Em 591, o imperadorMaurício(r. 582–602) aceitou ajudar Cosroes I(r. 590–628) a reaver seu trono que havia sido usurpado por Vararanes VI(r. 590–591). Com a subsequente vitória dos aliados na guerra civil que se seguiu, Cosroes foi reconduzido ao trono e concordou em finalizar a guerra em curso entre o Império Sassânida e o Império Bizantino iniciada em 572. Como consequência da paz, grande parte da Armênia sassânida e da Ibéria Ocidental foram cedidas aos bizantinos e Maurício suspendeu o tributo que anteriormente era pago aos sassânidas.[1]
Nome
Narses é a forma helenizada e latinizada do nome. Em armênio, ocorre como Nerses. A atestação mais antiga do nome ocorre nos Feitos do Divino Sapor, uma inscrição trilíngue do reinado do xainxásassânidaSapor I(r. 240–270). Em parta é registrado como Narsēs e em pálavi como Narsē. O nome deriva do avésticoNairyō saŋha-, que literalmente significa "o de muitos discursos", ou seja, o mensageiro divino.[2]
Vida
Narses era membro da família principesca dos Vanúnios, que há época detinha um domínio em Airarate.[3] Em 595/6, Samuel Vanúnio, outro membro de sua família, quis se rebelar contra a autoridade do imperadorMaurício(r. 582–602), e convenceu os Vanúnios Sérgio, Varazes Narses, Narses, Bestã e Teodoro Atrepatuni. Os conspiradores pretendiam atacar o curador imperial de Teodosiópolis enquanto se banhava em fontes termais situadas nas imediações. O oficial soube do plano e conseguiu se abrigar na cidades antes dos armênios alcançarem o local. Muito butim foi adquirido e Samuel e seus companheiros fugiram para Corduena.[4]
Um exército bizantino liderado por Heráclio, o Velho e Amazaspes III perseguiu os rebeldes, que foram obrigados a cruzar o rio Centrites, na fronteira de Corduena com a Armênia, através da chamada ponte de Daniel. Samuel e os outros destruíram a ponte e se prepararam no desfiladeiro próximo para proteger a passagem. Os bizantinos foram obrigados a parar a marchar junto ao rio e pretendiam retornar, quando encontraram um sacerdote viajante e o ameaçaram de morte caso não lhes contasse como poderiam cruzar. Todo o exército cruzou o vau que lhes foi mostrado. Parte das forças bizantinas cobriu a retaguarda, parte protegeu a ponte e a entrada do vale circundante e o restante entrou no ponto onde os rebeldes se protegiam e os massacrou. Narses, Bestã e Samuel foram mortos em combate, enquanto os demais foram capturados.[5][6]
Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard
Howard-Johnston, James (2000). «Ḵosrow II». Enciclopédia Irânica. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia
Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Narses 5». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN0-521-20160-8A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
Sebeos (1999). The Armenian History Attributed to Sebeos. Traduzido por Thomson, R. W. Liverpul: Imprensa da Universidade de Liverpul. ISBN0853235643
Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History. Washington: Georgetown University Press
Strategi Solo vs Squad di Free Fire: Cara Menang Mudah!