Na Colônia Penal

In der Strafkolonie
A Colónia Penal [PT]
A colônia penal [BR]
Autor(es) Franz Kafka
Idioma Alemão
País  Alemanha
Gênero Conto
Editora Kurt Wolff Verlag
Lançamento Outubro de 1941
Edição portuguesa
Tradução Jorge de Silva Alves
Lançamento 1982
Páginas 68
Edição brasileira
Tradução Torrieri Guimarães
Lançamento 1965

Na Colônia Penal (In der Strafkolonie)é uma novela de Franz Kafka escrita em 1914 e publicada em 1919.

Sinopse

O livro faz uma análise crítica sobre o instituto da pena, analisando os seus limites, a impropriedade das penas baseadas em castigos corporais e ilustra com clareza e precisão a barbárie que constituíam as técnicas medievais na aplicação desses castigos punitivos.

Narra a história de um explorador que, durante visita a uma colônia francesa, presencia o sistema empregado na execução de um soldado acusado de insubordinação. O sistema que o condenou está baseado numa doutrina jurídica arbitrária, em que o acusado não tem direito à defesa. Quem administra essa "justiça maquinal" é um instrumento de tortura que escreve lentamente sobre a pele, no corpo do condenado, com agulhas de ferro, presas à uma estrutura de vidro, a sentença do crime que, muitas vezes, ele mesmo não sabe que cometeu. Na colônia penal é também uma crítica à exaltação das máquinas e dos mecanismos usados com intuitos cruéis. O Oficial, personagem do livro, que é a favor do uso da Máquina de tortura para executar sentenças, fala desta como se tratasse de um "deus". Ele a adora como tal. Todo o livro gira em torno desta máquina. Observamos o descaso do oficial para com o Condenado - que, como já foi dito, não sabe o porquê de estar ali, nem sabe que foi acusado - e vemos o cuidado e a perícia com o aparelho de tortura usado para torturar e matar. Quando o condenado estava para receber o suplício, porém, o explorador diz ao oficial o que pensa dos seus métodos de execução - fala que o método não o convenceu, e se dispôs a oficial: "Não apresentava sinal algum da redenção prometida. O que outros teriam encontrado na máquina acabara por lhe ser negado. Os lábios se achavam apertados com firmeza, os olhos abertos, com a mesma expressão que tinham quando vivos, o olhar seguro de si, convencido. A testa se achava perfurada pela grande agulha de ferro" (KAFKA, 1969:100). João Correia (Ovar).

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