Na década de 1980 ocorre uma cisão interna: uma seção integra-se no Bloco Nacionalista Galego (BNG) junto com a UPG e outros partidos nacionalistas de esquerda, enquanto a outra seção adere à Esquerda Galega, formando coligação sob o nome de PSG-EG, que pouco depois se integraria também no BNG.
Um dos primeiros objetivos do PSG foi estabelecer ligações com outros partidos socialistas europeus. Esteve presente em reuniões na Itália e na França, e teve uma forte relação com o Moviment Socialista de Catalunya: graças à sua colaboração, o órgão de expressão do PSG, Adiante, começou a publicar-se em Perpinhã, desde 1965 até 1969, quando começa a editar-se na Galiza sob o nome de Galicia Socialista. Porém, nos últimos anos da década de 1960, o PSG deixa de ter atividade pública[2].
Contudo, os maus resultados eleitorais das eleições democráticas de 1977 e as pressões do PSOE terminaram com a FPS, o que fez com que o PSG entrasse em crise. Beiras abandonou a direção, que foi assumida por Valentín Arias como coordenador. A cisão produzida no interior do partido verificou dois pólos opostos: por uma parte, um grupo por volta de 100 militantes liderados por Ceferino Díaz, Fernando González Laxe e José Luís Rodríguez Pardo, que redigiu o denominado Documento dos 19 e formaram, em 2 de abril de 1978, o Colectivo Socialista-PSG, com vontade de se integrar no PSOE. Por outro lado, o grosso do PSG e mais sua direção política, que terminou expulsando a outra parte, que, pela sua vez, se integrou definitivamente no PSOE.
Quarta época (1979-1983)
Em 1979, o PSG participou na constituição de Unidade Galega (UG), uma coligação de partidos cujo objetivo era apresentar-se às eleições estatais e municipais daquele ano. O PSG, ao contrário dos demais integrantes de UG, negou-se a participar na Comissão dos 16, que tinha de elaborar o projeto do Estatuto de Autonomia de Galiza de 1981.
A aproximação ao BNPG cristalizou antes das eleições autonómicas de 1981, quando BNPG e PSG acodem coligados. Dos três deputados ao Parlamento da Galiza que resultam eleitos, Claudio López Garrido era membro do PSG. Porém, os três deputados foram expulsos do Parlamento por se negarem a jurar a Constituição Espanhola e o Estatuto de Autonomia da Galiza, para cujo plebiscito pediram ativamente o "não".
A dinâmica conjunta do BNPG e do PSG deu origem a um único partido, o Bloco Nacionalista Galego (BNG). No Congresso extraordinario do PSG celebrado em 15 de janeiro de 1983 verifica-se a cisão total: uma parte opta por integrar-se definitivamente no BNG como Colectivo Socialista, enquanto a maioria opta por abandonar a linha de conjunção com o BNPG e, dirigidos por Domingos Merino, Claudio López Garrido, Lois Mazás ou Xosé Paz, conflui definitivamente com Esquerda Galega (EG) em 1984, formando o PSG-EG.
Referências
↑Fermí Rubiralta, De Castelao a Mao, 1998, pág. 92-94
↑Francisco Pillado e Miguel Anxo Fernán-Vello, Conversas con Xosé Manuel Beiras, Santiago de Compostela, 1989, pág. 171
↑Manuel Rivas, Crise en Unidade Galega, rebumbio na esquerda, Man Común 1, 1980
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