Em 26 de setembro de 2016, após 18 anos de estrada, a banda informou que fará uma pausa com tempo indeterminado em suas atividades.[6]
História
A Revolta do Acaju
O nome da banda é uma homenageiam a um episódio fictício da história brasileira, a Revolta do Acaju. Segundo Fabrício Ofuji,[7] a Revolta teria acontecido por volta do Séc. XVIII, ao fim do Período Colonial, quando os ingleses, após serem derrotados diversas vezes tentando invadir o país, teriam decidido invadi-lo pelas vias fluviais da Região Norte.
Os ingleses então teriam invadido e se instalado na Ilha do Bananal sem o conhecimento de Portugal. Os invasores teriam começado a produzir móveis da madeira local, um cedro de tom avermelhado (chamado popularmente de “Acaju”). Ao descobrirem sobre a invasão, os portugueses teriam juntado colonizadores, índios e escravos para expulsarem os ingleses da Ilha. Os portugueses saem da Revolta vitoriosos e resolvem queimar os móveis produzidos pelos ingleses (ou “móveis coloniais”), como uma forma de celebração.[4]
Formação da banda
Formada em 1998, iniciou shows memoráveis na Tenda Comunitária da Universidade de Brasília.[1] Dois anos depois já despontava no cenário nacional. A participação no Porão do Rock de 2000 garantiu à banda uma série de participações em festivais do Brasil e aparições em veículos de imprensa nacionais.[6]
Em "termos gastronômicos", o som de Móveis Coloniais de Acaju já foi denominado pelos próprios membros de "feijoada búlgara". É possível perceber o rock e ska com a influência de ritmos do leste europeu e música brasileira.[8]
Seu primeiro disco, Idem, lançado em 2005, produzido por Rafael Ramos, com tiragem inicial de 3 mil cópias.[1] O álbum teve boa aceitação e atingiu a marca de duas mil cópias vendidas nos dez primeiros dias.[1]
Sem Palavras, o single lançado em 2007 pela banda, ficou em 21ª posição na lista das 50 melhores músicas do ano na revista Rolling Stone.[9][10]
Em 2009, a banda lançou o single Falso Retrato (U-HU) e preparou novas músicas em parcerias com os poetas brasileiros, formando o álbum C mpl te, considerado o quinto melhor disco do ano pela revista Rolling Stone.[6]
Em 2014, a banda criou "Móveis Axé 90", evento de carnaval que tinha no repertório sucessos dos anos 90[11] e se apresentou em palcos de todo o Brasil.[6]
Grandes Apresentações
A banda tem passagem em eventos como o Brasília Music Festival (2003), Curitiba Rock Festival (2005), Bananada (2003 e 2004), Porão do Rock (2000, 2005, 2007 e 2008), no Festival de MPB da UNESP de Ilha Solteira (2008), FMB (Feira Música Brasil) em Recife em 2009, João Rock, em 2015,[12] e, o principal, no Rock In Rio 2011.[13]
Participaram também do Festival Indie Rock, em 2007, se apresentando ao lado de bandas nacionais e estrangeiras de indie rock, entre elas The Magic Numbers, The Rakes, e as brasileiras Moptop e Nação Zumbi.[14]
Festival Móveis Convida
O contato com as bandas, o aprendizado da estrada e o carinho por Brasília contribuíram para que a banda criasse seu próprio festival, o Móveis Convida. Da primeira edição, ainda em experiência (no fim de 2005[6]) à última (em abril de 2009, que marcou a estreia das novas músicas) passaram mais de 20 bandas (de atrações renomadas como Pato Fu, Los Hermanos e Black Drawing Chalks) e um público médio de quatro mil pessoas por edição. O festival, no entanto, deixa de ser da banda em 2014; sendo organizado somente pelo seu baixista e pelo seu produtor.
Foram realizadas 17 edições nos 11 anos de atividade.[6]
Shows de Despedida
Após 18 anos de estrada, a banda anunciou uma pausa em suas atividades sem tempo determinado, porém, em respeito e consideração a sua legião de fãs, realizaram diversos shows de "Adeus" ou quem sabe "até breve":
19 e 20 de novembro de 2016 - Teatro Mars, em São Paulo;[1]
16 de dezembro de 2016 - Centro Cultural Imperator, no Rio de Janeiro;
Em 30 de março de 2020, os ex-integrantes André Gonzales, Beto Mejía, Esdras Nogueira, Fernando Jatobá e Gustavo Dreher retomam parceria no projeto Remobília.[15][16][17]