A New Wave (em português, Nova Onda) é um movimento de ficção científica iniciado nos anos 1960 e 1970, caracterizado por elevado grau de experimentação, tanto na forma como no conteúdo, e uma sensibilidade artística ou literária próxima do sub-gênero soft (em oposição à ficção científica hard). Escritores de New Wave, muitas vezes, viam a si mesmos como parte da tradição modernista e eventualmente zombavam da tradição de ficção científica pulp, que alguns deles consideravam maçante, juvenil e mal escrita.[1]
Visão geral
A New Wave de ficção científica da década de 1960 enfatizava a experimentação estilística e mérito literário sobre o rigor científico ou previsão. Ele foi concebido como uma deliberada quebra das tradições da SF pulp, que muitos dos escritores envolvidos considerava irrelevantes e sem ambição. O mais proeminente, fonte de New Wave foi a revista New Worlds sob a direção de Michael Moorcock, que assumiu o cargo em 1964. Moorcock procurou usar a revista para "definir um novo papel de vanguarda" para a ficção científica[2] pelo uso de "novas técnicas literárias e modos de expressão."[3] Foi também um período marcado pelo surgimento de uma maior diversidade de vozes na ficção científica, mais notavelmente com o aumento no número de mulheres escritores, incluindo Joanna Russ, Ursula K. Le Guin e James Tiptree, Jr.
Nome
O nome New Wave é emprestado do movimento do cinema francês nouvelle vague.[4]
Segundo Gary K. Wolf, professor de ciências humanas e inglês na Universidade Roosevelt, a introdução do termo na ficção científica [4] ocorre em 1966, em um ensaio[5] escrito por Judith Merril para The Magazine of Fantasy & Science Fiction. No ensaio, a autora parecia utilizar este termo para comentar a ficção experimental que começou a aparecer na revista inglesa New Worlds, depois que Michael Moorcock assumiu a editoria, em 1964. No entanto, Judith Merril nega que tivesse usado este termo.[6]
Mais tarde, Merril popularizou esta ficção nos Estados Unidos, através de uma antologia organizada por ela - England Swings SF: Stories of Speculative Fiction, Doubleday, 1968 - apesar de uma antologia anterior (de Harlan Ellison, Dangerous Visions [Doubleday 1967]), também tenh sido referida como uma obra-chave da ficção científica New Wave.[7][8]
Referências
- ↑ Moorcock, Michael. "Play with Feeling." New Worlds 129 (abril de 1963), pp. 123-27.
- ↑ Stableford, Brian (November 1996). "The Third Generation of Genre Science Fiction". Science Fiction Studies 23 (3): 321–330.
- ↑ Ashley, Mike, (2005), Transformations. The Story of the Science Fiction Magazines from 1950 to 1970, pp251-252
- ↑ a b Wolfe, Gary G (2005) "Coming to Terms" in Speculations on Speculation.
- ↑ Merril, Judith (1966) "Books", pp. 30, The Magazine of Fantasy and Science Fiction, January 1966
- ↑ The 1997 Academic Conference On Canadian Science Fiction and Fantasy Arquivado em 28 de janeiro de 2012, no Wayback Machine., Allan Weiss, 1997
- ↑ The SF Site featured review: Dangerous Visions
- ↑ «Dangerous visions by Harlan Ellison: Official SFWorld.com review». Consultado em 3 de setembro de 2016. Arquivado do original em 6 de setembro de 2015