Os Leões de Bagdá (no original, Pride of Baghdad) é uma graphic novel publicada pelo selo Vertigo, em setembro de 2006. Escrita por Brian K. Vaughan e desenhada por Niko Henrichon, sua trama aborda uma versão fantasiosa de eventos que verdadeiramente transcorreram durante a invasão do Iraque em 2003, quando quatro leões escaparam do Zoológico de Bagdá.
A história foi bem recebida por crítica e público, sendo sintetizada pelo jornalista Tim Walker como "a mais bem-sucedida história em quadrinhos a lidar com a Guerra no Iraque". O álbum venceu o Harvey Award de 2007, como Melhor graphic novel original.
Sinopse
Os Leões de Bagdá é baseada na história real de quatro leões que, em 2003, durante a Guerra do Iraque, fogem do zoológico depois de um bombardeio estadunidense, e passam a perambular nas ruas devastadas de Bagdá.[1]
Produção
Falando sobre a decisão de publicar Os Leões de Bagdá como um volume único ao invés do formato usual de série, Vaughan declarou: "Eu queria que os leitores experimentassem a rapidez com que a vida desses animais foi mudada e que funcionou muito melhor em uma história que pode ser lida de uma só vez (...) A curva de aprendizagem para escrever uma obra auto-contida de 136 páginas era íngreme, mas estou muito feliz com o resultado."[2]
Recepção
O álbum foi premiado como melhor graphic novel original no Harvey Award.[3] A IGN nomeou Os Leões de Bagdá como Melhor Graphic Novel Original de 2006, chamando-a de "clássico moderno" e comentando que o livro "pode ser apreciado em várias camadas. Aqueles que desejam um conto 'simples' de sobrevivência e família descobrirão isso. O escritor Brian K. Vaughan também teve o cuidado de evitar identificar qualquer ponto de vista específico - cada leão representa uma atitude diferente, o que é refrescante, já que muitos livros não permitem essa escolha. Com arte deslumbrante de Niko Henrichon, não há como qualquer leitor de quadrinhos deixar passar esta graphic novel".[4]
Tim Walker, jornalista do The Independent, descreveu a obra como "indiscutivelmente a mais bem-sucedida a lidar com a guerra no Iraque", citando também DMZ, de Brian Wood, outra obra publicada pela Vertigo. Walker também escreveu: "O conto antropomórfico de Vaughan (...) tem toques de O Rei Leão da Disney, misturados com os costumes mais sérios da graphic novel Maus.[5]
Eduardo Nasi, em resenha para Universo HQ, apontou que: "Outra maneira é defini-la como uma bela fábula, aos moldes de Esopo, que acaba em dado momento denunciando o quanto uma guerra pode não ter absolutamente nenhum sentido para suas vítimas. Seja qual for a opção, a história é matadora".[6]
Referências
Ligações externas