A península é uma parte do maciço armoricano e se estende entre o estuário do Vire e a baía do Mont Saint-Michel. O Parque natural regional do Marais du Cotentin et du Bessin ocupa uma grande parte da península.
A cidade hoje conhecida sob o nome de Coutances, capital dos Unelli, uma tribo gaulesa, adquiriu o nome de Constantia em 298, durante o reino do Imperador romano Constâncio Cloro. A península inteira, chamada em Latim de pagus Constantinus, ficou conhecida subsequentemente como Cotentin.
Até a construção das rodovias modernas, a península era praticamente inacessível durante o inverno devido a uma zona pantanosa que atravessava o promontório. Isso explica algumas referências ocasionais do Cotentin como uma ilha.
A cidade de Valognes foi, até a Revolução francesa, um local bastante procurado pela aristocracia, apelidado de Versalhes da Normandia. Pouco resta das grandes mansões e castelos devido às destruições durante a Batalha da Normandia. A paisagem social foi descrita nas novelas de Jules Barbey d'Aurevilly (nascido no Cotentin).
Devido ao seu relativo isolamento, a península é um dos focos remanescentes da língua normanda. O poeta de língua normanda Côtis-Capel descreveu o ambiente da península, enquanto o poeta de língua francesaJacques Prévert tem sua residência em Omonville. O pintor Jean Millet nasceu na península.
O escritor de língua normanda Alfred Rossel, natural de Cherbourg, compôs diversas canções que fazem parte da herança cultural da região. Sua canção Sus la mé ("no mar") é cantada frequentemente como canção patriótica.