Em 1929 entrou num seminário em Dijon. Os primeiros anos da vida sacerdotal de Gauthier foram dedicados ao apostolado intelectual, inclusive escrevendo alguns roteiros de cinema. Em meados da década de 1940, manteve contato com o dominicano Jacques Loew, considerado o primeiro dentre os padres operários da França. Em 1954, ainda era um sacerdote em Dijon, quando pediu ao seu bispo, Guillaume-Marius Sembel, para deixar seu ministério ordinário de padre diocesano para se dedicar à evangelização dos pobres.[1]
Depois disso, mudou-se para Nazaré, acompanhado por um grupo de jovens, onde, entre 1957 e 1958, fundou uma pequena família religiosa: "Os companheiros e as companheiras de Jesus carpinteiro". Naquele lugar, teve contato com a situação dos palestinos e dedicou-se à construção de casas para refugiados de guerra.[1]
Em 1964, fundou, juntamente com o jornalista Ettore Masina, a Rede Radié Resch, que era uma associação de solidariedade internacional, assim denominada em homenagem a uma menina palestina que morreu de pneumonia em um casebre. Nesses anos manteve contato com Enrique Dussel.[1]
Depois da Guerra dos Seis Dias (1967), emigrou primeiramente para o Líbano e depois para a América Latina, para se dedicar ainda mais em favor dos mais pobres. Depois disso, deixou o sacerdócio para se casar com Marie Thérèse Lacaze, que o apoiava desde os tempos de sua atuação na Palestina, e adotar duas crianças órfãs que conheceu em uma viagem para a Índia.[1]