A península de Moçandão (em árabe: مُـحَـافَـظَـة مُـسَـنْـدَم; romaniz.: Muḥāfaẓaṫ Musandam) constitui, junto com o enclave de Mada, uma província de Omã. A província é um exclave, separado do resto de Omã pelos Emirados Árabes Unidos. Sua localização dá a Omã controle parcial, compartilhado com o Irã, do estreito estratégico. Na seção norte de Moçandão, em torno de Kumzar, se fala a língua Kumzari, que é uma língua do sudoeste iraniano intimamente relacionada com o Larestani e o Luri. A Península de Moçandão tem uma área de 1.800 quilômetros quadrados, e uma população de 31.425 pessoas.
O acesso à península era difícil, com as únicas opções sendo vôos limitados ou dez horas de viagem por meio de quatro postos de imigração. Um serviço de barcas entre Mascate e Moçandão foi lançado em agosto de 2008 para aliviar este problema e tornar a região mais acessível[4]. A província é acessível por terra apenas através dos Emirados Árabes Unidos. Pode-se acessar a região através de Ras al-Khaimah, perto de Al Jeer, e de um enclave de Xarja, Doba. A companhia aérea Oman Air fornece uma ligação entre a capital do país, Mascate, e a principal cidade administrativa da província, Caçapo.
Subdivisões
A área tem grande importância estratégica devido à sua proximidade com o Estreito de Ormuz. A Província de Moçandão consiste de quatro vilaietes:
Mada, (um exclave, localizado entre o resto de Moçandão e o resto de Omã)
O chefe administrativo da Província é chamado de muafiz (em árabe: مُـحَـافِـظ; romaniz.: muḥāfiẓ; lit. regulador). O atual muafiz é HE Alçaíde Califa ibne Murdas ibne Amade Albuçaídi.
Geografia
A costa rochosa assemelha-se às costas esculpidas pelas geleiras das regiões polares, mas, neste caso, a costa foi moldada pelo movimento da crosta terrestre. A placa da Arábia está lentamente entrando sob a placa eurasiática, criando as montanhas propensas a terremotos do Irã. Na ponta da placa da Arábia, a Península de Moçandão está afundando. As montanhas mais altas permanecem acima da água, mas o mar encheu os vales com água.
Referências
↑Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
↑Os Lusíadas. Estrofe 102 do Canto X. «Olha o Cabo Asaboro, que chamado / Agora é Moçandão, dos navegantes; / Por aqui entra o lago que é fechado / De Arábia e Pérsias terras abundantes. / Atenta a ilha Barém, que o fundo ornado / Tem das suas perlas ricas, e imitantes / A cor da Aurora; e vê na água salgada / Ter o Tígris e Eufrates ũa entrada.», https://pt.wikisource.org/wiki/Os_Lus%C3%ADadas/X