O pé diabético é uma série de alterações anatomopatológicas e neurológicas periféricas que ocorrem nos pés de pessoas acometidas pelo diabetes mellitus.[1] Essas alterações constituem-se de neuropatia diabética, problemas circulatórios, infecção e menor circulação sanguínea no local.[2] Essas lesões geralmente apresentam contaminação por bactérias, e como o diabetes provoca uma retardação na cicatrização, ocorre o risco do pé ser amputado. O pé diabético ocorre pela ação destrutiva do excesso de glicose no sangue.[3] A nível vascular, causa endurecimento das paredes dos vasos, além de sua oclusão, o que faz a circulação diminuir, provocando isquemia e trombose.[3]
Pé diabético é uma das complicações mais graves, pois, têm um grande impacto socioeconômico incluindo despesas com o tratamento, grandes períodos de internação, incapacidades físicas já que em muitas vezes evoluem para a amputação e sociais como desemprego e perda de produtividade[6]. O tratamento da úlcera diabética é difícil e prolongado, associa-se a altas taxas de insucesso e recidiva, requerendo a combinação de várias modalidades terapêuticas[7]
É importante que o tratamento seja acompanhado por uma equipe de saúde, para que processo de cicatrização seja efetivo e num menor tempo. A cicatrização é um processo lento que depende de condições locais e sistêmicas. As lesões nos pés de pacientes com DM podem levar a graves sequelas mesmo quando tratadas a tempo, quando não há tratamento os danos são quase inevitáveis, as deformações do pé, podem levar a amputação e até mesmo uma infecção sistêmica[8] .
Classificação e conduta
A tabela abaixo mostra diretrizes estabelecidas pelo Consenso Internacional Sobre Pé Diabético, quanto à neuropatia.
↑Practical guidelines on the management and prevention of the diabetic foot, Diabetes Metab Res Rev 2008; 24(Suppl 1): S181–S187. DOI: 10.1002/dmrr.848