Plazuelas, é uma uma zona arqueológica localizada na comunidade de San Juan El Alto Plazuelas, a poucos kilómetros a oeste da cidade de Pénjamo, no estado de Guanajuato, em um dos sopés da Sierra de Pénjamo, ocupando uma área de 34 hectáreas. Atualmente é a zona arqueológica mais importante do estado de Guanajuato. Esse sítio arqueológico e datado do período pré-hispânico.[1]
Localização
O sítio arqueológico de Plazuelos se localiza na comunidade de Plazuelas, na Sierra de Pénjamo, a 15 minutos da cidade de Pénjamo pela rodovia federal 90, rumo a Piedad em Michoacán. Existe um devio na rodovia federal, onde inicia a rodovia municipial que leva as pirâmides da qual, no início aparece um letreiro de boas vindas, e apresentação da zona arqueológica.[1]
História
O lugar mostra evidências arqueológicas de ocupação do período clássico da Mesoamérica, entre os anos 600 e 900 de nossa era. Os habitantes de Plazuelas proviam de diferentes etnias. Ao cabo de 300 anos, ter-se construído e povoado a cidade, foi destruída queimada e posteriormente abandonada.[1]
Composição da Zona
Está composta por diversos edifícios feitos a base de cantera, mesma que foi tomada onde se encontra; conta também com uma praça, um temazcal e jardins afundados pelos que se comunicam as edificações, da qual foi contemporânea e atualmente se encontra em discussão, se foram os chichimecas quem a fundaram, mas provavelmente não já que os chichimecas eram considerados barbaros, então é relevante os huastecas, ou uma cultura desconhecida à qual se lhe tem atribuído o título de "el bajío".[1]
Zona arqueologica única em seu tipo
Ao redor da zona encontram-se dispersas mais de 1.000 pedras talhadas com diversos temas, inclusive uma maqueta onde se mostra, e apreciam hoje em dia o complexo contexto arqueológico. Única zona arqueológica que conta com este tipo de obras. A tal ponto que cerca da área protegida, atingido já pela cidade, afora de uma loja de abarrotes, há uma rocha talhada com uma pirâmide incompleta, e uma curiosa personagem que os habitantes da comunidade denominam o "Huachimonton".[1]
Turismo e Recreação
Atualmente o lugar conta com um museu, onde se exibem peças encontradas no lugar durante a restauração e escavações da zona.
Ainda faltam mais pirâmides para serem desenterradas, e na descobertas falta ainda restauração e estudo para poder compreender a fundo a história desta enigmática cidade pré-hispânica.
Um agradável rio de água clara, que conserva fauna e flora de seu passado, corre no desfiladeiro onde se encontram as pirâmides principais, esta água é tão pura e limpa que é de consumo direto de sua nascente.
Há venda de comida regional nos fins de semana.
Existem lojas de lembranças na zona arqueológica, bem como guias que explicam a detalhe a história e composição da zona.[1]
Percurso
Plazuelas está construída sobre três ladeiras separadas por dois desfiladeiros, o oriental nasce de um pequeno manancial de água limpidas, que era até faz em uns anos atrás a principal fonte de água na região, enquanto o desfiladeiro ocidental, conhecido localmente como a barranca dos Cuijes, só leva água em época de chuvas. O lugar está formado por cinco edifícios; na ladeira ocidental somente encontra-se o campo de um jogo usando para realização do jogo de bola mesoamericano orientado sobre o eixo leste-oeste, enquanto na ladeira oriental temos um edifício de planta anular, cuja tradição é parecida com edifícios circulares de Teuchitlán, no estado de Jalisco (Weigand, 1993), ao que chamam na região Cajete, e um conjunto de três pirâmides que formam uma praça aberta ao sul, sócia a dois terraços que estão no mesmo nível suave do terreno.
A ladeira central é neste lugar o elemento que implicou o maior esforço construtivo, já que seu declive natural foi corrigido para conseguir formar uma grande explanada, a que sugere a concentração de um grande número de pessoas. Ao sul, um jogo orientado no eixo norte-sul comunica-se mediante uma calçada com o edifício maior deste lugar, ao que lhe chamam no vizinho povoado de Plazuelas "as casas tampadas". Este edifício implica seu desenho um elemento tradicional dos povos que habitaram o Bajío, ao que se lhe tem denominado pátio afundado, já que se encontra em um nível inferior dentro do edifício mencionado (Castañeda, 1998). Consta de uma grande plataforma retangular sobre a qual se construíram três pirâmides localizadas perimetralmente ao sul, ao norte e a leste, uma base maior no centro, e um pequeno "recinto" erguido entre os base norte, sul e centro.
As bases das pirâmides encontram-se unidas mediante um grosso muro com uma longa banqueta adosada a sua fachada interior, interrompida por sete acessos: três ao norte, três ao sul e um a oeste. O edifício tem duas ampliações, uma sobre o lado norte e outra sobre o sul; no primeiro caso a ampliação forma um pátio quadrangular no oeste e um pátio retangular no leste, comunicados mediante um corredor que corre paralelo a base. Esta ampliação comunica-se ao exterior mediante quatro escadas. No sul, devido ao declive do terreno, o anexo forma um longo terraço de forma similar à ampliação norte, e apresenta ao centro do lado sul, uma escada que desemboca na calçada que o une com o jogo.[1]
Detalhes da Arquitetura
As pirâmide da zona arqueológica de Plazuelas, tiveram suas explorações peritidas desde 1999, para observar diversos elementos nas bases norte e sul. Ambos foram modificados três vezes e em seu primeiro momento construtivo guardavam em seu desenho certa simetría, tendo como ornamento sobre o declive do muro, a que se volta mais complexa na segunda etapa da base norte, enquanto no sul tende a ser mais singela; nos dois casos, uma laje é a que recebe o peso das pedras talhadas que conformam o ornamento. Na terceira etapa o desenho dos edifícios muda totalmente, no sul, o perfil do basamento é austero, pois o talud do muro não apresenta nenhum enfeito enquanto no norte está formada com grandes pedras talhadas que se contêm assim mesmas, resolvendo o esforço de ônus das lajes.
O recinto é um elemento muito escasso em Guanajuato. Sua planta arquitectônica figura um T e foi encontrado em um lamentável estado de conservação; ao que parece foi destruído em época pré-hispânica. A silhueta de seu muro perimetral apresenta também a saliente monolítica da última etapa da base norte, e se encontram entre os escombros, talhados em grandes pedras, caracóis cortados que deveram arrematar o edifício. Em seu interior encontram-se as impressões de um muro que dividia em dois o espaço, coberto com um andar de terra sobre o qual se observam rastros que poderiam corresponder a dois pequenos pátios porticados. O acesso principal de Casas Tampadas é mediante uma calçada limitada por baixos dos muros no oeste. Pelo norte, um afloramento rochoso foi reorganizado, para dar forma a vários degraus que marcam um suave descenso em linha reta ao manancial.
Rodeando a parte superior da ladeira central, encontra-se uma abundante afloramento de rochas ígneas, cujas superfícies foram utilizados pelos antigos habitantes para gravar nelas um grande número de elementos, que representam em alto e baixo relevo, cavidades, círculos, linhas de pontos, linhas contínuas, espirais, círculos concêntricos, figuras zoomorfas, planos e maquetas de edifícios isolados e de complexos lugares. As maquetas assinalam elementos arquitetônicos que se encontram no Bajío, como pátios afundados e outros de longínquas regiões como os guachimontones, o que reforça a hipótese da multietnicidade destas terras (Castañeda e Casimir, 1999). Entre elas, sobresai uma maqueta onde se observa com grande detalhe as particularidades de Casas Tampadas, sendo surpresa que os elementos nela talhados, acessos, escadas, corredores e planta arquitetônica das bases ou o recinto, apareçam no edifício conforme avançam as excavaciones.[1]
Resgate e os Petrogrifos
Dada sua importância, os trabalhos de restauração têm estado focados em primeiro lugar, à exploração, consolidação e restauração de Casas Tampadas, conseguindo ter visível uma grande parte do mesmo. Assim também, trabalhar no registo das pedras talhadas, como base de análise para seu estudo e conservação. Entre os achados relevantes com motivo destes trabalhos, encontram-se vários fragmentos de esculturas antropomorfas em pedra destruídas junto com o recinto, sobresaliente uma figura masculina, mutilada de mãos, pernas e cabeça, que parece ser a representação de um cativo, já que o delgado de seu corpo, a curvatura de suas costas, e a rigidez dos braços colados ao corpo, assinalam a uma personagem amarrado e dobragado, como os que observamos completos em outros edifícios de Mesoamérica.
Como parte dos trabalhos de proteção do lugar e seu meio, se realizaram com a arqueóloga Gladys Casimir, e seus alunos da Universidade Veracruzana, uma série de percursos nas imediações do lugar com a finalidade de conhecer sua extensão para propor sua delimitação, e áreas de resguardo, a médio e longo prazo, complementados com estudos de carácter histórico e social sobre a comunidade e o vizinhança de San Juan o Alto Plazuelas, pois além de se encontrar uma parte de suas moradias sobre a zona habitacional pré-hispânica, é inegável que a conservação do lugar depende em muito da participação de seus atuais moradores, pelo mesmo motivo se construiu um museu de lugar para o resgate de peças encontradas, bem como também um ponto turístico da zona.[1]
Existência de outras zonas
No território de Pénjamo encontram-se mais zonas arqueológicas, sobretudo em zonas montanhosas da Sierra de Pénjamo e cerca de algumas comunidades, que se encontram cerca de outros montes, mesma que estão descuidadas e que urge a presença de instituições como o INAH para seu resgate. Isto é mostra do rico passado milenar de Pénjamo e Guanajuato, tão impressionante como seu passado colonial ou vice-reinado em Plazuelas.[1]