A praça e a sua porta constituem um óptimo exemplo de "estratificação" arquitectónica, um fenómeno consumado na Cidade Eterna, fruto das várias intervenções por parte dos pontifícios que comportavam modificações e reelaborações dos trabalhos edificadores e viários.
A forma da praça assumiria a configuração actual apenas nos finais do século XVIII. Anteriormente era uma modesta praça de forma trapezoidal, alargando-se em direcção ao Tridente. Com efeito, à época das ocupação napoleónica o aspecto arquitectónico e urbanístico da praça seria revisto por Giuseppe Valadier, autor da última transformação da praça. Graças à sua intervenção, a praça assumiu uma forma elíptica, na parte central, conjugada com uma dupla êxedra, e decorada com numerosas fontes e estátuas, que se estendem em direcção ao rio Tibre.
Em 1818, Valadier removeu a velha fonte de Giacomo della Porta que, em 1823, sob o pontificado de Leão XII (1822-1829) seria substituída por uma nova expressão arquitectónica com quatro leões em mármore que deitavam água em quatro vasos. Valadier continuaria a sua obre de restauração, também na zona dos pendentes do Pincio, ligando-a à Piazza del Popolo e às sete colinas, terminando em 1834.
Entre 1878 e 1879 foram demolidas as duas torres laterais que serviam para fortificar a porta.
Depois da brecha na Porta Pia, foi construída uma nova estrada de acesso à praça. A última intervenção estrutural relevante ocorreu na época fascista, em 1936, com a inauguração do novo aqueduto Vergine.
Actualmente, a Piazza del Popolo é uma ampla "zona pedonal" (área para pedestres, sem acesso de veículos) e local de eventos públicos, nomeadamente grandes manifestações, importantes para a cidade.