O Partido Democrático (em italiano: Partito Democratico, PD) é um partido político italiano de centro-esquerda.
O partido foi fundado em 2007, através da fusão de vários partidos de centro-esquerda, que tinham concorrido juntos na A União e na A Oliveira desde da década de 1990, dos quais se destacavam, dois partidos: os Democratas de Esquerda, herdeiros do antigo Partido Comunista Italiano e, a Democracia e Liberdade - A Margarida, composto pela ala da esquerda cristã da antiga Democracia Cristã.[1]
O PD apesar de, ser descrito como social-democrata,[2] tem várias correntes ideológicas, divididas em diferentes alas ou sectores do partido. Por isso, o partido pode ser definido como um partido pega-tudo, porque, dentro do partido, estão, desde liberais, que defendem o liberalismo económico,[3] como é o caso de Matteo Renzi, que segue uma linha inspirada pela Terceira via de Tony Blair,[4] passando pela esquerda cristã[5], pelos defensores do liberalismo seguido pelo Partido Democrata[6] até socialistas democráticos, próximos dos sindicatos e da social-democracia tradicional.[7]
Por isto, o PD é descrito como um partido pega-tudo de centro-esquerda,[8][9] que agrupa várias facções ideológicas de esquerda.
Em 2013, após as eleições gerais, o PD decidiu fazer um governo de grande coligação, coligando-se com os seus rivais de centro-direita, O Povo da Liberdade de Silvio Berlusconi.[10]
Em Fevereiro de 2014, Matteo Renzi, até então presidente da câmara de Florença, foi eleito líder do partido, e, propôs que Enrico Letta, até então, primeiro-ministro, se demitisse.[11] Após a demissão de Letta, Matteo Renzi foi empossado primeiro-ministro, liderando um governo de coligação com o Novo Centro-direita (cisão da Força Itália), o Escolha Cívica e a União dos Democratas-Cristãos e de Centro.[12]
No que tange à afiliação internacional, o partido também sofreu grandes divisões sobre o assunto, porque, a ala liberal do partido defendia a integração no Partido da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa, enquanto, a ala social-democrata defendia a adesão ao Partido Socialista Europeu.
Em 2012, o PD fez parte da primeira reunião da Aliança Progressista, organização que junta vários partidos de centro-esquerda, e, desde então, esta tem sido a sua afiliação internacional.[13][14]
A nível de afiliação europeia, só com a eleição de Matteo Renzi em 2014, é que ficou decidida, visto que, Renzi, da ala liberal do partido, defendia a integração no Partido Socialista Europeu.[15] Em Fevereiro de 2014, o PD foi aceite como membro do Partido Socialista Europeu.[16]
Com a ascensão de Renzi à liderança do PD com uma linha ideológica centrista e liberal, a ala de esquerda do partido entrou em conflito com Renzi até que, em finais de 2017, vários membros do partidos, como Massimo d'Alema, Pier Luigi Bersani e Gugliemo Epifani, romperam com o partido e fundaram um novo partido de esquerda, o Artigo 1 - Movimento Democrático e Progressista.[17]
Resultados eleitorais
Eleições legislativas
Câmara dos Deputados
Data
|
CI.
|
Votos
|
%
|
+/-
|
Deputados
|
+/-
|
Status
|
2008
|
2.º
|
12 092 969
|
00000000000033.2
|
|
0000000000000217
|
|
Oposição
|
2013
|
2.º
|
8 644 187
|
00000000000025.4
|
7,8
|
0000000000000297
|
80
|
Governo
|
2018
|
2.º
|
6 134 727
|
00000000000018.7
|
6,7
|
0000000000000109
|
188
|
Oposição
|
2022
|
2.º
|
5 356 180
|
00000000000019.1
|
0,4
|
0000000000000069
|
40
|
Oposição
|
Senado
Data
|
CI.
|
Votos
|
%
|
+/-
|
Deputados
|
+/-
|
Status
|
2008
|
2.º
|
11 052 577
|
00000000000033.1
|
|
0000000000000118
|
|
Oposição
|
2013
|
1.º
|
8 400 255
|
00000000000027.4
|
5,7
|
0000000000000112
|
6
|
Governo
|
2018
|
2.º
|
5 768 101
|
00000000000019.1
|
8,3
|
0000000000000053
|
69
|
Oposição
|
2022
|
2.º
|
5 226 732
|
00000000000019.0
|
0,1
|
0000000000000043
|
10
|
Oposição
|
Eleições europeias
Data
|
CI.
|
Votos
|
%
|
+/-
|
Deputados
|
+/-
|
2009
|
2.º
|
8 008 203
|
00000000000026.1
|
|
0000000000000021
|
|
2014
|
1.º
|
11 203 231
|
00000000000040.8
|
14,7
|
0000000000000031
|
10
|
2019
|
2.º
|
6 050 351
|
00000000000022.7
|
18,1
|
0000000000000019
|
12
|
2024
|
2.º
|
5 636 909
|
00000000000024.1
|
1,4
|
0000000000000021
|
3
|
Ligações externas
Referências
- ↑ Slomp, Hans (1 de janeiro de 2011). Europe, a Political Profile: An American Companion to European Politics. [S.l.]: ABC-CLIO. ISBN 9780313391811
- ↑ Collin, Richard Oliver; Martin, Pamela L. (1 de janeiro de 2012). An Introduction to World Politics: Conflict and Consensus on a Small Planet. [S.l.]: Rowman & Littlefield. ISBN 9781442218031
- ↑ «Pd, diciassette correnti in un partito solo». archiviostorico.corriere.it. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Il piano di Pier Luigi per le primarie Un solo candidato scelto dal partito». archiviostorico.corriere.it. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Parties and Elections in Europe». www.parties-and-elections.eu. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Italy. Everybody Is Crazy For Obama». i-Italy. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Fassina, il «signor no» del Pd diventa un caso». archiviostorico.corriere.it. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Il Pd come la Dc? Le coincidenze e le differenze». Europa Quotidiano. Consultado em 22 de novembro de 2015. Arquivado do original em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Si scrive Pd, si legge Dc». l'Espresso. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Italy's President Appoints New PM In Hopes Of Forming Government». The Huffington Post. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ Rome, Lizzy Davies in. «Italian PM Enrico Letta to resign». the Guardian. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Il governo Renzi ha giurato al Colle, è in carica. Gelo con Letta alla consegna della campanella». Repubblica.it. plus.google.com/+repubblica/. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Sozialdemokraten gründen neue Internationale (neues deutschland)». www.neues-deutschland.de. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Social Democrats seek revival on 150th b-day». www.thelocal.de. plus.google.com/109658666567908793964/. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ «Il Pd chiede di aderire come "full member" al Pse». Europa Quotidiano. Consultado em 22 de novembro de 2015. Arquivado do original em 22 de novembro de 2015
- ↑ Viola, Donatella M. (14 de agosto de 2015). Routledge Handbook of European Elections. [S.l.]: Routledge. ISBN 9781317503620
- ↑ Stefanoni, Franco. «Ecco il nome degli ex Pd: Articolo 1 Movimento dei democratici e progressisti». Corriere della Sera (em italiano)
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