Periquitão-de-cabeça-preta[2] ou periquito-de-cabeça-preta[3] (Aratinga nenday), também conhecido como príncipe-negro, é uma espécie da família Psittacidae.
Taxonomia
A espécie foi anteriormente considerada como membro do gênero monotípico Nandayus Bonaparte, 1854. No entanto, evidência filogenética mostrou que se encaixa no gênero Aratinga. Quando esse gênero passou por uma revisão baseada em estudos anteriores e foi separado em quatro gêneros, ela foi colocada no gênero atual Aratinga.[4] De acordo com uma análise filogenética com base em ADN mitocondrial do gênero Aratinga feita por Ribas & Miyaki (2004), a espécie forma um grupo monofilético com a jandaia-amarela (A. solstitialis), a jandaia (A. jandaya) e a jandaia-de-testa-vermelha (A. auricapilla). Em outro estudo (Tavares et al. 2005) com análise de ADN mitocondrial e nuclear de 29 espécies, representando 25 de 30 gêneros da subfamília Arinae, descobriu-se que o parente mais próximo do periquito-de-cabeça-preta é a jandaia-amarela, e que a divergência entre as duas espécies aconteceu de 0,5 a 1,3 milhões de anos atrás.
Um parente pré-histórico desta espécie foi descrito em 1996 como Aratinga vorohuensis, com base em fósseis do Piacenziano encontrados na Argentina.
Descrição
O periquito-de-cabeça-preta tem de 27 até 30 cm de comprimento, pesa 140 g e sua cor é principalmente verde. Sua característica mais distintiva, que lhe dá o nome, é o seu capuz preto. Também há preto em suas penas de voo e conta com uma longa cauda pontiaguda que termina em azul. Possui uma faixa azul em seu tórax e as penas que cobrem a sua coxa são vermelhas.
A espécie se alimenta de sementes, frutas, sementes de palmeira, bagas, flores e brotos. Os indivíduos ferais também vão a comedouros. Os indivíduos selvagens usam principalmente a floresta de arbustos e clareiras perto de povoados. Eles frequentam a savana aberta, pastagens e currais na América do Sul, e em alguns lugares são considerados pragas agrícolas.
Reprodução
Periquitos-de-cabeça-preta costumam usar buracos em árvores como ninho. Fêmeas botam três ou quatro ovos. Depois de criarem seus filhos, forma-se um grande bando até a próxima temporada de reprodução.
↑DNA-sequence data require revision of the parrot genus Aratinga (Aves: Psittacidae) J.V. Remsen, Jr., Erin E. Schirtzinger, Anna Ferraroni, Luís Fábio Silveira & Timothy F. Wright