pode ser semeado directamente, ainda que o normal seja o plantio em canteiros, fazendo-se, posteriormente, mudas que são transplantadas definitivamente, com o devido espaçamento entre as plantas, para que se possam desenvolver de forma adequada.
Todos os tipos de repolhos são parecidos no quesito nutricional. Em geral, existem cinco tipos de repolho:[2]
repolho-roxo: é um repolho mais escuro, com tons de roxo escuro e pontos brancos. Beneficia na prevenção do envelhecimento precoce, reduz as chances de câncer, melhora a saúde da pele e dos olhos, ajuda na perda de peso, estimula o sistema imunológico, ajuda a construir ossos mais fortes, desintoxica o organismo, previne diabetes , melhora a saúde do coração, retarda o aparecimento da doença de Alzheimer, e trata úlceras.[3]
repolho-liso: um dos mais comuns de serem encontrados, em coloração verde-claro.
repolho-crespo: um pouco mais escuro, além de ser bem mais enrugado do que o liso. Possui folhas crespas e crocantes, que além de ornamentar os pratos apresenta sabor suave.[4]
repolho-chinês: é esverdeado, porém, tem um tamanho bem menor do que os demais, tem forma pontiaguda, sabor suave, mais suculento e mais fácil de digerir do que os demais.[5]
repolho-de-bruxelas: é pequeno e costuma ter formato arredondado, com as folhas bem próximas uma das outras.