As causas podem ser muito variadas, mas as mais comuns são:
Má administração por parte de armadores, responsáveis maiores das embarcações, que não levam em conta os efeitos de más condições atmosféricas (tempestades, aquecimento dos mares e seus efeitos) nas embarcações;
Perfuração do casco, o que permite a entrada de água na parte submersa;
Instabilidade: inclinação do navio até um extremo que impede que este volte a estabilizar;
Fatores meteorológicos: a precipitação e fenómenos meteorológicos podem provocar a instabilidade do navio, assim como causar o seu impacto contra sólidos que provocarão danos no casco, e que podem favorecer as condições para as causas de via aquática;
Falha de navegação: erro de origem humana ou tecnológica que possibilita a colisão do navio contra rochas submersas (agulhas de mar), icebergs ou contra outros navios;
Danos sofridos: destruição intencional do navio, que, normalmente, está motivada pela existência de uma guerra ou conflito. Neste caso, os danos podem ser causados por uma variedade de motivos, desde a sabotagem até ao impacto de projéteis, mísseis e torpedos.
Preservação da navegação
A conservação do veículo depende de vários elementos:
Os materiais de construção do navio;
O nível de destruição envolvido na perda do navio;
O naufrágio ficando coberto de areia ou lodo;
Se os componentes ou carga dos destroços foram recuperados;
Se o naufrágio foi demolido para limpar um canal navegável;
A profundidade da água no local dos destroços;
A força das correntes da maré ou ação das ondas no local das ruínas;
O pH e outras características químicas da água no local;
A exposição às condições climáticas da superfície no local dos destroços;
Temperatura;
A presença de animais marinhos que consomem o tecido do navio.
Materiais de construção
O aço e ferro, dependendo da espessura, podem reter a estrutura do navio por décadas. À medida que a corrosão ocorre, às vezes ajudada pelas marés e pelo clima, a estrutura entra em colapso. Objetos ferrosos grossos, como canhões, caldeiras a vapor ou o vaso de pressão de um submarino, muitas vezes sobrevivem bem debaixo d'água, apesar da corrosão.
Hélices, condensadores, dobradiças e orifícios das portas eram geralmente feitos de metais não ferrosos, como latão e bronze fosforoso, que não se corroem facilmente.
Já componentes de madeira expostos deterioram-se rapidamente. Muitas vezes, as únicas partes de madeira dos navios que restam depois de um século são as que foram enterradas em lodo ou areia logo após o naufrágio. Um exemplo disso é Mary Rose.
Naufrágio segundo os armadores e o seguro
Um barco que encalhe na costa não é considerado como vítima de naufrágio enquanto permanece no local até ser dado como perda total pelos Armadores e/ou pelas Companhias Seguradoras, quando o preço do reparo do chamado "Sinistro" for superior ao preço da embarcação nova.