Avco Lycoming O - 235 - N2A, Continental C90 8F, de 90 hp, Continental C90 14F, também de 90 hp, Lycoming O235B, de 100 hp, Lycoming de 115 hp e Lycoming O320, de 150 hp[1]
É considerada uma das aeronaves treinadoras de maior sucesso no Brasil, tendo formado diversas gerações de pilotos. Seu projeto foi coordenado por Romeu Corsini, da USP. Em 1955, a Neiva adquiriu os direitos de fabricação, lançando uma versão batizada de Paulistinha 56 ou Neiva 56, esta operada pela Força Aérea Brasileira, entre 1959 e 1967.[3]
Descrição
É um avião monomotor de asa alta, semi-cantiléver, de madeira revestida em tela e fuselagem em tubos de aço, também com revestimento em tela, trem de pouso fixo convencional, hélice de passo fixo e acomodação para dois pilotos em tandem.[4]
Histórico
O Paulistinha CAP-4, surgiu na verdade em meados da década de 1930 como um projeto da Empresa Aeronáutica Ypiranga (EAY) como uma cópia não licenciada do Taylor Cub movido por um motor radial Salmson AD.[5] O EAY Ypiranga apresentava uma asa alta reforçada, dois assentos em tandem, cabine fechada e uma fuselagem de tubos de aço com cobertura de tecido. A roda do trem de pouso traseiro não era retrátil.
A EAY já havia construído cinco exemplares na época em que a empresa foi adquirida pela Companhia Aeronáutica Paulista (CAP) em 1942. A CAP continuou fabricando o modelo com a designação CAP-4.[6]
Esse modelo teve grande sucesso, com cerca de 800 unidades sendo produzidas para aeroclubes e forças armadas do Brasil, bem como para exportação para Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai e Portugal. No momento do pico de produção em 1943, um novo CAP-4 saía da fábrica todos os dias e a produção continuou até 1948.[7]
Em 1956, a Indústria Aeronáutica Neiva (NEIVA) adquiriu os direitos renomeando-o para P-56 Paulistinha,[8] o projeto foi usado na década de 1960 como base para uma aeronave agrícola, o P-56 Agrícola, acrescentando um funil químico de fibra de vidro e "spraybars", mas não foi possível competir com aeronaves agrícolas importadas e especialmente construídas.
Os dados a seguir foram coletados de manuais de aeroclubes e fabricantes.[9][10]
As informações técnicas aqui contidas têm caráter meramente informativo e não devem ser utilizadas como parâmetros para voo real em hipótese alguma. Consulte sempre os manuais originais e atualizados da aeronave.
Pesos operacionais máximos
Peso máximo de decolagem na categoria normal
660 kg
Peso máximo de decolagem na categoria utilidade
587 kg
Peso básico vazio
434 kg
Peso máximo no bagageiro
35 kg
Tripulação
Normalmente a tripulação consiste em um piloto no assento dianteiro (ou traseiro, dependendo da versão).
O velocímetro e o altímetro têm suas tomadas de pressão estática localizadas dentro da própria cabine[nota 1]. A tomada de pressão total do velocímetro está fixada no estal do montante sob o bordo de ataque da asa direita.
↑Aeroclube de Sorocaba (Junho de 2013). Manual de Operações e Padronização. CAP-4 (Paulistinha) 1 ed. Sorocaba, SP - Brasil: Aeroclube de Sorocaba. p. 25. 79 páginas. Consultado em 1 de novembro de 2021
↑Aeromot - Aeronaves e Motores Ltda. (1985). Neiva Paulistinha P56R/84. Suplemento do manual de operação aprovado pelo CTA. Porto Alegre, RS - Brasil: [s.n.] 33 páginas