Entre compactos, LPs e CDs, o artista vendeu cerca de 45 milhões de discos.[3] Foi o primeiro latino a vender 1 milhão de discos nos Estados Unidos, e chegou a se apresentar ao lado de grandes nomes da música romântica internacional, como Julio Iglesias e Tony Bennett.[3][4]
Biografia
Nelson Ned nasceu em um casarão na Rua Coronel Júlio Soares, em Ubá, Minas Gerais, primogênito dos sete filhos de Nelson de Moura Pinto e Ned d´Ávila Pinto[5]. Como quando criança não se desenvolvia, foi diagnosticado com desplasia espôndilo-epifisária, que o levou a ter apenas 1,12 metros de altura[6] na fase adulta (algumas fontes mencionam que seriam 90 centímetros[3] mas essa inconsistência provavelmente deve-se ao nome do seu primeiro LP, Um Show de 90 Centímetros[6]) Seus seis irmãos nasceram sem esse distúrbio, e os três filhos de Nelson herdaram o nanismo.[3][7]
Como seus pais gostavam de música, o jovem Nelson logo começou a cantar, ganhando um prêmio em uma rádio de Ubá aos 4 anos. Ao fim da década de 1950, sua mãe, dona Ned, havia passado num concurso da Coletoria Estadual de Minas Gerais, e se mudou com a família para a capital Belo Horizonte. Com apenas 12 anos, Nelson começou a trabalhar como secretário do gerente da fábrica da Lacta, e algum tempo depois sua carreira de cantor ganhava espaço em programas da TV Itacolomi, e as rádios Guarani, e Inconfidência.[7]
Nos anos 60, começou a se apresentar e gravar discos. Seu primeiro disco, chamado Um Show de 90 centímetros, foi lançado em 1964.[3] Seu segundo disco, Tudo Passará, foi lançado somente em 1969 e trouxe dois grandes sucessos: a faixa-título, que se tornou a canção mais notável da carreira de Nelson Ned, e "Tamanho Não é Documento".[3] A canção "Tudo Passará" obteve quarenta regravações, inclusive em versão sertaneja com a dupla João Mineiro & Marciano nos anos 80, que no mesmo disco também gravaram de Nelson o hit "Se Eu Pudesse Falar Com Deus".
Neste mesmo ano de 69, ganhou o I Festival de la Canción, realizado em Buenos Aires, Argentina, onde interpretou sua composição "Tudo Passará", iniciando uma bem sucedida carreira internacional.[3][8] Também fez sucesso noutros países da América Latina, na Europa, e na África, onde é extremamente popular. Com repertório voltado para a música romântica, seus shows atraíam multidões em estádios e teatros.
Ganhou Discos de Ouro no Brasil e no exterior, tendo vendido mais de 45 milhões de discos e tem em sua carreira um feito histórico, se apresentar no Carnegie Hall, em Nova Iorque, feito que se repetiu por 4 vezes com lotação total.[3][9]
Lançou em 1996 a biografia "O Pequeno Gigante da Canção", uma referência à sua condição de anão. No livro, ele contou que enfrentou depressão no auge de sua carreira, passou a beber e envolveu-se com drogas.
Morreu na manhã de 5 de janeiro de 2014 no Hospital Regional de Cotia, em São Paulo, devido a complicações de um quadro de pneumonia.[8]
Nelson Ned foi cremado[11] no Cemitério e Crematório Horto da Paz em São Paulo.[1]
Vida pessoal
Nelson casou-se aos 25 anos com a atriz Marli e tiveram três filhos, todos herdaram sua condição e dois se dedicaram ao espetáculo:[12]
Ana Verónica Ned (altura: 90 cm), filha mais nova da cantora, faz parte do time do Circo Roda Brasil. Além de cantar como seu pai, sua especialidade é dançar, fazer acrobacias, e ele também faz um número de palhaço no qual ele faz o público do circo participar.[13]
Monalisa Ned, (altura: 1,20 m) decidiu seguir carreira na medicina, especializando-se como fonoaudióloga.[15]
Após o divórcio devido às suas infidelidades e problemas de dependência de drogas, dos quais acabou se recuperando, Nelson casou-se anos depois novamente com uma mulher de estatura comum, Maria Aparecida.[16]