Proença-a-Velha foi vila e sede de concelho entre 1218 e 1836. O concelho era constituído pelas freguesias da sede e de Aldeia de Santa Margarida até à reforma administrativa de 1835 e São Miguel de Acha até 1752. Tinha, em 1801, 934 habitantes.
Proença designa várias freguesias de Portugal e, escrito como Provença, refere-se também a Provence (designação medieval para região de França). Supõe-se, portanto, uma origem occitana das populações que vieram a criar estas aldeias, no tempo da reconquista cristã da região.
Com 1490 habitantes em 1920 a população decresceu para 1229 habitantes dez anos mais tarde, recuperando para 1481 em 1950. Daí para cá tem havido um decréscimo continuado, década após década, com a migração da população principalmente para a região da grande Lisboa e para a França e Alemanha.[7]
Evolução Histórica e Administrativa
Até 1218 pertenceu a Idanha-a-Velha, a antiga Egitânia.
1505 - No Tombo da Comenda de 1505 é definido o limite e termo de Proença, que inclui o território e as povoações correspondentes às actuais freguesias de Aldeia de Santa Margarida, Proença-a-Velha e S. Miguel d'Acha.
“Começa o dito termo e limite da dita Villa de Proença na foz do Ribeiro da Caniça, onde se mete na Ribeira de Alpreade e leva a dita ribeira acima até onde se mete a dita ribeira na Ribeira de Taveirol, e de si por Taveirol acima até à Ribeira de Ceife. E vai-se pela dita Ribeira de Ceife acima até ao Pego da Piçarreira, que é ao poente e daí se vai direito ao forno telheiro e de si à lagoa que está na terra de Luís Gonçalves de Proença, que é ao norte. E vai-se ao ribeiro da dita terra abaixo até o fundo da dita terra e daí vai por meia ladeira por cima da terra de Vasco Martins de Proença onde está uma mó quebrada. E daí se vai direito ao pardieiro de Vale Mourinho e vai-se ao malhão que está no dito Vale Mourinho no caminho que vai para o Pedrógão. E daí se vai direito à eira de Diogo Dias da Bemposta. E daí o lombo abaixo até à eira de Gonçalo Vaz de Proença direito à Ribeira de Rio Torto. E desde o dito forno telheiro até aqui parte com termo de Penamacor, sobre que há uma dúvida entre a dita vila de Penamacor e Proença. E vai-se pela dita ribeira abaixo até à estrada do porto das castanhas, que é ao levante. E daí vai pelo caminho que vem de Santa Maria do Mosteiro para Medelim até o dito porto das castanhas. E daí sempre pela cumeada até Vale Longo e atravessa Vale Longo por baixo um pedaço donde mataram a mulher direito à lagoa que está no caminho que vai de Proença para Monsanto. E daí vai ao poço redondo e daqui a um marco de um pedra piçarreira, altura de um bol palmo sobre a terra e está sobre a nave da atalaia. Daí se vai à apartadura da atalaia onde está outro marco doutra pedra piçarreira grossa, altura de um bom côvado sobre a terra. E daí se vai por cima do vilar contra o levante direito à portela de cima da nave da atalaia onde está um marco de seixo, altura de um palmo sobre terra, junto com um malhão de seixos. E daqui acaba de partir com termo de Monsanto.
E dali se vai direito à Ribeira das Atalaias, começando de partir com o termo de Idanha-a-Velha e leva o dito ribeiro abaixo até se meter na Ribeira do Ponsul. E daí torna para a estrada que vai para o Torrão até Rio Torto, e daí vem sempre pela dita estrada, partindo com a Idanha-a-Nova até à Fonte da Calada daí passa o Ribeiro da Canada e vai pelo lombo acima até à pedra da cruz e daí vai direito à estrada que vai de Proença para a Idanha-a-Nova. E daí vai direito ao Cabeço da Urra e daí se vai ao lombo a fundo direito à Ribeira da Caniça e vai pela dita ribeira abaixo até meter em Alpreade onde começou."[8]
1708 - Na Corografia Portugueza e descripçam topográfica do famoso reyno de Portugal do P. António Carvalho da Costa de 1708,[9] refere-se:
“A Villa de Proença-a-Velha fica seis legoas de Castello-Branco para o Nordeste, & está fundada em huma planície, que banha o rio Torto pela parte do Norte, aonde tem sua ponte, & a fertiliza de todos os frutos. Tem 180 visinhos com huma Igreja Paroquial, Vigayraria da Ordem de Christo, que apresenta a Mesa da Consciência, Casa de Misericórdia, & cinco Ermidas: deo-lhe o foral o Mestre do Templo com os seus Frades, & he seu Alcayde mor, & Comendador D. Lourenço de Almada. O seu termo tê os lugares seguintes.
S. Miguel Dacha, Vigayraria da Ordem de Christo, que apresenta a Mesa da Consciência, tem 220. visinhos, & quatro Ermidas, & hum Juiz ordinário no cível.
S. Margarida, Vigayraria da mesma Ordem, & apresentação, tem 100. visinhos, & para o poente lhe fica a ribeira de Ceife, meya légoa distante: he fértil de paõ, azeite, & gados.”
1752 - D. José I faz vila São Miguel d’Acha, passando o concelho de Proença a corresponder apenas às actuais freguesias de Aldeia de Santa Margarida e Proença-a-Velha.
1835 - O concelho é extinto na sequência da reforma administrativa iniciada em 1832, por decretos publicados no Diário do Governo nº 169, de 20 de Julho e nº 172, de 23 de Julho de 1835.
1842 - Proença-a-Velha aparece já como freguesia do concelho de Idanha-a-Nova, ao qual pertence ainda hoje.
Património
Património Religioso
Igreja Matriz de Proença-a-Velha - Classificada como Imóvel de Interesse Público (IIP) pelo Dec. n.º 5/2002, publicado no Diário da República nº42 de 19 de Fevereiro de 2002.( A Classificação inclui o altar-mor de talha dourada e as três imagens do Calvário).[10]
Igreja da Misericórdia de Proença-a-Velha - Classificada como Imóvel de Interesse Público (IIP) pelo Dec. nº 67/97, publicado no Diário da República nº301 de 31 de Dezembro de 1997.[11]
Pelourinho de Proença-a-Velha - Classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP) pelo Dec. nº 23122, publicado no Diário do Governo nº231 de 11 de Outubro de 1933.[12]
Jardim de São Sebastião - Situado na Entrada Sudoeste da freguesia, próximo do chafariz de S. Sebastião, o qual está implantado no local da antiga capela do mesmo nome. No jardim está um monumento em granito representando São Sebastião.
Pelourinho
Cruzeiro
Núcleo do Azeite
São Sebastião
Chafarizes, Fontes, Poços Públicos e Fontários
Chafarizes
Chafariz Longe - Na entrada Sudoeste da freguesia.
Chafariz dos Pirolitos - Na parte Norte da freguesia, próximo do caminho para a antiga capela de Santo André.
Chafariz da Devesa - Na entrada Nordeste da freguesia, junto ao Bairro da Devesa, no Campo das Feiras.
Chafariz do Adro - Junto à Igreja da Misericórdia
Chafariz de São Sebastião - Próximo do Jardim do mesmo nome e no local onde existiu a Capela deste santo.
Chafariz dos Pirolitos
Chafariz Longe
Chafariz da Devesa
Chafariz de S. Sebastião
Chafariz do Adro
Fontes
Fonte da Goma - No extremo Norte da Freguesia, próximo da actual capela do Senhor do Calvário. É a mais antiga da freguesia e situa-se próximo de uma antigo caminho romano a Quelha do Medo.
Fonte da Bica - Situava-se junto à Quelha da Bica, mas foi incorporado em terrenos privados por acordo celebrado nos inícios do século XX entre a Junta de freguesia de então e o proprietário do Poço do Capitão que passou a ser de livre acesso a toda a população.
Poços Públicos
Poço da Arregaça - Quase em frente do Jardim de São Sebastião
Poço do Capitão - Situa-se frente a 1.º habitação, na entrada Nordeste da freguesia para quem vem do Bairro da Devesa. Localiza-se em propriedade privada mas era de acesso livre a toda a população por acordo celebrado entre o seu proprietário e a Junta de Freguesia, quando esta lhe cedeu o terreno onde se localizava a Fonte da Bica
Poço d'El-Rei - Apenas existe hoje a Travessa do Poço d'El-Rei, que liga a Rua da Fontainha à Rua do Espírito Santo. o Poço seria, certamente, um poço actualmente localizado numa propriedade privada contígua à dia Travessa.
Fontanários
Fontanário da Praça - No centro da freguesia, junto ao Pelourinho.
Fontanário da Igreja - No adro da Igreja
Fontanário da Fontainha - Ao fundo da rua do mesmo nome
Fontanário de Santo António - Frente à capela de Santo António
Rua Conde de Proença-a-Velha ( antiga Rua das Canastras)
Rua da Amoreira
Rua da Cruz
Rua da Devesa
Rua da Estrada
Rua da Fontainha
Rua da Igreja
Rua da Ladeira
Rua da Misericórdia
Rua da Pedreira
Rua de Santo António
Rua Detrás do Castelo (ou Travessa do Castelo)
Rua do Baluarte
Rua do Castelo
Rua do Espírito Santo
Rua do Outeiro
Rua do Poço Novo
Rua do Senhor do Calvário
Rua dos Loureiros
Rua dos Pirolitos
Rua Heróis do Ultramar (antiga Ruinha)
Rua Joaquim Morão
Rua Nova da Devesa
Largos
Largo da Devesa
Largo da Pedreira
Largo da Praça
Largo do Adro (Misericórdia)
Largo Inácio Pinto da Rocha (antigo Largo do Corro)
Terreiro de S. Pedro
Travessas
Travessa da Amoreira
Travessa da Igreja
Travessa da Praça
Travessa da Ruinha
Travessa de S. Pedro
Travessa de Santo António
Travessa do Castelo ou Rua Detrás do Castelo
Travessa do Corro
Travessa do Poço d’El-Rei
Travessa do Poço Novo
Travessa do Relógio
♦
Heráldica
Designação
Símbolo
Descrição
Brasão
escudo de ouro, duas ovelhas de negro, realçadas de prata, postas em cortesia; em chefe, cruz da Ordem de Cristo e, em ponta, roda de lagar de vermelho. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: "PROENÇA-A-VELHA".
Bandeira
esquartelada de vermelho e amarelo. Cordão e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança de ouro.
Selo
nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Proença-a-Velha ♦ Idanha-a-Nova ♦".
Parecer emitido a 9 de Julho de 2001.
D.R.: Nº 183 de 8 de Agosto de 2001.
DGAL: Nº 280/20001 de 20 de Agosto de 2001.
Tradições
Janeiras
É tradição durante todo o mês de Janeiro e a partir do dia de Reis cantarem-se as Janeiras. Com início ao princípio da noite um grupo de pessoas vai cantando, de porta em porta, percorrendo todas as ruas da povoação.
Antigamente o grupo era constituído apenas por rapazes que recebiam, para além de dinheiro, também chouriças, ovos e bebidas que utilizavam, no final, para fazer petiscos em que comiam, bebiam e confraternizavam.
Actualmente o grupo é constituído maioritariamente por mulheres e as ofertas são quase exclusivamente em dinheiro que é utilizado para fins comunitários.
Para além dos donativos grande parte das pessoas convida os elementos do grupo a entrar em casa e oferecem bolos, filhóses, jeropiga, vinho, etc…
Tradições Quaresmais, Semana Santa e Festa Pascal
Ladainhas da Quaresma
Nos cinco primeiros Domingos da Quaresma, ao início da noite, realizam-se as Ladainhas organizadas pela irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Proença-a-Velha, com a participação da população.
Partindo da Igreja da Misericórdia percorrem as ruas da freguesia, visitando os 7 Passos, assim distribuídos: 1º na fachada da Igreja da Misericórdia; 2º Junto ao Cruzeiro, próximo do local onde existiu a capela do Espírito Santo à qual estava adossado; 3º Na Igreja Matriz; 4º- Na fachada da antiga capela do Divino Padre Eterno; 5º Na Rua da Amargura, no local onde a Rua de Santo António entronca com a Rua Conde de Proença-a-Velha; 6º - na Rua de Santo António, a cerca de 100 metros da respectiva Capela, junto da qual se situava até meados do século XX; 7º - Frente à Capela do Senhor do Calvário, no cabeço fronteiro ao cabeço do Castelo e já fora do perímetro urbano da freguesia.
O cortejo pára em cada um destes locais para cantar e rezar os respectivos Passos; no percurso entre cada um deles um regrador vai cantando, em latim, a ladainha de todos os santos entoando cada um dos respectivos nomes aos quais responde a população.
Depois de visitar o 7º Passo a Ladainha retorna à Misericórdia.
Cântico dos Martírios
No final das Ladainhas formam-se dois grupos de cerca de 10 a 12 pessoas, maioritariamente mulheres, deslocando-se um para o cabeço do Senhor do Calvário, frente à Capela e o outro para o cimo da Barreira do Castelo, ficando frente a frente nos dois locais mais altos da povoação.
Uma vez aí chegados, o grupo do Castelo canta a seguinte quadra: Bendita e louvada seja / a paixão do Redentor / que para nos livrar das culpas / morreu por nosso amor. Assim que acabam de cantar responde o Grupo do Castelo cantando a primeira das 17 quadras descrevendo os Martírios do Senhor, sendo que entre cada uma dessas quadras o Grupo do Castelo repete a quadra inicial.
Nas últimas Sextas-feiras da Quaresma, anteriores à Sexta-feira Santa encomendam-se as Almas. O cântico é realizado por um pequeno grupo de mulheres acompanhadas em regra por um homem que transporte um candeeiro. Totalmente vestidas de preto e com um xaile pela cabeça juntam-se, um pouco antes da meia-noite, entre a Igreja Matriz e o cemitério e iniciam o cântico precisamente ao soar da meia-noite.
Após cantaram as 3 quadras que compõem o cântico tocam uma campainha e rezam um padre-nosso, repetindo o ritual em 13 sítios diferentes ao redor de toda a povoação, situados todos eles em encruzilhadas ou balcões e terminando o cântico por volta das 2 horas da madrugada.
Encomendação das Almas
Encomendação das Almas
Ladainha
Ladainha
Martírios
Cerimónias de Quinta-Feira Santa
A Irmandade da Misericórdia organiza, desde que há memória, as cerimónias da Semana Santa, as quais na Quinta-feira constam do Lava-pés a que se segue a procissão do Encontro com a realização de dois sermões, o do encontro e o da morte, ou das sete palavras. No final das cerimónias a irmandade realiza a Ceia dos Doze à qual se segue o cântico do Louvadíssimo, em que os doze percorrem cantando o trajecto das Ladainhas, terminando cerca das 2 horas da madrugada.
Cerimónias de Sexta-Feira Santa
Organizada também pela Irmandade da Misericórdia realiza-se na Sexta-feira à noite a procissão do Enterro. Os elementos da Irmandade, com as suas opas pretas e capuz pela cabeça, transportam o esquife com o corpo de Jesus num percurso pelas ruas da freguesia acompanhado pela população, sempre no mais profundo silêncio apenas quebrado, de quando em quando, pelo lamenta das 3 Marias, ou Heus, e pelo cântico da Verónica (O vos omnes).
Lava-pés
Sermão do Encontro
Lóvàdsíssemo
6ª-feira Santa
Verónica
Sábado de Aleluia
No Sábado de Aleluia, um pouco antes da meia-noite, a população começa a concentrar-se frente à porta da Igreja Matriz para, ao soar das doze badaladas, irromper a cantar, ao som de adufes e de algum acordeão, as Alvíssaras.
Simultaneamente o sino da Torre toca o toque festivo de procissão.
Depois de algum tempo, e muitas quadras cantadas, o cortejo desloca-se percorrendo o trajecto das Ladainhas, passando por todos os Passos e indo terminar frente à Misericórdia.
Quando o Pároco residia na freguesia era costume deslocarem-se depois a sua casa para lhe cantarem também as Alvíssaras, recebendo em troca amêndoas, passas, bolos e jeropiga.
Domingo de Páscoa
Antecedendo a Missa Festiva a Irmandade sai da Misericórdia e vai à Igreja Matriz buscar o Padre e a população que se dirigem em procissão até à Misericórdia para constatarem a Ressurreição de Jesus, indo até junto do Sepulcro todo enfeitado de flores e já aberto e vazio. A Procissão percorre depois algumas das ruas da freguesia e dirige-se à Igreja para a Missa Solene, finda a qual a Irmandade regressa à Misericórdia indo por fim acompanhar o Provedor a sua casa e desejar-lhe boas festas sendo recebidos e recompensados com bolos e bebidas, após o que regressam cada um a suas casas, para o almoço da Páscoa em família.
Até à década de 80 do século XX depois de almoço realizava-se a Visita Pascal com o pároco a percorrer todas as habitações de freguesia para dar Nosso Senhor a beijar e desejar Boas-Festas recolhendo as dádivas de cada família, pelo que era acompanhado pelo sacristão com a bolsinha para os donativos monetários e por um grupo de criançada com cestas para recolherem os donativos em espécie nomeadamente bolos, fruta e ovos…
Segunda-Feira da Páscoa
No dia a seguir à Páscoa a população desloca-se em romagem até à Ermida de Nossa Senhora da Granja, situada no campo a cerca de 4 km da povoação.
Aqui juntamente com os povos das outras freguesias vizinhas realiza-se uma das mais antigas romarias da região, que para além das cerimónias religiosas, com Missa e Procissão ao redor do recinto, conta ainda com os cânticos ao som de adufe e o tradicional almoço convívio à sombra das oliveiras.
Até à década de 80 do século XX uma grande parte da população de Proença incorporava-se numa procissão liderada pelo pároco e que saía da Igreja Matriz e seguia pelos campos até à Ermida.
Segunda-Feira da Pascoela
Na segunda-feira seguinte, a da Pascoela, repete-se a ida à Senhora da Granja mas agora com muito menos romeiros, numa festa fundamentalmente religiosa.
A exceção, de há uns anos a esta parte, vai para os homens de Aldeia de Santa Margarida que aqui se deslocam neste dia para realizarem um almoço convívio no recinto junto à ermida.
Tradição milenar, reminiscência de antigos ritos dedicados ao sol, dos quais as fogueiras eram elemento fundamental, o madeiro mantém-se ainda nos dias de hoje, por estas terras raianas da Beira Baixa, como um das mais arreigadas manifestações culturais destas gentes.
Assim é também em Proença-a-Velha, onde o madeiro do Natal continua, ainda hoje a ser transportado em dois carros de bois, os quais são puxados pela força dos braços da população.
A Senhora da Granja, à qual já fizemos referência, era uma das principais romarias da região, iniciando o ciclo de romarias que se estendia precisamente desde a Segunda-Feira da Páscoa e que terminava em meados de Setembro com a Senhora da Azenha de Monsanto, a Santa Luzia do Castelejo e, antigamente, com a Senhora do Almurtão da Idanha, a qual no séc. passado foi mudada para a terceira 2ª-feira após a Páscoa.
É uma romaria campestre à qual acorrem as gentes das povoações circundantes, para cumprir os seus rituais religiosos e de fé, mas também para o habitual partilhar das merendas e o convívio à volta dos cantos e danças sempre acompanhados pelo som característico dos adufes.
Festa da Senhora da Silva
A festa da padroeira de Proença realiza-se a 15 de Agosto, dia que a Igreja católica dedica à Assunção da Virgem e que é comemorado por esse país fora com uma infinidade de festas dedicadas a sem número de diferentes santas.
A componente religiosa, com Missa solene e procissão continua a realizar-se, sendo que na componente civil o habitual “ramo” de oferendas que se realizava no Largo do Corro, foi de há alguns anos a esta parte substituído por uma festa com comes e bebes no Largo do Adro, que culmina com uma noite de fados.
Festa do Senhor do Calvário
É a grande festa civil/religiosa das gentes de Proença à qual comparecem os proencenses espalhados pelos quatro cantos do mundo.
Realizava-se no segundo Domingo e 2ª-feira de Setembro, encerrando assim o ciclo de festividades estivais.
Na década de 70 do século XX foi antecipada para o penúltimo fim de semana de Agosto para poder coincidir com o período de férias por excelência, permitindo assim que um maior número dos que residem e trabalham fora aqui pudessem estar nos dias da festa.
É uma tradicional festa de verão, com a componente religiosa, com as suas missas, procissões e pagamento de promessas e a componente civil com os arraiais a prolongarem-se pelas noite dentro, terminando sempre com o rebentamento do tradicional Castelo de quatro quinas, uma característica peça de fogo preso.
Festa do Senhor do Calvário
Festa do Senhor do Calvário
Festividades Civis
Festival do Azeite e Fumeiro
Foi em 2003 que se deu início a uma sequência regular de festividades de carácter meramente civil e cultural que se têm mantido até à presente data, embora com algumas pequenas modificações nos respectivos nomes e na fusão de dois destes eventos num só, como seja o caso da Festa do Tradicional Fumeiro e a Festa da Azeitona que começaram por se realizar em datas diferentes e que agora se uniram sob a designação de Festival do Azeite e Fumeiro.
Tentam, como o seu nome indica, promover a azeitona e o azeite e também os enchidos, mas servem também para promoção e divulgação de todos os produtos e artesanato da região, sempre complementados com muita animação musical e eventos culturais, como sejam exposições, mostras e colóquios temáticos.
Já se realizaram os seguintes:
Edição Nº
Data
Designação
1ª
26 Jan 2003
Festa do Tradicional Fumeiro
1ª
30 Nov 2003
Festa da Azeitona
2ª
25 Jan 2004
Festa do Tradicional Fumeiro
2ª
5 Dez 2004
Festa da Azeitona e do Azeite Tradicional
3ª
6 Fev 2005
Festa do Tradicional Fumeiro
3ª
27 Nov 2005
Festa da Azeitona e do Azeite Tradicional
4ª
26 Fev 2006
Festival do Fumeiro
4ª
9 e 10 Dez 2006
Festival do Azeite
5ª
18 Fev 2007
Festival do Fumeiro
5ª
8 e 9 Dez 2007
Festival do Azeite
6ª
3 Fev 2008
Festival do Fumeiro
7ª
21 e 22 Fev 2009
Festival do Azeite e Fumeiro
8ª
13 e 14 Fev 2010
Festival do Azeite e Fumeiro
9ª
6 e 7 Mar 2011
Festival do Azeite e Fumeiro
10ª
18 e 19 Fev 2012
Festival do Azeite e Fumeiro
11ª
9 e 10 Fev 2013
Festival do Azeite e Fumeiro
12ª
1 e 2 Mar 2014
Festival do Azeite e Fumeiro
Festival das Sopas Tradicionais
Surgida também em 2003, a então denominada Festa das Sopas Tradicionais, tinha como objectivo manter vivas e divulgar as receitas deste prato tão característico da culinária das gentes desta região.
Para além de se poderem provar e saborear todas as sopas a concurso há também a habitual animação musical durante todo o dia.
Começando com cerca de dúzia e meia de sopas a concurso, em 2003, o Festival tem vindo a crescer de ano para ano registando em 2010 89 sopas a concurso.
Edição Nº
Data
Designação
1ª
18 Maio 2003
Festa das Sopas Tradicionais
2ª
16 Maio 2004
Festa das Sopas Tradicionais
3ª
15 Maio 2005
Festa das Sopas Tradicionais
4ª
14 Maio 2006
Festival das Sopas Tradicionais
5ª
20 Maio 2007
Festival das Sopas Tradicionais
6ª
11 Maio 2008
Festival das Sopas Tradicionais
7ª
10 Maio 2009
Festival das Sopas Tradicionais
8ª
16 Maio 2010
Festival das Sopas Tradicionais
9ª
15 Maio 2011
Festival das Sopas Tradicionais
10ª
13 Maio 2012
Festival das Sopas Tradicionais
11ª
11 e 12 Maio 2013
Festival das Sopas Tradicionais
12ª
10 e 11 Maio 2014
Festival das Sopas Tradicionais
Encontro de Acordeonistas e Tocadores e Concertina
Sendo instrumentos ainda relativamente jovens, quando comparados com os tradicionais instrumentos de cordas e ainda mais quando comparados com o nosso característico adufe, o acordeão e a concertina, conquistaram o coração das nossas gentes e tiveram desde há muito anos em Proença-a-Velha dos mais afamados tocadores de toda a região, muito requisitados para bailes, festas, casamentos, inspecções…
Nos variados eventos festivos que se aconteciam ao longo do ano era usual a comparência de um acordeonista o que levou a pensar-se na ideia de promover um evento que pudesse juntar o maior número possível de tocadores. Foi isso que aconteceu pela 1ª vez a 5 de Outubro de 2003 e que se tem vindo a repetir nos anos seguintes sempre no Domingo mais próximo do feriado da Implantação da República.
Aos entre cem a duzentos tocadores presentes todos os anos juntam-se as barraquinhas com exposição e venda de artesanato e produtos locais, enchendo-se assim a povoação de gentes e de animação.
Edição Nº
Data
Designação
1ª
5 Outubro 2003
Encontro de Acordeonistas
2ª
3 Outubro 2004
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
3ª
2 Outubro 2005
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
4ª
8 Outubro 2006
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
5ª
7 Outubro 2007
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
6ª
5 Outubro 2008
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
7ª
4 Outubro 2009
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
8ª
3 Outubro 2010
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
9ª
2 Outubro 2011
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
10ª
7 Outubro 2012
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
11ª
11 e 12 Maio 2013
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
12ª
10 e 11 Maio 2014
Encontro de Acordeonistas e Tocadores de Concertina
Festival das Sopas
Festival das Sopas
Acordeonistas
Acordeonistas
Lista de Presidentes de Junta Eleitos no Pós 25 Abril de 1974
Presidentes de Junta eleitos a partir de 25 Abril de 1974