Pénélope Bagieu (Paris, 1982) é uma cartunistafrancesa que tornou-se conhecida graças ao seu blog “Ma vie est tout à fait fascinante”, onde ilustrou em banda desenhada alguns momentos da sua vida. Tem várias obras publicadas, entre as quais se destacam: a colecção Joséphine, o Cadavre Exquis e Les Culottées (publicado em Portugal com o título Destemidas). Recebeu vários prémios pelos seus livros, nomeadamente um Prémio Eisner em 2019. [1][2][3][4]
Percurso
Pénélope Bagieu nasceu em 1982, na cidade de Paris e passou a infância na Córsega. Ela possui um bacharelato em Economia Social e formou-se em animação em 2006 na École nationale supérieure des Arts Décoratifs de Paris com notas muito baixas, chegam-lhe a dizer para pensar em fazer outra coisa. De seguida foi estudar na Central Saint Martins College of Art & Design em Londres, após obter o diploma ela dedica-se à ilustração.[5][6][7]
Entretanto realizou uma curta metragem de animação, intitulada Fini de Rire que foi transmitida na televisão no Canal+ e que foi nomeada para vários festivais de cinema, entre eles o Festival Internacional de Cinema de Amiens de 2006 e o Festival Internacional do filme de animação de Annecy de 2007.[8][9]
Produziu ilustrações para uma campanha publicitária para uma marca de alimentos congelados para a televisão, posteres e Internet. Ela ficou conhecida através do blog A Minha vida é completamente fascinante onde, onde conta de forma humorística alguns episódios do seu dia a dia. [10][4]
Em 2008, lançou o primeiro volume da colecção Joséphine, uma banda desenhada em que as ilustrações e os textos são da sua autoria os textos e ilustrações, sobre uma personagem encomendado pela revista Femina. [11][12]
No Natal desse ano, ela cria o site Mon beau sapin em parceria com a Cruz Vermelha francesa e a operadora de telecomunicações Orange, com o objectivo de oferecer presentes a crianças carenciadas [13]
Em 2009, ela torna-se responsável por uma das secções do site madmoiZelle, onde partilha vídeos das suas bandas desenhadas favoritas.[14]
Publica Cadavre Exquis, a sua primeira novela gráfica, sendo da sua autoria o argumento e os desenhos. Com ele ganhou em 2011, o prémio SNCF no festival de Angoulême e o prémio dBD de melhor livro de humor. [15][16]
Participa do festival de Cannes de 2011 como enviada especial do canal Arte.[17] No ano seguinte, em 2012, colabora com o designer Boulet e publica La Page blanche. Enquanto ele trata do enredo ela cria os desenhos. [18][19][20][21]
Em 2013, a realizadora Agnès Obadia lança o seu filme Joséphine, uma adaptação cinematográfica da banda desenhada de Bagieu, com o mesmo nome e no qual o papel principal foi desempenhado por Marilou Berry que três anos mais tarde adaptada para cinema, a sequela "Joséphine s'arrondit". [22][23][24][25][3][26][27]
Em Setembro de 2013, publicou com Joann Sfar o primeiro volume de Stars of the Stars. Sfar é responsável pelo argumento enquanto Bagieu fica encarregue de o ilustrar. [28][29] Ainda em 2013, após conhecer Claire Nouvian, a fundadora da associação ambientalista BLOOM na Conferência TED de Paris, ela cria e publica uma pequena banda desenhada destinada a alertar o público sobre os perigos da pesca de arrasto, tendo convidado os seus leitores a assinarem uma petição da associação. Este apelo permitiu recolher centenas de milhares de assinaturas. [30][31][32]
Dois anos mais tarde, em 2015, foi morar para Nova York e onde termina a novela gráfica California Dreamin'. [33][34][33]
Em 2016, escreve e desenha Les Culottées (publicado em Portugal com o título de Destemidas), uma série de pequenos contos biográficos sobre mulheres que se destacaram, nomeadamente Frances Glessner Lee, Anette Kellerman, Joséphine Baker, Tove Jansson e Wu Zetian, entre outras. Começa por partilhar as bandas desenhadas no site do jornal Le Monde e mais tarde publica em livro. O primeiro volume sai em Setembro de 2016 e o segundo em Janeiro de 2017. [35][36][37][38] Estes serão, em 2020, transformados numa série de animação com 30 episódios para a televisão francesa, posteriormente é traduzida para italiano e português onde é emitida pela Rai em Itália e na RTP2 em Portugal. [39][40][41][42]
Prémios e Reconhecimento
Em 2011, vence o prémio SNCF no festival de Angoulême e o prémio dBD de Melhor Livro de Humor com a novela gráfica Cadavre Exquis.[15][16]
Com Les Culottées que ganha o Prémio Eisner pela melhor edição americana de uma obra internacional, a maior distinção que uma obra de banda desenhada pode receber no mundo. [4][46][47][48]
↑Collectif; Fouque, Antoinette; Calle-Gruber, Mireille; Didier, Béatrice (26 de novembro de 2015). Le Dictionnaire universel des créatrices (em francês). [S.l.]: Éditions des femmes
↑mars 2020, Anouk Perry | 7 mars 2020 | 22 Commentaires Mis à jour le 07 (7 de março de 2020). «Le 1er épisode de Culottées est là !». madmoiZelle.com (em francês). Consultado em 1 de julho de 2020